Após anos sem ter informações sobre o paradeiro da sua irmã mais nova, Axel Scott obteve novas pistas lhe dando novas esperanças de encontrar sua irmãzinha.
O velho justiceiro de Detroit atravessa o oceano buscando a verdade.
Ele acompanhado do seu...
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Montmartre, Paris. Sexta-feira, 23:00h
— Qual é o seu problema, Summer?! — Bati a porta do quarto com tanta força que o eco da batida ressoou pela casa toda. — Não pode sair por aí contando essas coisas pra gente estranha.
— Eles não são estranhos, Axel. E para de fazer tanto drama.
Summer sentou-se no baú nos pés da cama e começou a desafivelar suas sandálias de salto alto. Assim que o primeiro calçado caiu no chão, sua expressão mudou para alívio e um gemido baixo saiu por entre seus lábios. Além dos saltos quadrados, era visível o peso deles.
Por um breve momento, ela ficou ali, sentada massageando os próprios pés despreocupada como se nada tivesse acontecido.
Droga! Foco Axel!
— Não são estranhos pra você, mas pra mim são! — Me encarando por baixo das sobrancelhas, Summer revirou os olhos e continuou o que fazia. — Muito maduro da sua parte me ignorar.
— Assim como é maduro da sua parte agir como um adolescente de 15 anos — Summer rebateu com um tom irônico.
Ela estava passando muito tempo com a Alisson.
Descalça e 10 centímetros mais baixa, ela veio até mim, virou de costas e puxou o cabelo para frente, deixando o zíper do vestido à mostra.
Sabia exatamente o que ela queria, mas dessa vez não iria funcionar.
— Sério isso? Você vai fingir que nada aconteceu e agora quer que eu tire a sua roupa — disse com sarcasmo e as mãos no bolso. Não ia dar esse gosto a ela.
— Preciso de ajuda porque não dou conta de abrir sozinha. — Podia sentir seu descontentamento pelo tom de voz e mesmo sem olhar seu rosto, sabia que revirou os olhos quando falou.
— Ótima tentativa, mas não vai funcionar. Pelo menos não até a gente conversar direito. — Me mantive firme na minha resposta esperando que ela fizesse o previsível, mas não foi isso o que aconteceu.
— Ok! Você que sabe. — Soltando um suspiro frustrado, Summer saiu do meu alcance indo em direção a porta.
— Tá indo a onde?!
— Vou pedir ajuda a Alisson.
— Você só pode estar brincando comigo.
O descaso dela estava me deixando com ainda mais raiva. Meu sangue fervia em minhas veias, meu estômago dava cambalhotas e minha cabeça parecia que ia explodir.
Passar o dia todo vendo Summer conversando tão próximo a outro cara que visivelmente queria algo com ela, me deixou louco e, naquele momento, ver que ela não se importava com isso e nem com o fato de ter falado mais do que devia, me deixava a beira da insanidade.
— Não vou ficar discutindo isso com você, Axel.
— Talvez chamando seu novo amigo, Arthur, você queira conversar — falei cada palavra sem pensar, até parecia que a minha boca não obedecia aos meus comandos.