Após anos sem ter informações sobre o paradeiro da sua irmã mais nova, Axel Scott obteve novas pistas lhe dando novas esperanças de encontrar sua irmãzinha.
O velho justiceiro de Detroit atravessa o oceano buscando a verdade.
Ele acompanhado do seu...
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Montmartre, Paris. Sexta-feira, 16:15h
Fazia tanto tempo que não os via.
Quer dizer, Maverick esteve nos Estados Unidos negociando com meu pai, alguns meses antes da minha vida virar esse caos todo.
O que me levava a questionar; será que eles sabiam sobre meu pai?
Sabiam sobre a morte dele?
Sabiam sobre os tipos de negócios que ele fazia?
Muitas perguntas e nenhuma resposta. Sabia também que não ia consegui-las sendo invasiva, precisava agir com cautela. Não sabia se ia conseguir, com o meu cão raivoso encarando os dois assim.
Axel estava tentando ao máximo não demonstrar, mantendo-se alheio a situação toda. Quieto, ele falava só quando falavam com ele. O que era bem pouco, considerando sua cara emburrada.
Alisson, por outro lado, foi mais receptiva, principalmente com Arthur, assim como ele foi com ela. Nada muito profundo, apenas algumas trocas de olhares e meios sorrisos.
Com tudo o que aconteceu, Alisson andava triste e de mau-humor nas últimas semanas. Talvez o fato dela ter deixado sua namorada do outro lado do Atlântico para ajudar o melhor amigo a encontrar a irmã, fosse a causa.
Ouvi eles conversando em algumas noites, enquanto Axel achava que eu dormia. Mas eu sempre acordava com algum tipo de pesadelo e a cama estava vazia. Então, quando ia atrás dele, Axel estava na cozinha ou na sala, abraçado a Alisson, com ela chorando aninhada em seus braços.
Era muito doloroso vê-la assim. Em partes, me sentiaculpada por toda essa situação, mas tentavapensar que, se não fosse por isso, eles nunca teriam provas novas para encontrar April.
— Então, o que fazem em Paris? Achei que morassem em Londres — comecei fazendo perguntas fáceis, as quais sabia que teria uma resposta.
— Negócios — Maverick respondeu prontamente. — Temos casa aqui em Paris e sempre que viemos a negócios, passamos alguns dias a mais aqui.
— Sabe, aproveitar a cidade — Arthur completou. — E você, pequena, faz o que aqui?
Sentado ao meu lado, Arthur pousou a mão no meu braço, fazendo um vaivém lento me causando arrepios pelo contato da sua mão fria, com a minha pele quente.
Assim que a minha pele foi tocada, senti o olhar severo de Axel pairando sobre mim e sobre Arthur.
Mesmo sem olhá-lo diretamente, sabia que ele estava bufando e revirando os olhos atrás de mim. De quebra, Axel devia estar contando internamente até 10 para não fazer besteira.
— Viemos a passeio — menti.
— E quem são seus... amigos? — Arthur perguntou olhando primeiro com desdém disfarçado para o Axel e depois abriu um sorriso ladino encarando Alisson.