Remédios

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Sinto Sadie me empurrar no sofá com força, fechando a porta com o pé logo em seguida.

Os seus beijos eram agressivos e com um gosto de Vodka que também estava na minha boca.

Minhas mãos vão lentamente descendo por seu corpo na intenção de gravar todos aqueles detalhes com o toque. Até que sinto as suas mãos fazendo o mesmo.

Percorro por seus ombros, seios, barriga e as coxas. Começo a abrir os botões de seu blazer rapidamente sem parar de beija-la por um segundo se quer. Não me importo com quem ela seja, ela é gostosa.

As suas mãos passam por dentro de minha grande saia entrando em contato com minha calcinha. Quando derrepente ela se separa de mim.

- o que foi - digo respirando ofegante.

- não, eu não vou fazer isso - ela diz fechando sua roupa e saindo do quarto as pressas.

Mas que droga! Como ela pode me rejeitar assim? Eu sou a melhor pessoa possível e ela rejeita uma transa comigo?

Me levanto do sofá cambaleando e chuto a porta com toda força que consigo, caindo sentada logo em seguida.

Não sei se foi a bebida, a dor da queda, ou a minha primeira rejeição, mas eu comecei a chorar instantaneamente.

Aquela garota vai me pagar por tudo que ela já fez, anotem minhas palavras.

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.

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Acordo no dia seguinte com uma puta ressaca, minha cabeça estava pesada e doendo pra caralho, meu corpo parecia mole e dolorido em todas as partes possíveis e como se já não bastasse isso eu queria vomitar. Estava passando mal, mas pelo menos havia dormido.

Dormido até demais.

Já eram 6:30, faltava cinco minutos para acabar o café da manhã, esse dia começou incrível, e tudo isso é graças a Sadie fucking Sink.

Me levanto do sofá resmungando algumas vezes, tudo parecia incrivelmente quebrado, tanto em meu corpo quanto em minha mente. Não é possível que eu estivesse destinada a eterno sofrimento aqui dentro, e olha que as aulas nem começaram.

Quando saio do banheiro dou de cara com Jack em meu quarto, andando de um lado para o outro. Desde que alguém estourou a tranca eu não tinha mais um pingo de paz.

- o que você tá fazendo aqui? - pergunto vendo ele quase comendo sua própria mão - eu preciso me trocar.

- e eu sou Gay - ele bufa frustrado - o que aconteceu com você, sumiu o dia quase todo, ainda por cima não tive notícias do que aconteceu com você e a Sa-

Bato minha mão na parede quando escuto o nome dela, não estava com paciência.

- aquela filha da puta me bateu, me desmaiou, dormiu no meu quarto, me embebedou, confessou que envenenou alguém e ainda por cima recusou transar comigo - digo pegando um pijama, irritada, já sabia que não iria almoçar também.

- vocês transaram? - Jack me olha com a boca aberta.

- não, Jack, não - começo a vestir minha roupa um pouco constrangida, mas fodasse.

- tá, como você descobriu sobre a Jenna? - ele pergunta curioso.

- o que? Você sabia e mesmo assim me deixou andar com uma assassina? - jogo uma camiseta nele.

- calma ae. A escola toda sabe disso, porquê acha que todos tem medo dela? Bom, alguns admiram, a Ortega era um pé no saco.

- cara, essa garota é completamente anormal, não duvido nada que ela tenha algum problema psicológico - falo terminando de colocar minha roupa.

O Quarto 103 {SILLIE} ✅️Onde histórias criam vida. Descubra agora