Cápitulo 9

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5 de Janeiro de 2018 (Torres Vedras, à saída)

Bernardo e Renato ficaram à espera que todos passassem, para no fim plantarem algumas granadas, sabiam que muitos mortos-vivos andariam por ali e que mais vale prevenir do que remediar, o grupo dirigiu-se portanto para Lisboa, foi mais de uma hora a caminhar, todos ao seu ritmo, mas ninguém levava a arma empunhada, pois a estrada possuía poucas curvas e conseguia-se ver durante kilometros de distância e nenhum morto-vivo estava à espreita, Bernardo parou um pouco, olhou ao sol abrasador que estava a ficar e bebeu um pouco de água, tinha ficado com sede à mesma mas assim demorava mais a gastá-la e de certeza de que aqueles 5cl fariam falta lá mais para frente, a chegada a Lisboa começava a aproximar-se e as estradas começavam a separar-se cada uma nas sus direções, eram mais ao menos 19 horas e já a noite espreitava, o grupo ficou numa pequena casa a 1 kilometro de distância da entrada mais próxima da cidade:

- Torres Vedras estava um caos. – Suspirou Renato.

- É verdade, só tinham passado dois meses desde a minha última visita lá, mas nunca pensei que tanto tivesse mudado. – Respondeu André, também com alguma tristeza.

- Bernardo, vamos passar aqui a noite? – Perguntou Eduardo.

- Sim, é melhor não arriscarmos ir entrar na cidade pela noite, só deus sabe quanto é que ainda falta para chegar ao cais de lisboa e ninguém quer passar a noite a correr acho e ainda para mais, esta casa está rodeada de muros, tanto que a gente para entrar tivémos que o saltar, portanto não corremos perigo nenhum, a não ser que os mortos também já consigam saltar. – Respondeu Bernardo com um riso no final.

- Eu sei la, do que é que aquelas coisas são capazes! – Exclamou Rodrigo Pinto.

Todos se deitaram no chão e em menos de nada estavam já a dormir, Bernardo acordou com um barulho lá fora, parecia até ser de alguém a saltar o muro, sentou-se no chão e olhou em redor, viu que todos ainda dormiam, então vestiu umas calças e pegou numa caçadeira, abriu a porta de arma empunhada e tentou ver no meio da escuridão, mas como era bastante difícil, decidiu falar baixinho, para não acordar os amigos:

- Quem está aí? Diga-me ou disparo. – Pergntou Bernardo.

- Não dispare, não queremos prblemas. – Respondeu uma voz feminina.

- Dirigam-se para a porta de casa. – Disse Bernardo, chegando atrás para conseguir ver as miúdas sem ser atacado, mas sempre de arma empunhada.

Duas miúdas de 17 anos apareceram no meio da escuridão, com os braços no ar e sem armas, Bernardo chegou-se mais atrás e deixou-as entrar, levou-as para a cozinha e interrogou-as:

- Identifiquem-se. – Ordenou Bernardo já sem a caçadeira.

- Eu sou a Rita. – Disse uma miúda. – E esta é a Filipa, e tu quem és?

- O meu nome é Bernardo e estou a passar aqui a noite com mais 4 amigos, para onde iam a estas horas da noite?

- Íamos ter com o nosso grupo eles estão no terreiro do paço, ao pé da estátua, mas fomos parada pela horda de mortos-vivos que está ali a uns 400 metros mais à frente e então decidimos saltar o muro e entrar aqui para dormir e amanhã de manhã sair daqui e irmos ter com o nosso grupo. – Respondeu Filipa. – Mas tu deixas-nos passar aqui a noite, não deixas?

- Depende, eu só vos conheço há 5 minutos, pode-se dizer que confiança, ainda tenho pouca, mas acho que vos vou dar o benefício da dúvida, mas terão de ficar trancadas numa divisão, não quero que nos matem enquanto dormimos, espero que não se importem? – Perguntou Bernardo, estabelecendo os termos.

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