Capítulo 8

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1 de Janeiro de 2018 (Ainda em Coimbra...)

Feliz ano novo a todos. - Disse Bernardo, a tentar encontrar uma garrafa de cerveija naquele bar que tinha paredes tão pretas que mais breu era impossível ali, a explicação das paredes pretas, tinha tudo a ver com a carnificina que ali tinha havido, o sangue secou e escureceu até ficar da cor do breu.

Renato ajudava Bernardo a tentar encontrar alcóol mas nada, aquele bar parecia que tinha sido completamente esvaziado.

O gurpo dirigiu-se para fora do establecimento, estava um sol forte, deveriam estar mais ou menos 30 graus celsius, Eduardo rapidamnte tirou o casaco de cabedal que tinha estado a usar durante mais ou menos 1 mês, enquanto que Renato ficou apenas de manga curta.

- Malta, olhem ali! Outro bar, se calhar há lá alguma coisa. - Avisou Pinto.

O grupo correu em direção do Tapita's Bar, Bernardo, Renato e Rodrigo Pinto entraram por a diante no bar, mas foi Eduardo quem os parou:

- Esqueçam, este aqui não têm nada! - Exclamou Eduardo de tristeza.

- Como é que sabes? - Perguntou Pinto.

- Diz aqui na licença do bar, que não podiam ter bebidas alcóolicas. - Respondeu Eduardo.

- Merda. - Disse Bernardo. - Acho que temos companhia aqui dentro...

Bernardo, Renato e Pinto entraram para o sítio onde ficava o suposto armazém do bar, Eduardo ficou de vigia na porta. Quando finalmente chegaram ao bar, Renato virou para o lado direito, Pinto para o lado esquerdo enquanto que Bernardo ia pelo Centro, ou seja, dos 7 corredores, 3 eram para Bernardo, mas este nem teve tempo de ver 1, visto que Pinto gritou logo por ajuda, Bernardo e Renato começaram a correr, ainda mais quando ouviram barulhos de tiros. Quando os dois lá chegaram, apenas podiam observar Pinto a gastar quase todas as balas da AK-47, Bernardo ajudou na matança, matando os 5 restantes:

- Como é que ele está? - Perguntou Pinto.

- Quem? - Perguntou Bernardo encolhendo os ombros.

- O gajo que está atrás de ti. - Respondeu Pinto.

- Bernardo olhou para trás e nem podia acreditar, era André, o moço que Bernardo tinha deixado de ver desde que andava na floresta com Joana.

- André estás bem, há quanto tempo. - Disse Bernardo com um sorriso. - Pensava que tinhas morrido. Porque é que fugistes?

- Tinha medo que os mortos-vivos nos apanhassem aos três, aproveitei que estava sozinho para fugir e levar os mortos-vivos atrás de mim e desde então que tem sido assim, ando sozinho se calhar à 4 ou 5 anos, mas isso também não me interessa muito.

- Então volta connosco. - Disse Pinto.

- Sim, porque não, para onde vão? - Perguntou André.

- Nós vamos viajar até à Austrália, o que achas? - Respondeu Bernardo com outra pergunta.

- Oh não! Também voçês... - Respondeu André com um ar de desulação.

Bernardo, Renato e Pinto entreolharam-se e ficaram com ar de quem não percebia nada do que se estava ali a passar.

- Ok, voçês não sabem, pois claro... A situação de que vos vou contar, aconteceu há volta de 6 meses, quase certinhos, eu estava em Bragança, tinha ouvido de que era um sítio bom para se encontrar boas armas, e por entre uns arbustros, ouvi um grupo a comentar: "Malta, temos de seguir caminho para sudoeste, entramos em Lisboa, pegamos num barco e partimos, o que acham?", fiquei intrigado, logo cheguei-me um pouco mais à frente para ouvir o resto da conversa: "Pronto, então está decidido, o objetivo é chegar à Austrália, o continente seguro. - Esclareceu André.

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