Capítulo 4

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Não se preocupem com o ano, houve um avanço na história.

3 De Março de 2017

-Bernardo, despacha-te, o velório está prestes a começar. – Sussurrava Eduardo.

-Ok, eu só estou a acabar de vestir o fato. – Respondeu-lhe Bernardo.

Toda a cidade se reunia, naquele dia 3 de Março de 2017, um dia que ninguém iria esquecer, fazia uma semana, naquele mesmo dia, que Nuno o rapaz pequeno e sempre contente, tinha morrido, Eduardo chorou bastante a sua culpa e até Joana se sentia culpada, no fundo, toda a gente se sentia culpada, exceto uma pessoa, António, ele era o rapaz mais velho da cidade com 16 anos e ainda era virgem, para ele ainda bem que Nuno morrera, assim podia ter mais miúdas para acasalar, o problema é que nenhuma o queria, pois ele era virgem, todas preferiam rapazes, já experts no que faziam com elas.

-Sabes de quem tenho saudades? – Perguntou Eduardo.

-De quem? – Respondeu Bernardo com outra pergunta.

-Do cabrão do Renato, o gajo era mesmo a pessoa indicada, para nos dizer uma coisa alegre neste momento tão mau.

-Pois, acho que tens razão.

-Bernardo, temos um problema. – Gritou Joana.

-O que foi? – Perguntou Bernardo.

-As defesas laterais estão em baixo de forma hoje, como se não lhes apetecesse trabalhar, e os mortos-vivos já perfuram as barreiras frontais todas.

-Eduardo, vamos matar mortos.

-Yeah, bora lá, nas palavras do Nuno, comer as loiras e nas palavras do Rodrigo Pinto, Kick a Gil neles todos.

-Tu, simplesmente não mudas, caralho.

Após 1 hora extensiva de mortos-vivos a caírem no chão sem cérbero, Bernardo e Eduardo foram-se refrescar com água, pois o tempo quentíssimo era do piorio.

-Ah! Soube mesmo bem, lixar aquela gente toda, não achas? – Perguntou Eduardo.

-Claro, que sim, sabes o que me ia a apetecer, agora mesmo? – Perguntou Bernardo.

-Não, uma gaja bem boa. – Respondeu Eduardo.

-Isso mesmo, aliás, a primeira miúda a aparecer, na piscina vai ter uma noite de sexo louco, comigo.

Eduardo ria bastante e na piscina, apareceu Joana. Bernardo cuspiu a água pela boca fora.

-Que? Ok, vou mudar a aposta.

-Hilariante, ainda bem que tu não foste de cana como o resto da malta toda.

-Ok, a próxima miúda que aparecer. – Diz Bernardo

-Não, esquece lá isso vamos mas é apreciar a vista. – Responde Eduardo.

Naquela noite, todos foram dormir exceto Eduardo que continuava com pesadelos da morte do amigo:

-Merda, aquele gajo morreu mas mesmo assim chateia-me, nah, não pode ser assim, merda para ele.

No dia seguinte, Bernardo, Joana e André foram bater a mata, para encontrar alguns mantimentos, já não era a primeira vez que André olhava para Joana com olhinhos e Bernardo reparava nele, mas depois olhava para Joana e esta nada, nem olhava André na cara.

-Joana, já reparas-te nele? – Perguntou Bernardo.

-Sim, já, mas queres o quê, aquele puto não me inspira confianças.

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