Capítulo 4

2.2K 208 3
                                    

                         MARCELA

Estamos na estrada a alguns minutos e realmente me sinto incomodada com os olhares de todos sobre mim.

- Podem parar com isso já estou me incomodando! Digo e meu irmão coça a garganta olhando para o outro lado e Capolli pega o seu celular.

- Pergunte! Olho para Gretta que é a única que insiste em mim encarar.

- Então você tem namorado?. cerro um pouco os olhos.

- Não! Respondo dando de ombros.

- E já teve algum namorado ou namorada?. Pergunta olhando suas mãos.

- Não!. Ela me olha surpresa.

- Você tem 26 anos e nunca se relacionou com ninguém?. Diz chocada.

-E desde quando eu sou obrigada a namorar alguém?. Ela me olha e desvia o olhar.

- Não foi isso que quis dizer, é que você é uma mulher muito bonita Marcela, então fica difícil acreditar que nunca se relacionou com ninguém! Diz e me olha novamente.

- Eu nunca tive tempo para isso Gretta, logo após a morte dos meus pais eu tive que morar com minha tia a qual adoeceu um ano depois e seu marido a abandonou por outra. Então tive que começar a trabalhar para ajudar com seus tratamentos e nos sustentar, e ainda tinha a escola, quando terminei o ensino médio arrumei outro emprego para nos ajudar já que passávamos dificuldades, quando ela faleceu eu tinha 20 anos, então vim embora para a Itália e comecei a fazer faculdade de enfermagem a noite e trabalhava durante o dia! Respiro fundo.- Então quando estava no 2 período da faculdade eu descobrir o câncer e tive que fazer o tratamento e o Hospital virou minha casa e foi nesse tempo que conheci o Lorenzo e sua mãe! Suspiro.- Então terminei meus estudo e fiz meu estágio no hospital mesmo e depois de curar o câncer eu já tinha 24 anos e comecei a trabalhar no hospital, então só ia pra casa a noite e sinceramente eu nunca senti necessidade desse tipo de coisa!. Digo e vejo todos me olhando.

- Então você está me dizendo que nunca foi tocada intimamente por ninguém?. Ela olha para o irmão novamente e o olho esse também e seus olhos estão vidrados em mim.

- Por que quer tanto saber disso? E ela nega com a cabeça, suspiro.- Nunca fui! Digo logo o que ela quer saber.

- Ainda bem, ou teria que matar cada marmanjo que ousou tirar a sua pureza! Meu irmão resmunga e reviro os olhos.

- Sabe nem parece que você passou por algo como o câncer, realmente parece uma pessoa saudável! Ela me olha.

- O que você vê hoje não chega perto do que eu era a dois anos atrás! Falo me olhando também.- Eu sempre fui gorda e realmente gosto de cada pedaço do meu corpo, mesmo recebendo comentários tendenciosos sobre ele, eu fiquei muito magra durante o tratamento e quase nunca me olhava no espelho, já que eu odiava a imagem que via ali não me encontrava naquele corpo magro demais e pálido demais, então tentei engordar de qualquer jeito e acabei desenvolvendo compulsão alimentar onde comia demais e vomitava tudo depois, não por me sentir mal em relação a comida e sim por causa das medicações que deixava meu estômago ruim, então quando recebi a notícia de cura eu comecei a fazer o tratamento para pegar peso e com a compulsão alimentar eu voltei a cerca de um ano ao corpo que tanto amo e me encontro e comecei a fazer acompanhamento com a psicóloga e tento manter uma vida saudável sem precisar perder peso, então tento sempre manter o peso de sempre sem baixar ou aumentar! Digo e a vejo concordar.

Conversamos muito durante o caminho quando entramos em uma estrada de terra no meio da mata, o caminho era um pouco aterrorizante a caminho escuro onde só entrava alguns flashes de luz solar pelo espaços entre as árvores

O cunhado do meu irmão Onde histórias criam vida. Descubra agora