Capítulo 20

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CAPOLLI

Vejo Mateus entrar dentro do quarto usando uma máscara N95.

- Se eu não soubesse dos seus motivos para afasta a minha irmã de você eu juro que te mataria por te-lá feito chorar! Ele me olha com raiva e senta na cadeira e acena para Alicia que faz alguns teste com meu sangue. Ela acena para ele e volta ao seu trabalho.

- Eu sinto muito irmão mais é melhor assim, você sabe que ela corre risco de vida se ficar ao meu lado! Digo sentindo meu corpo todo doer e encosto na pede de vidro que nos separa. - Você afastou todos daqui também? Ele afirma.

- Sim, mandei Gretta e as crianças para a casa de seu pai, e os funcionários para a outra sede, apenas os de confiança ficaram, e estão com a proteção necessária! Ele me olha suspirando. - Capolli Marcela entendeu errado a situação que se passava aqui dentro! O olho sem entender. - Marcela passou aqui e escutou os seus gemidos de dor e na cabeça dela você estava a traindo, quando a vi chorar compulsivamente eu te juro que quase contei a ela o que se passava aqui dentro e tive que fazer um esforço desgraçado para ficar calado! Diz com tristeza e não consigo segurar as lágrimas.

Alicia pede para que eu bote a máscara e entra novamente na caixa de vidro que agora é meu lar e pega uma pequena amostra de meu sangue saindo novamente e põe em uma lâmina logo sentando em frente ao microscópio, para analisa-lo.

Mateus olha para o celular e suspira, vem até mim e me mostra o pequeno vídeo de minha esposa chorando enquanto alisa sua barriga sentada na área da fazenda da senhora Mazza. E solto um soluço quebrado, me sento no chão chorando em angústia por ve-la assim. Encosto minha cabeça no vidro e logo me contorso em dor novamente, sentido meu corpo frio e trêmulo, essa tortura perdura por alguns minutos até que perca a consciência. Acordo algum tempo depois vendo que estou na maca em que durmo ou pelo menos tento.

A alguns meses atrás recebi uma denúncia em que um laboratório clandestino estava produzindo drogas sintéticas totalmente perigosas, e fui lá para verificar se essa denúncia era verídica ou não, confesso que fui burro por não levar muitos soldados comigo e acabou por ser uma armadilha, e por está em quantidade bem menor acabamos sendo dominados e levados para um galpão abandonado, fomos usados como cobaias para os testes de novas drogas ao qual me detonaram tanto físico como mentalmente, alguns não resistiram aos testes e acabaram morrendo por overdose e outros por minhas mãos, há que além de sermos usados como ratos de laboratórios servimos para a diversão dos cientistas ali presentes, Já que tinha drogas que o efeito era tão forte que nos deixava insanos e violentos por uns minutos e eles nos botavam pra brigar entre si e como fui treinado desde de pequeno para briga corpo a corpo eu sempre acaba vencendo deixando meus "inimigos" destroçados.

Um tempo depois naquele inferno eu descobri que Jhon e os conselheiros da Máfia era quem financiava a produção dessas drogas e que algumas já estavam no mercado.

Então o tempo foi passando e perdi a noção de quanto tempo já que estava no subsolo do galpão. E um dia Jhon simplesmente entrou na minha cela e contou o plano de fazer seu filho se casar com minha mulher e tomar o controle da máfia.

E pela primeira vez em muito tempo senti uma alegria imensa quando ele mencionou sobre a gravidez de Marcela, Porém depois o choque de realidade da minha real situação veio quando ele disse que iria cuidar bem do meu filho já que o pai dele estava morto para o resto do mundo.

E nunca em toda minha vida senti tanto desespero como aquele dia, saber que estava perdendo uma fase tão importante como aquela, perdendo a chance de ficar ao lado da minha mulher, o medo de nunca poder ver o rostinho de meu filho tomou conta de mim, precisava ser forte para fugir dali.

Então comecei a observar tudo ao meu redor e tramar um plano para fugir dali e o tempo foi passando e mais testes eram feitos em meu corpo que se definhava cada vez mais perante o tanto de substância em meu corpo, e já estava quase perdendo a esperança quando o galpão foi invadido pela máfia inglesa e fui rasgatado quase sem vida, e foi aí que conheci Alicia, Já que fiquei um bom tempo internado para a retirada de todas as substância química de meu corpo, e nesse processo foi descoberto um vírus muito perigoso em meu corpo, que foi nomeado de JVS-46 um vírus letal e altamente transmissível que pode matar uma pessoa em horas, basicamente uma arma biológica, já que e de fácil transmissão podendo ser transmitido até por quem respirar o mesmo ar que eu. Alicia me explicou que pela alta quantidades de substância químicas em meu corpo o vírus não seria muito perigoso para mim, porém é mortal para quem o contrair de mim, então mais uma vez fiquei isolado por meses enquanto eles trabalhava em uma forma de cura, e também me tratando da dependência química, Já que virei um viciado do tanto de droga que me aplicaram. Depois de algum tempo Alicia conseguiu fazer com que o vírus ficasse quase inativo em meu corpo e passamos mais alguns dias em teste e o resultado continuou o mesmo. Então entrei em contato com Mateus e passei minha localização e demorou cerca de dois dias para que ele chegasse, então contei a ele o que tinha acontecido e o vejo chorar e não consigo me controlar e choro junto a ele enquanto estávamos separado por um vidro, não queria correr risco de contaminar meu irmão.

Ele me contou tudo que estava acontecendo na máfia, me contou sobre como Marcela está sendo precionada pelo Conselho a se casa com Vitorio e que ela acabou aceitando e me senti orgulhoso por saber que minha mulher ainda tinha a esperança é confiança de que voltaria para casa, e que não entregaria a máfia para ele, Mas também fiquei com medo pois Marcela estava cutucando onça com vara curta botando sua vida em perigo.

Pedi para Mateus nunca a deixar sozinha pois os conselheiros podia a machucar e que ele cuidasse dela até meu retorno pois queria armar um plano para que todos que estivessem metido com aquele laboratório pagassem já que Mateus me informou que vários jovens estavam tendo overdose ao usarem as novas drogas.

... 5 meses depois...

Alicia tira novamente uma amostra de sangue e leva para analisar, meses atrás ela conseguiu desenvolver a cura para o vírus em meu corpo e depois de vários dias de tratamento ela disse que finalmente estou curado dessa merda e não consigo parar de sorrir.

- Bem Capolli finalmente pode sair dessa prisão pois você está totalmente livre do vírus! A abraço contente.

- Eu nunca irei conseguir te agradecer Alicia! Ela rir se afastando.

- Cinco milhões em minha conta é um ótimo agradecimento, mereço férias no Caribe depois de passar tanto tempo dentro desse quarto suportando macho chorão! Afirmo sorrindo e Mateus entra no quarto e abraço meu amigo, cunhado e irmão depois de tanto tempo.

- Transfira cinco milhões para a conta de Alicia, irei resolver um assunto que não dá mais pra esperar! Digo pegando a chave do meu antigo carro.

- Onde vai? Olho para Mateus.

- Atrás da minha família! Digo saindo do quarto quando chego no Jardim exalo o ar puro e sorriu apreciando aquela sensação maravilhosa depois de tanto tempo.

Entro no meu carro e sigo estrada em direção a minha mulher e filho.

- Espero que me entenda e perdoe docinho! Sussurro ao entrar na estrada de terra e logo vejo a fazenda. Entro no terreno e paro o carro sentindo meu coração disparar ao ve-la sentada na grama com um bebê em seu colo sendo amamentado. Não seguro mais minhas lágrimas de tanta saudade que senti deles. Saiu do carro trêmulo e com o coração disparado, caminho em sua direção parando próximo a ela.

- Docinho! A chamo e a vejo me olha e seus olhos trasmitem dor, olho para o pequeno pacote em seus braços e meus olhos lacrimejam ao vê meu filho pela primeira vez, sento-me em sua frente. - Precisamos conversar! Digo e não estava preparado para ouvir as palavras que saíram de seus lábios.

O cunhado do meu irmão Onde histórias criam vida. Descubra agora