Epílogo - Dois.

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                         Anos depois...

Peter

Desci do carro, observando as crianças que corriam no parque, assim como os casais que caminhavam juntos e os cachorros que passeavam com os seus donos. Caminhei pela calçada, olhando ao redor. O som de algumas risadas chamou minha atenção, porque eu conhecia bem os donos daquela risada.

Parei quando vi Anne sentada em uma toalha xadrez esticada sobre a grama verde, embaixo da sombra de uma árvore. Sua atenção estava em um livro no seu colo, mas ela erguia os olhos constantemente, atenta ao casal de gêmeos que corriam de um lado para o outro sem parar, soltando gargalhadas ao tentar alcançar uma borboleta que estava por ali.

Abri um sorriso e comecei a caminhar até eles, vendo Anne baixar o livro e abrir um sorriso imenso quando me viu.

—Olha quem chegou! —Ela ficou de joelhos, chamando a atenção dos dois. Não demorou um segundo para os dois me verem e dispararem na minha direção.

—Ei, sentiram minha falta? —Me abaixei, pegando Charlie e Enzo no colo ao mesmo tempo, antes de dar um beijo na bochecha dos dois. —Eu estava morrendo de saudade.

Caminhei até onde Anne estava ficando de joelhos ao lado dela. Ela sorriu mais ainda, se aproximando e deixando um selinho nos meus lábios, antes de tirar o garoto do meu colo.

—Como estão as minhas princesas? —Indaguei, vendo a pequenas Charlie soltar uma risada ao tentar alcançar a mão do irmão.

—Os dois não pararam um segundo sequer. Mas a Bella continua dormindo, desde que chegamos. —Ela pegou o bebê que estava dormindo tranquila ao seu lado, dando um cheirinho nela antes de abraçá-la.

—Tão dorminhoca como a mamãe. —Falei, deixando um beijo no topo da cabeça dela, antes de me sentar ao lado de Anne e a abraçar pela cintura, vendo Charlie e Enzo voltarem a brincar ali, correndo sem parar.

—Eles estão crescendo tão rápido. —Anne encostou a cabeça no meu ombro, enquanto acariciava com o polegar a bochecha de Bella. —Parece que foi ontem que eu segurei aqueles dois no colo e agora estou com ela.

—Isso te assusta? —Questionei, vendo ela erguer os olhos até mim e sorrir.

—Não, porque estamos juntos nisso. —Afirmou, esticando o rosto e me dando um beijo.

Ela tinha razão, estávamos juntos nisso. Nosso casamento em Las Vegas foi a coisa mais maluca e maravilhosa que fizemos, exceto na parte que Anne fez eu, Collin, Zack e Kyle dançarmos What Makes You Beautiful, do One Direction, na pequena festa de comemoração que fizemos mais tarde. Mas não posso negar que não faria tudo de novo para vê-la sorrir da mesma forma que sorriu pra mim naquele dia.

Então nós compramos nossa casa em Aspen, ao lado da que Zack havia comprado com a Bia, e os gêmeos chegaram. Charlie é a cara de Anne, com os cabelos tão ruivos quanto a mãe. Mas Enzo puxou a mim, de uma forma que me deixava derretido sempre que olhava pra ele. Eram tão perfeitos.

Não vou negar que foi difícil. Dois bebês de uma vez só era praticamente um caos no início. Demoramos pra pegar o jeito, mas nossas mães estavam lá quando precisávamos. Então veio a Bella, que é um pontinho de luz. Também não estávamos tentando ter um filho. Mas como aconteceu com os gêmeos, Anne ficou grávida sem nem ao menos esperarmos.

Mas olhando para Bella dormindo no colo de Anne, para aquela garotinha de vestido florido e cabelos ruivos e para o menininho que corria de mãos dadas com ela pelo parque, me fazia ter certeza que aquela era a melhor coisa que aconteceu nas nossas vidas. Não faria nada de diferente.

—Ruiva? —Ela olhou pra mim, me dando oportunidade de apreciar aquelas sardas nas suas bochechas. —Eu te amo.

—Eu também de amo. —Ela me beijou. —Mesmo você sendo todo atrapalhado e um chato as vezes.

—Chato? —Fiz uma careta, vendo o sorriso dela aumentar.

—É brincadeira. Você é perfeito pra mim desse jeitinho. —Ela tocou minha bochecha, enquanto eu apertava sua cintura e a puxava mais para mim, aprofundando o beijo que ela havia acabado de começar.

Nós separamos quando os gêmeos vieram correndo até onde estávamos, pulando sobre nós dois. Anne soltou uma risada, erguendo Bella para as crianças não a machucassem. Aproveitei cada momento com os quatro, sabendo que não precisava de mais nada na vida além deles.

Enquanto Anne cuidava deles, juntei todas as coisas e coloquei na cesta que ela havia levado, pegando Bella no colo logo depois. Anne pegou a cesta e segurou minha mão, entrelaçando nossos dedos enquanto caminhávamos em direção ao carro, vendo os gêmeos correndo pelo parque na nossa frente.

Abracei Anne pela cintura e a observei fascinado, vendo toda sua felicidade ao olhar para os nossos filhos. Quando ela percebeu que eu a observava, ela ergueu as sobrancelhas e ficou na ponta dos pés para me dá um selinho.

Com o maior sorriso no rosto e o coração acelerado, levei minha garota e meus filhos pra casa.


Continua...

10 Maneiras de Salvar o Natal / Vol. 4Onde histórias criam vida. Descubra agora