10 Maneiras de Salvar o Natal / Vol. 4

Capítulo 8: Dia de Ação de Graças.

Dia de Ação de Graças

Florence

Estava uma confusão completa em casa. As crianças corriam para todo lado, jogando bolinhas de papel uns nos outros. Os pais de Kyle e os pais de Bia haviam chegado de manhã e estavam tentando conter as crianças, que não pareciam interessadas em parar com a confusão. Segurei Snow quando ele quase foi atropelado por Adam, fazendo uma careta para o caos de bolinhas de papel no chão.

—Parem já com isso, ou todos vão ficar de castigo no Natal e não vão ganhar presentes! —Tia Silvia exclamou, fazendo todos eles pararem se correm em segundos e olhar pra ela.

—Mas, mãe... —Hannah correu em direção a ela, fazendo uma careta.

—Não quero saber. Juntem essas bolinhas de papel e vão para os seus quartos! —Mandou, colocando a mão na cintura e esperando que eles fizessem o que ela mandou. Eles hesitaram, trocando olhares. —Vou contar até cinco e se chegar ao cinco e ainda tiver uma única bolinha de papel no chão, não vai ter presentes. Um...

Eles correram tão rápido que eu acabei gargalhando do desespero deles para juntar as bolinhas de papel. Soltei Snow no chão de volta, observando toda a decoração de Natal e os preparativos para o jantar de hoje a noite. Kyle havia saído pra buscar Theo e o pai dele no aeroporto, junto com Peter que ia buscar o pai e a madrasta que também chegavam hoje.

—Alguém atende a porta! —Bia gritou de algum lugar da casa, quando a campainha tocou. Corri até a porta, abrindo um sorriso ao ver pela janela que era minha mãe.

—Você chegou! —Pulei nela em um abraço apertado, ouvindo a risada de dona Chiara. —Trouxe o que eu pedi?

—Sim. —Ela pegou o quatro embrulhado em um papel pardo, me fazendo abrir um sorriso tão grande que chegou a doer minhas bochechas.

—O que achou? Acha que ele vai gostar? —Indaguei, deixando que minha mãe entrasse. As crianças já haviam sumido no andar de cima, deixando a casa mais silenciosa e calma.

—Querida, Kyle gosta de absolutamente tudo que você faz. Ele vai amar. —Ela sorriu pra mim, indicando o quadro embrulhado na minha mão. —Você demorou um tempão pra fazer e ficou perfeito.

Abracei o embrulho, deixando que minha mãe fosse cumprimentar os pais de Kyle, enquanto subia para o quarto. Entrei e deixei o embrulho sobre a cama, olhando para a fitinha presa no meu dedo. Eu e Kyle ainda usávamos a mesma fitinha que colocamos no avião quando estávamos indo para Miami. Mesmo que nosso namoro naquela época fosse apenas falso, essas  fitinhas significam demais pra nós dois.

Corri para a janela do quarto, vendo o carro chegando. Sorri quando Kyle desceu, dando uma última olhada naquele quadro embrulhado que eu daria de presente pra ele em breve. Foi minha primeira tentativa de fazer algo diferente e eu esperava que ele gostasse de verdade.

Nunca vou em esquecer de quando Kyle foi atrás de mim naquele aeroporto e fez aquele discurso para que todos ouvissem. Nunca vou me esquecer da lista que ele citou, com cada coisa que amava em mim. Eu o amava, e aquele quadro era minha tentativa de agradecer por aquele momento inesquecível.

—Espero que você realmente goste, Kyle. —Fechei a porta do quarto, com um sorriso muito grande no rosto.

[...]