Gᴀʀᴏᴛᴀ ᴇsᴘᴇʀᴛᴀ
𝗠𝗮𝗿𝗰𝗲𝗹 𝗥𝗲𝗻𝗼𝗹𝘁
— Agora sim vocês me mostraram como chegaram até aqui. — elogio — Lara, gostei do novo design que você criou para as portas. Aprimore sua ideia e me mostre na próxima reunião. — aviso-a — Vocês estão liberados — Todos começam a pegar suas coisas e se encaminham para saída da sala de reuniões.
— Você está de bom humor...— Thomas comenta, ainda sentando — Sua nova secretária e assistente pessoal deve ser muito eficiente mesmo. — Fala, e sinto a ironia em sua voz acompanhada a um sorriso presunçoso em seu rosto. Eu não lhe respondo nada. — Vou finalmente conhecer sua Brasileira. Que horas ela chega mesmo?
— Não é da sua conta. — Digo, saindo em direção a porta com Thomas me acompanhando.
— A qual é, vai dizer que não posso ser amigo dela? Você roubou ela de mim na primeira oportunidade! Me deixe pelo menos...
— Você não vai ser amigo de ninguém.— viro em sua direção, parando na sua frente. — Eu sei do seu histórico de ter casos com funcionárias, Thomas. Nem pense que terá alguma coisa com Gabriella. — Aviso ao meu primo, olhando em seus olhos e volto a caminhar saindo dali.
— Não se preocupe primo — Ele diz sorrindo, enquanto me acompanha até o elevador — Jamais tocaria na sua Brasileira tendo em vista que você já é tão possessivo com ela. — Entro no elevador, tentando ignora-lo — imagina quando vocês transarem, você vai se tornar um...
— Cala a porra da boca Thomas. — E as portas de fecham, me deixando sozinho.
Pensar em transar com Gabriella não é saudável para minha sanidade mental.
Só a imaginação já é capaz de fazer meu corpo esquentar e meu pau ganhar vida. Ela parece não ter noção do quão aquelas pernas tem poder, e colocar uma saia justa como a de ontem não vai me ajudar a controlar minhas vontades. Por isso, chamei sua atenção sobre as roupas. Meu dia à dia ia ser um inferno com ela desfilando pra lá e pra cá com aquele tipo de saia. Ia ser um inferno não poder curva-la sobre minha mesa, subir a sua saia até a cintura e ter a visão da sua bunda só para mim.
Respiro fundo, tentando pensar em tudo, menos em Gabriella e aquela maldita saia.
✈︎
— Albert Cooper — Comprimento ao atender seu telefonema.
— Marcel, meu velho amigo. Como você está?— Pergunta, do outro lado da linha.
— Bem. Como vão os negócios?
— Estão ótimos. — Responde — Como anda o projeto do novo carro? O lançamento vai ser esse ano mesmo?
— Sim, em junho quero ter uma reunião com você para tratar das questões de revenda. — Aviso indo em direção ao meu bar e conferindo o relógio. Gabriella é para está aqui em menos de 10 minutos.
— Estou ansioso por isso. Mas mudando um pouco de assunto...
Escuto duas batidas na porta, e sei que é ela.
— Entre. — Falo, permitindo que entre.
Meu coração acelera em expectativa de vê-la.
— Elizabeth faz aniversário daqui a duas semanas, vou fazer uma grande festa. Seria uma ótima oportunidade de colocarmos a conversa em dia, o que acha?
Meus ouvidos se desligam totalmente quando vejo Gabriella entrar, parecendo até um pouco tímida.
— 𝘗𝘰𝘳𝘳𝘢. — Sussurro quando a vejo.
Não adianta. Pode ser aquela maldita saia, um vestido longo, blusa da prefeitura ou esse
vestido preto que marca todas as suas curvas.
Não importa o que ela esteja vestindo, vou desejá-la de qualquer jeito.
— Você ainda está aí Marcel?
— Depois eu lhe dou uma resposta. — Aviso, sem tirar meus olhos dela que ainda está parada na porta, com os seus também em mim. — Até mais Albert, tenho que desligar. — Coloco o celular no bolso e pego meu copo, bebendo um pouco do drink sem conseguir tirar os olhos dela.
— Estou vestida como uma mulher o suficiente para o senhor? — Ela deixa um pouco da timidez que vi quando entrou de lado e pergunta, me encarando.
— Mais que o suficiente. — Repondo, passando meus olhos por suas curvas.
De repente sinto-me faminto.
Noto ela respirar fundo, e observo o movimento de subir e descer de seus seios. Seios esses que eu já quis tanto ter em minha boca...
E 𝘢𝘪𝘯𝘥𝘢 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘰.
Deixo o copo em cima do balcão e caminho em sua direção, parando na sua frente. Meu pau que já havia acordado com a visão dela nesse vestido e esses saltos, agora realmente acorda, quando sinto seu cheiro por está tão perto.
— Acho que a senhorita almoçou um pouco apresada hoje. — Minha intenção era só abrir a porta atrás dela e mostrar seu local de trabalho, mas não resisto. — Tem molho aqui — Com o meu polegar limpo o canto da sua boca, passando ele também no seu lábio inferior, meus olhos sobem para os dela que encontra os meus, sua respiração está ofegante.
𝘌𝘴𝘴𝘦𝘴 𝘰𝘭𝘩𝘰𝘴...
Quero beija-la, pra caralho.
Mas me contenho. Estico o braço e abro a porta atrás de nós.
— Vou lhe mostrar seu local de trabalho, senhorita Rodrigues.
𝗚𝗮𝗯𝗿𝗶𝗲𝗹𝗹𝗮 𝗥𝗼𝗱𝗿𝗶𝗴𝘂𝗲𝘀
Ontem Emma me arrastou para o shopping e praticamente me obrigou a aceitar as compras que ela comprou para mim. "Eu sou milionária Gabi, esse dinheiro não vai me fazer falta. Me deixa te ajudar." E no final só aceitei porque prometi a mim mesma que um dia vou pagar toda a fortuna que ela gastou comigo.
Emma pode ser bem impulsiva.
Me comprou roupas de todos os tipos e modelos. Saltos, bolsas, e comprou até lingerie, quando passou numa loja para comprar para ela e escolheu algumas para mim.
"Quero ver aquele francês reclamar das minhas roupas agora. Estou a mais secretária possível."
Era esse meu pensamento quando terminei de me arrumar.
E eu estava certa, ele não reclamou.
Ele apenas não tirava os olhos de mim.
Eu conseguia sentir a intensidade do seu olhar mesmo com toda aquela distância. Eu sentia meu corpo amolecer com o desejo que via no seu rosto ao olhar para mim. E eu não conseguia controlar o meu próprio desejo quando tocou na minha boca.
Tudo que eu queria naquele momento era que Marcel me beijasse.
Mas quando a sanidade voltou, eu agradeci por não ter acontecido nada. Porque ele tocou minha boca? Foi só um gesto educado?
Eu sinceramente não sei como vai ser daqui pra frente, mas vou evitar qualquer situação que possa influenciar essa atração entre nós dois.
Assim que cheguei ao seu andar a recepção estava diferente, como se estivesse esperando por mim. Tinha meu balcão com tudo que eu precisaria para exercer meu trabalho, a pequena sala que antes estava fazia agora é uma pequena cozinha onde posso fazer o seu café e ser uma excelente secretária para ele.
𝘌 𝘲𝘶𝘦 𝘋𝘦𝘶𝘴 𝘮𝘦 𝘢𝘫𝘶𝘥𝘦.
Agora minha rotina vai ser apertada. Cedo de manhã vou para faculdade e as 13h vou direto pro meu quarto me arrumar para vir pra cá. Tenho que estar aqui as duas horas e dezenove horas estou liberada. Pretendo fazer academia pelo menos quatro vezes na semana no turno da noite. Quero muito voltar a minha rotina saudável.
— Então você é a famosa Gabriella... — Estava tão concentrada na planilha que estou fazendo no computador que não percebi esse homem se aproximando — Prazer, me chamo Thomas. — Estende a mão em minha direção com um sorriso simpático no rosto.
Esse é o irmão de Emma, o vice presidente da empresa. Alto, cabelos loiros ou é castanho claro? Não sei definir. E esbanja um sorriso charmoso nós lábios.
É um homem bonito.
A genética da família Renolt é realmente muito boa.
— O prazer é meu, senhor Thomas.— Levanto para cumprimentá-lo com um aperto de mão.
— Seu francês é muito bom. — Elogia.
— Obrigada. — Agradeço — O senhor gostaria de falar com o senhor Marcel?
— Me chame só de Thomas. — Pede — E sim, vim falar com ele, mas antes queria conhecer melhor a secretária que ele roubou de mim. Meu primo se comprometeu mesmo com a ideia não foi? — Ele diz olhando ao redor — Aquilo é uma cozinha? — Pergunta apontando e logo depois caminha em direção de lá.
— É uma cozinha sim. Pequena, mas é ótima.
— Estou surpreso. — Thomas diz lá de dentro — pelo visto ele gostou muito de você senhorita. — Diz, voltando.
— A cozinha era necessária. — Marcel não a fez para mim, fez para eu fazer café para ele. — O senhor aceita um café?
— Não, obrigada. Antes tinha só uma mesinha com a cafeteira em cima... - continua falando, ainda parecendo impressionado. — Mas enfim, onde você me indica ir quando eu for visitar Fortaleza novamente? Porque infelizmente não pude aproveitar muito.
Sua pergunta me surpreende.
Com isso, logo percebo a grande diferença entre ele e o seu primo. Marcel não puxa assunto assim, e nem distribui sorrisos facilmente.
- Um bom banho de mar é sempre uma boa opção.
𝗠𝗮𝗿𝗰𝗲𝗹 𝗥𝗲𝗻𝗼𝗹𝘁
Acabo de encerrar uma reunião por chamada de vídeo com meus sócios da Inglaterra, reunião essa que me deu muita dor de cabeça. Vou ao banheiro lavar o rosto para despertar e aguentar o resto do dia e quando estou saindo de lá ouso risadas vindo da recepção.
— Você tem um ótimo senso de humor Gabriella — Escuto a voz do meu maldito primo, que por sinal já está arrastando asas pra cima da minha secretária. — Vamos nos dar muito bem.
— Não, não vão — Aviso da porta, observando Gabriella sentada na sua cadeira e Thomas escorado no balcão enquanto conversam como se fossem bons amigos — A quanto tempo você está ai?
— À umas meia hora. — Thomas responde — Gabriella é maravilhosa, pena que você a roubou de mim.
— Não a roubei de ninguém — Falo impaciente — Sou o dono dessa empresa, Gabriella já era minha de qualquer maneira — Noto o sorriso do cafajeste crescer. Ele só está tentando me provocar — Pensei que tinha deixado claro a função da senhorita — Falo agora me direcionando a ela, que começa a abrir a boca pra me responder mas eu continuo. — E até aonde eu sei sua função não inclui ficar de conversinha com o vice presidente no seu horário de trabalho. Isso é antiprofissional.
— Thomas só estava esperando o senhor terminar sua reunião. — explica — seria falta de educação deixá-lo falando sozinho.
— Pra você é senhor Thomas, Gabriella. - Aviso, pois não quero ela chamando ele de maneira informal. Não gosto disso. — Vem, Thomas. — O chamo, entrando novamente em minha sala.
Assim que ele fecha a porta eu faço questão de relembra-lo.
— O que eu disse sobre ficar longe da Gabriella?! - Não consigo controlar meu tom.
Thomas levanta a mão em rendição.
— Não seja tão ciumento, nos estávamos apenas conversando.
— Não estou com ciúmes seu idiota. — Nego, indo em direção a minha poltrona. Nem eu sei o que estou sentindo agora, só sei que não quero sentir e nem voltar a sentir. — Ela é muito nova pra você. Fique longe dela. É o meu último aviso.
— Ela é sua primo. É muito linda, mas ela não me quer, não se preocupe. — Ele me encara, soando verdadeiro. — Mas enfim, vim lhe convidar para o aniversário de Augusto hoje a noite. Você sabe, as festas dele são as melhores... — Seu sorriso é muito auto explicativo.
— Hoje a noite não dá. Estou com uma dor de cabeça dos infernos.
— Vai perder a festa dele? Você costumava se divertir muito nelas.
Suas festas de aniversário estão mais para festas de putaria.
Não estou afim disso hoje.
— Quem sabe na próxima. Agora se era só isso, volte pra sua sala, quero ficar um pouco sozinho. — Aviso — e passe direto, nada de conversinha com ela.
- Eu estou amando essa sua nova versão. Em 35 anos eu nunca tive o prazer de vê-la. - Ele sorrir, de forma genuína. - Até mais primo.
✈︎
— Pode entrar. - Permito quando escuto as batidas na porta.
— Aqui está os contratos que o senhor pediu para eu preparar e imprimir. — Gabriella deixa encima da mesa. — Precisa de mais alguma coisa?
— Por hoje é só. — Digo, vestindo meu terno e procurando a chave do meu carro.
— Ok, já estou de saída. — Avisa caminhando em direção a porta e eu a acompanho.
Vou em direção ao elevador e aperto o botão. O horário de trabalho dela já acabou e eu sei que já vai embora também, por isso seguro a porta esperando por ela.
— Obrigada. — Agradece ao entrar.
— Vai pegar ônibus? — Pergunto, cortando o silêncio.
— Sim, fico feliz que a parada é do lado da empresa, bem iluminada e movimentada. — Comenta — Tem umas muito perigosas de se ficar a noite.
— Quando assumi a presidência meu amigo de faculdade te tornou prefeito. Foi fácil conseguir colocar um ponto de ônibus ali, ele me fez esse favor.
— Sei que eu não era funcionária no época mas obrigada por isso. Por pensar nos seus funcionários. — Agradece, me olhando nos olhos agora. Esses olhos hipnotizantes dela.
Lindos.
— Por nada. Sua faculdade fica aqui perto não é? - Mudo de assunto.
— Sim. - Ela acena.
— Mora em uma das comunidades de lá?
Como eu sei que lá tem esse programa de comunidade? Não importa como eu sei. E também não importa como eu já sei todas as respostas das perguntas que eu estou fazendo.
— Sim...
— Posso deixar a senhorita lá, é caminho. - Ofereço, realmente querendo facilitar o caminho até a sua faculdade. Imagino que pegar ônibus não seja nada confortável.
— É muita gentileza da sua parte senhor Marcel... — Ela diz, apertando no botão pra descer no próximo andar — Mas aceitar uma carona do senhor, 𝘯𝘢̃𝘰 𝘴𝘦𝘪𝘳𝘢 𝘯𝘢𝘥𝘢 𝘱𝘳𝘰𝘧𝘪𝘴𝘴𝘪𝘰𝘯𝘢𝘭. E eu não quero que o senhor pense que não sou profissional novamente. Tenha uma boa noite. — E sai do elevador, calmamente.
Eu não consigo evitar sorrir.
Garota esperta.
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Meu Chefe Arrogante
RomansaConteúdo: ADULTO (+18) Aos 35 anos, Marcel Renault tornou as empresas Renault ainda mais conhecida e rica. Ele vive para o trabalho, sem ilusões de construir uma família ou se casar um dia. Em uma viagem a trabalho para o Brasil ele conhece uma gar...