𝒪 𝒩atal mais quente 🎄 ꒰ 𝘄𝗲𝗻𝗰𝗹𝗮𝗶𝗿 ദ

𝒞apítulo 5 ꒰ ℱestival de 𝒩atal ﹙🎆﹚

ㅤ𓈒ㅤㅤㅤ✩ Parte 1 ㅤㅤೀ

"Não se desculpe mais" ela havia dito.

Então, quando as estrelas se recolheram novamente ao breu da imensidão e o sol retornou à terra dos vivos, Enid a acordou com uma série de beijinhos e cutucões, como uma criança animada.

Wednesday se surpreendeu ao perceber que não era de todo ruim, na verdade, ela passou a se deleitar com o fato da loira estar grudada a ela todo o tempo, semelhantemente a um filhote de coala.

Mas, naquele momento, enquanto neve fresca caia sobre seus cílios e manchava suas trancinhas negras de branco, Sinclair não estava colada a ela.

O que era uma verdadeira maldição, na opinião da morena, pois estava realmente frio - mesmo para ela, que gostava da sensação térmica - e as cores e brilhos da feirinha de natal a deixavam enjoada.

Quando sua mãe chegou na noite anterior com três sacolas cheias, anunciando para quem quisesse ouvir - e sua voz era alto o suficiente para que não houvesse de fato a opção de não ouvir- que o festival estava esplêndido e que eles tinham que retornar no dia seguinte, ela não imaginava que se tratava disso.

O pequeno museu de antiguidades havia lhe agradado, mas não havia nada de tão esplêndido ali.

Apesar de Enid permanecer alegre e festiva, o único motivo a qual a latina simplesmente não foi embora.

- Você é péssima nisso. - Acusa diante a falta de mira da amada, que já havia tentado acertar os alvos flutuantes três vezes consecutivas.

- Ah, é?! - Chia Enid, parecendo muito ofendida com o comentário. - Pois saiba que eu era a melhor atiradora da minha alcateia! - Anuncia, empinado o nariz.

- Não quero nem imaginar qual era o pior. - Ronrona, um lampejo de humor brilhando nos olhos negros.

- Pois bem, observe! - A fala petulante da loira a chamou atenção, induzindo seu olhar diretamente para ela, fixada em seus movimentos.

Wednesday ergueu uma das sobrancelhas quando ela flexionou os joelhos, mordendo a ponta da língua para se concentrar na bolinha vermelha que zanzava de um lado para o outro na parede oposta, a latina pensou ter visto os olhos da loira brilharem diante ao desafio.

Conseguiu achar graça na situação, no entanto, pois na pequena guerra de bolinhas de neve Enid havia se saindo muito bem, a acertando com maestria mesmo quando se colocava a correr.

Mas, aparentemente, o pequeno dardo não era tão fácil de se manusear do que bolinhas glaciais, já que ao invés de se encontrar com o alvo, foi direto na opção oposta, fincando sua ponta na madeira opaca da parede da barraquinha.

Wednesday sorriu internamente, imaginando que se seu pai estivesse presente - felizmente não estava, todos se separaram em busca de seus próprios interesses e combinaram de se encontrar depois - teria feito alguma piada horrível sobre lobisomens não terem boa mira.

- Queridinha, o alvo é esse aqui, não o outro lado da tenda. - O atendente de aparência desleixada fala, sorrindo presunçoso.

A fala tomou o coração da latina com um ódio anormal, seus dentes se torcendo como ferro em sua boca quando ela pegou um dos objetos afiados da arquibancada, engolindo suas tendências homicidas quando o atendente sorriu altivo para si.

Passou a mirar e acertar cada um dos alvos, os olhos escuros e dilatados, sua própria alma contente com o plano que se formulava dentro de sua cabeça quando ela deixou que o dardo se afastava levemente da última zona vermelha, perto o suficiente do macho com expressões surpresas...