Capítulo 16 - Marcos (2022)

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"Ocean blue eyes looking in mine

I feel like I might sink and drown and die

You're so gorgeous"

Os beijos se transformaram rapidamente em algo feroz, uma parte de Marcos querendo recuperar todos os anos de saudades, os anos em que a boca dele esteve longe da dela. Marcos gemeu quando ela se encaixou nele, sentando no seu colo com uma perna de cada lado do seu quadril, as mãos enroladas em seu cabelo, nos seus braços, nas suas roupas, tentando conseguir o máximo que pudesse dele. Marcos lhe segurou com força, tão perto que eles se tornaram quase a mesma pessoa.

Eles rolaram pela cama, quase caindo no chão, e riram baixinho, sem se afastar. Em algum lugar da sua mente Marcos lembrou da filha, no quarto ao lado, e deixou Penélope na cama quando se levantou para trancar a porta, apressado para voltar logo para ela. Chutou a mala no caminho, xingando baixinho, e a risada dela ecoou pelo quarto. Quando se virou para ela novamente, a pressa desapareceu. Penélope estava tão, tão bonita jogada na sua cama com os cabelos espalhados pelo colchão e um sorriso ladino, esperando que ele voltasse. Seus lábios estavam vermelhos, inchados pelos beijos que tinha lhe dado, e quando ela ergueu a mão para ele, como se o apressasse, ele quis registrar aquela cena na memória.

Os olhos dela estavam escuros e seu corpo inteiro estava fervendo quando Marcos voltou para cima dela, um beijo mais calmo dessa vez, mas não com menos desejo. Penélope apertou sua cintura, e o olhava como se esperasse por aquilo tanto quanto ele. Como se tivesse pensado nele, o desejado tanto quanto ele desejou ela em segredo. Marcos mordeu seu lábio de leve, uma brincadeira de adolescência, e passou as mãos pelo seu corpo com um desespero quase vergonhoso.

Faziam tantos anos, afinal, ela não era mais a jovem que tinha lhe deixado. Era uma mulher, com corpo de mulher, e Marcos precisava se controlar para não lhe apertar tão forte, porque não queria lhe machucar. Desceu os beijos pelo seu pescoço, o cheiro dela era tão bom que ele poderia ficar o resto da noite ali, e então ergueu a cabeça para lhe olhar. Nenhuma outra jamais tinha lhe encarado como ela o encarava, nenhuma outra jamais tinha provocado nele o que ela lhe provocava. As mãos de Penélope deslizavam pelo seu corpo, deixando a pele arrepiada por onde passava. A respiração dela estava acelerada contra a pele dele, e Marcos precisou entrelaçar os dedos nos dela, segurando suas mãos ao lado do corpo, porque não queria que a noite acabasse tão rápido.

Ela sorriu como se soubesse exatamente o que ele estava pensando. Ela sempre sabia o que ele estava pensando.

- Eu senti tanto a sua falta - sussurrou na sua boca, e ele aprofundou o beijo mais uma vez, os gemidos dos dois se misturando.

Penélope soltou as mãos das dele, rolando na cama para ficar por cima, sentada na sua cintura com um sorriso tão sugestivo e movendo os quadris de maneira tão certeira que ele pensou que poderia morrer ali mesmo.

- Não faz barulho - mandou, colocando um dedo sobre os lábios dele - A gente não quer que a Giovanna escute, né?

Marcos jogou a cabeça contra o travesseiro, pressionando os lábios com força, concordando. Penélope riu novamente, baixinho, sem parar de se mover.

- Então você vai ter que ocupar a minha boca. - Ele a puxou, com a mão na sua nuca, a boca dela tão quente na sua, e Penélope arfou na sua boca, surpresa pelo movimento súbito.

As mãos dele trabalhavam por baixo do vestido que ela usava, e Penélope tremeu se contorceu em cima dele, a pele dela em brasa. Quando ela conseguiu arrancar a camisa dele, a jogando no chão e arranhando a pele agora exposta, Marcos mordeu o seu pescoço e se perguntou quantas marcas essa noite iria deixar.

Fúria (FINALIZADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora