Morto? Sim, está.

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Izzy acordou e sintou falta do corpo quente em que dormiu abraçada, mais uma vez Clary não tinha acordado em seus braços.

Ainda um pouco assustada Izzy se senta na cama e olha para a mesinha ao redor, havia uma bilhete de Clary.

"EU SINTO MUITO POR NÃO TER DADO NADA CERTO ENTRE NÓS, MAS QUERO QUE SAIBA QUE NUNCA CONSEGUIREI TE ESQUECER, MESMO SE EU QUISESSE. FOI A MELHOR NOITE DA MINHA VIDA, OBRIGADO POR ESSA DESPEDIDA. SEU PAI ME FALOU QUE AMAMOS SÓ UM VEZ NA VIDA, E QUE ELE ENTENDIA O POR QUE DE NÓS NÃO FICARMOS JUNTOS, MAS QUE NÃO DEVERÍAMOS DESPERDIÇAR A CHANCE DE APROVEITAR AS ÚLTIMAS HORAS JUNTOS E EU AGRADEÇO A ELE PELO CONSELHO. SINTO MUITO POR NÃO PODERMOS FICAR JUNTOS. EU TE AMO E SEMPRE VOU AMAR."

Izzy abaixou o bilhete e fechou os olhos, isso não podia estar acontecendo denovo. E agora era para sempre, Clary não queria mais vê-la. Não quando Izzy iria se casar em algumas semanas.

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Clary estava subindo as escadas da casa de Magnus quando ouve gritos e barulho de coisas se quebrando, ela corre e abre a porta.

Clary abriu a boca em surpresa, ela fechou a porta atrás de si para que ninguém pudesse ver e se segurou para não gritar.

Magnus estava com rosto e a camisa manchadas de vermelho, assim como o chão ao redor do corpo. Ele estava sobre um corpo esticado no chão que não se movia. Catarina estava em pé ao lado do irmão, os olhos estavam arregalados e pescoço vermelho.

-Ele está......-Clary encarava os irmão.

-Morto? Sim está.-disse Catarina. Clary percebeu que ela voltou a postura de durona.

Magnus se levantou e olhou para as mãos e a camisa. Os olhos em Clary suplicando por ajuda.

-Vá tomar um banho e tirar essas roupas.-disse Catarina a Magnus.-Vá, Magnus. Agora!-E quando Magnus não se moveu, Clary foi até ele e o empurrou para dentro do corredor em direção ao banheiro. Ela sabia que Catarina iria cuidar de tudo, mesmo não sabendo como.

Clary levou Magnus para o banheiro e tirou sua roupa, depois o colocou de baixo do chuveiro e o ajudou a tirar o sangue sobre sua pele. Os nós dos dedos estavam machucados. Magnus bateu daquele homem até que ele morresse.

Dei a toalha a Magnus e saí do banheiro para ver oque estava acontecendo e levei sua roupa suja comigo em uma sacola. Iria jogar fora depois de ver como Catarina estava.

Quando Clary chegou na sala havia dois homens limpando o chão, o corpo havia sumido, e Catarina estava em pé ao lado deles com as próprias mãos no pescoço, como se o lugar estivesse doendo.

Clary arregalou os olhos. Catarina olhou para ela e esticou a mão para que ela entregasse a sacola de roupa, Clary entregou a ela.

-Leve Magnus daqui.-disse Catarina em um susurro.-Volte apenas quando eu chamar.

Sem perder tempo Clary andou até o banheiro onde Magnus estava e o conduziu até a porta de trás da casa e eles saíram pelas ruas.

Em silêncio, eles andaram por alguns minutos até pararem em café vazio a algumas quadras.

Eles pediram um café. O olhar de Magnus continuava perdido e ele não havia dito uma palavras, clary nunca iria insistir. Não poderia imaginar como era matar uma pessoas com as próprias mãos. Bater nela enquanto a encara e ver a vida deixando seus olhos. Magnus nunca quis essa vida, nunca quis se meter nos negócios dos irmão, mas agora tinha que consolar Charlotte e Catarina pela morte do irmão e havia acabado de matar uma pessoa.

Duas horas depois Catarina ligou e Clary levou Magnus devolta para casa. No caminho eles haviam trocados poucos palavras, nenhuma sobre oque aconteceu.

Magnus entrou pela porta de trás e foi para seu quarto, Clary o deixou ir e se sentou na mesa com Catarina. Ela estava com uma garrafa de whisky sobre a mesa.

-Ele esta bem?-perguntou Catarina tomando um pouco da bebida.

-Não.-disse Clary.-Você também não parece estar.-Ela apontou para o whisky e depois a barriga de Catarina.-Vai me contar oque aconteceu.-Catarina sorriu sem graça, mas falou.

-Aquele desgraçado matou Ragnor.-ela bebeu mais um pouco.-Fizemos um trabalho para ele antes de sermos pegos e eu ir para o Brasil. Ele matou Ragnor como punição e depois veio até mim, mas Magnus chegou na hora. Eu mal respirava, minhas mãos em minha barriga e não no pescoço.-Ela limpou as lágrimas. Clary se levantou e andou até Catarina a abraçando com força.

Catarina deixou ser abraçada e chorou, depois Clary tirou a garrafa de perto dela. Depois de mais calma Catarina contou que os homens que retiraram o corpo e limparam o lugar eram seus amigos da antiga vida, e que eles cuidaram de tudo e que não precisava se preocupar. Catarina pareceu confiar neles, e Clary confiava nela. Mas memso que fosse verdade, mesmo que não precisasse mais correr nenhum risco, Clary percebeu ao abrir a porta do quarto de Magnus e o vê dormindo, que o maior estrago já havia sido feito.

Um semana se passou desde Magnus cometeu aquele assassinato. Catarina contou a Charlotte oque havia acontecido, depois de surtar por seus dois filhos restantes quase morrerem ela decidiu confiar em Catarina quando ela disse que estava tudo bem agora, assim como Clary confiou.

Magnus ainda não tinha voltado ao normal, ele acompanhou Catarina ao médico e aos ultrassons. Clary percebeu que eles estavam cada vez mais próximos e isso era bom. Pelo menos uma coisa boa em toda essa tragédia.

Clary nunca mais foi a casa de Robert. Apenas conversava com Cristina e as vezes elas se encontravam em um café perto da casa de Magnus.

Magnus se fechou muito, até mesmo para Clary, e ainda mais para Alec. A três dias ela viu várias chamadas e mensagens de Alec perdidas quando Magnus esqueceu o telefone sobre a mesa. Era triste ver que aquilo o afastou tanto, quase o tornado outra pessoa. Clary iria falar com Magnus, não podia deixar que ele ficasse preso nessa bolha que ele estava criando.

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Izzy havia acabado de chegar em casa de um jantar com Gabriel e Maryse. Era apenas para Izzy entregar um cheque de alguns milhares de dolares para pagar o casamento, mas quando chegou la descobriu que Gabriel tinha levado a mãe para provocá-la e descobriu também que havia adiantado o casamento em duas semanas.

Izzy tentou protestar contra o adiantamento, mas Gabriel disse que ela não estava em condições de barganhar e Maryse só atrapalhou. Izzy queria sair daquele mesa a cada segundo da jantar.

A alguns dias, depois de Robert dormiu, Cristina e Izzy se sentaram a mesa e conversaram durante algumas horas, foi quando ela contou sobre a morte de Ragnor e sobre o homem que Magnus havia matado. Cristina pediu para Izzy não contar a mais ninguém sobre oque Magnus havia feito, muito menos com Alec.

Agora Izzy sabia sobre Alec e Magnus, a alguns dias, quando Magnus parou de responder, Alec foi até a irmã e contou oque estava acontecendo. Izzy o aconselhou a esperar e que iria perguntar a Cristina oque estava acontecendo e que o ajudaria como podia.

Izzy sentia como se tivesse falhado, Alec estava preso em seu quarto desde dia seguinte a conversa quando ela não pôde contar nada a ele sobre o por que de Magnus está afastado.

Izzy respirou fundo e foi tomar um banho, precisava de uma boa noite de sono para tentar esquecer todos os problemas

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