- Dormir aqui? Enlouqueceu?
Ela riu.
- Emily, se você é irresponsável, eu não sou! Temos que voltar, eu preciso trabalhar.
-Ei? Calma! - Deu risada.
- Não estou entendendo o motivo da graça!
- Você aí toda desesperada é extremamente divertido! Pode me ouvir pelo menos? Eu tenho que ir para São Paulo amanhã, e você terá que ir comigo, não é advogada de seu esposo? Vamos ver a base da empresa que ele escolheu, e de quebra, ver o contrato pra eu assinar. - Apenas encarei. - Pode parar de surtar agora?
-Sem graça! - Me levantei.
- Aonde vai?
- Não lhe interessa!
Deixei ela sozinha lá fora, indo para o quarto qual tinha ficado a poucas horas. Eu tenho que ir pra minha casa, não consigo ficar aqui com ela fingindo que está tudo bem.
Peguei meu celular, e nele tinha uma ligação perdida de Sam. O quê me fez revirar os olhos, não deveria me ligar estando a trabalho.
- Não vai fugir de mim dentro de minha própria casa. - Emily exclamou escorada na porta de braços cruzados.
- Não deveria nem estar aqui.
-Tudo bem, você já disse isso. - Fechou a porta, caminhando até mim e deitando na cama, encarando meus olhos. - Sabe que horas são?
Apenas neguei com a cabeça.
- Hora de você deixar eu te beijar novamente. - Ri alto
- Você é maluca? Quantas vezes vou ter que repetir que isso é totalmente errado, e que sou casada?
- Seu marido não é um problema pra mim. -Sorriu.
- Isso é errado!
-Por que não se permite viver essas emoções? Nunca beijou uma mulher na vida?
- Nunca trai na verdade, e não faria isso agora, principalmente com...
-Sua chefe. - Revirou os olhos. - Você só sabe falar isso? Não pode esquecer pelo menos nesse finalzinho de domingo?
-Não, não posso, e acho que você deveria me deixar sozinha aqui.
-Pra quê? Minha companhia não te agrada? - Nossos olhos foram automaticamente para o meu celular que estava vibrando. - Por que ele está te ligando? Era pra estar trabalhando! - Puxou o celular.
-Emily, não!
-O quê acha que ele vai fazer se souber que está comigo em pleno domingo?
-Provavelmente surtar, devolva meu celular!
Ela deslizou o dedo devagar para atender, mas no fim, acabou recusando e me devolvendo.
-Não vou fechar contrato com ele. - Se levantou.
- Ele não fez nada demais!
-Eu o mandei para trabalhar, não para fazer ligações a você. O quê acha que ele sente? Saudades sua?
-Sim, o que temos é verdadeiro!
-Não existe amor verdadeiro! - Disse séria, em seguida saiu do quarto rapidamente. Aparentemente ela ficou incomodada.
Fui atrás novamente, descendo as escadas devagar, não encontrando ninguém.
-Emily?!
-Aqui fora. - Respondeu seca.
Ao ir para a parte da frente, a mulher estava sentada em uma cadeira, com suas pernas esticadas na mesinha central enquanto tinha uma cerveja em sua mão.
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AMANTE - EMISUE
RomanceNo auge do desemprego, trabalhar em qualquer lugar era o objetivo de Susan Gilbert, desde que seu marido jogou em sua cara que não tinha mais saco para lhe sustentar. Ao ter a oportunidade de mostrar sua capacidade em um trabalho de alto valor, acab...