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- O quê vamos fazer depois disso? - Perguntei vendo ela se vestir novamente.

- Você pode voltar pra mim. - Disse tudo enrolado.- Ou pode fazer o quê sua mente acha certo.

Franzi as sobrancelhas acompanhando ela colocar seu vestido e sair do quarto.

Tá aí uma coisa estranha; Emily Dickinson bêbada.

- E então?... - Mary perguntou assim que desci novamente.

-Não sei se nos resolvemos, ela simplesmente desceu antes que eu pudesse falar algo.

- Ela está bêbada. - Deu risada. - Enfim, fiquem aqui, no mesmo quarto que estavam.

- Vou levá-la embora, acho que vai ser melhor.

-Não vou deixar você sair com uma criança e uma mulher fora do seu normal a esse horário.

Respirou fundo.

- Faz o seguinte, pegue a chave do apartamento da Emily, eu vou pedir para Abby ir lá buscar roupas para vocês tomarem um banho e descansarem, tudo bem?

- Não precisa Mary, é sério. Eu acho melhor levar ela, vai que Emily açorda de mal humor por estar de ressaca? - Nós duas rimos.

- Faço questão, vocês são minha família. - Beijou minha bochecha. - Vai lá.

Sem questionar mais, fui até Emily que estava sentada com George.

- Posso ocupar sua amiga novamente? - Ele sorriu.

- Claro, fica a vontade. Vou pegar mais bebida pra mim.

- Traz pra mim.

-Não. - Intervi - Chega, já bebeu demais.

- Assim eu esqueço o gelo que está me dando.

Gargalhou.

- Vamos subir para um segundo round, por favor.

-Me dá a chave do seu apartamento.

-Depende, vai fazer o quê eu propus?

-Não estou brincando, Emily.

-Eu também não.

Bufei.

-Para de ser chata, doutora. Disse que sabia atuar bem, mas não está conseguindo disfarçar sua cara brava. Aliás, você fica sexy quando está brava. Espero que tenha noção disso.

Me puxou pela cintura, fazendo me sentar em seu colo.

- Disse agora pouco que me amava, ainda ama?

- Você já sabe a resposta, por que está perguntando? - Perguntei.

-Quero ouvir você falar de novo.

-Eu te amo.

-Então me beija. - Ficamos nos encarando. - Eu lavei a boca se é isso que quer saber.

-Não, é que eu estou percebendo agora que não consigo ficar brava com você.

-Não precisa, não fique. Eu sei que você pensou e seguiu seu coração, mas eu quero você comigo. Você sabe tudo sobre mim, coisas que nem o George sabe, sabe que eu não mentiria em relação a nada. Eu sou transparente com você. - Soluçou. - Eu sei que sou chata, e fico insuportável quando bebo, mas eu não quero te perder Susan. Anota o quê eu estou te falando, nós ainda vamos casar.

- Casar? - Sorri. - Quer casar?

-Depende, se a noiva for você, eu quero.

- Está blefando, está bêbada, amanhã vai esquecer tudo o quê me disse. - Dei risada. - Vamos, me dê sua chave.

AMANTE - EMISUEOnde histórias criam vida. Descubra agora