AMANTE - EMISUE

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Narradora.

O que é amor para você?

Schopenhauer acreditava que o amor era um mal necessário. O erro estaria em esperar demais dele e acreditar que só amamos uma vez na vida. Para ele, o amor era terrível, instável, dilacerante, mas fundamental. Só não poderíamos sofrer tanto por ele.

"o amor é a compensação da morte."

Shakespeare dizia que amor é um marco eterno, dominante, que encara a tempestade com bravura; é astro que norteia a vela errante, cujo valor se ignora, lá na altura.

"o amor vê com o coração e não com os olhos."

O amor, para Nietzsche, é uma insidiosa armadilha do egoísta, que termina por saciar o seu desejo de conquista, abrindo caminho para outras formas de dominação.

"não há no mundo amor e bondade bastantes para que ainda possamos dá-los a seres imaginários."

Aristóteles falava que amar alguém é sentir-se alegre com a pessoa que você divide a vida e os sentimentos. Significa que o amor só existe quando faz o casal feliz. Dizia que o amor é o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser humano à perfeição.

"O amor é formado de uma só alma, habitando em dois corpos."

Mas para você? O que é amor?

Apenas um sentimento que você demonstra com atos de afeto, ou algo além disso?

Amor é um sentimento de carinho e demonstração de afeto que se desenvolve entre seres que possuem a capacidade de o demonstrar.

O peso dessa palavras para algumas pessoas pode ser enorme. Um "eu te amo" não é algo bobo, é sério, ainda mais dito pela primeira vez.

Na forma de relação, o 'eu te amo' significa que você quer fazer com que o amor que sente pelo seu cônjuge seja algo permanente. Você deseja compartilhar tudo ao lado da pessoa que você ama. Uma vida cheia de carinho, confiança, sabedoria e o mais importante; Aprendizado mútuo.

Esse sentimento não é algo que vem do nada, você o constrói dentro de si e espera o momento certo pra cuspi-lo para fora, e na maioria das vezes, pega a outra pessoa de surpresa.

Foi o quê aconteceu agora.

Susan Gilbert.

Encarei Emily, que estava paralisada em minha frente, me olhando séria. Sai do transe quando escutei a voz de Susana e seus passos subindo as escadas da parte de fora. Me levantei sobre o silêncio pesado que pairava naquela lugar, peguei minhas roupas e fui para o banheiro.

Liguei o chuveiro e deixei o mesmo esquentando enquanto mantia meu olhar em mim mesma na frente do espelho.

Não acho que tenha dito tão cedo, nem de forma precipitada. Também não esperava ser correspondida, mas não queria ficar igual uma idiota parada esperando pelo menos um sorriso em troca.

Deixei com que a água quente caisse sobre meus músculos tensos, relaxando os mesmos enquanto em minha mente algumas vozes desnecessárias se tornavam presente. Chacolhei minha cabeça na falha tentativa de me livrar disso.

Depois, fui para o quarto me trocar. Ao sair, Susana estava sentada no sofá comendo um pirulito que tinha ganhado.

- Até que enfim você voltou, não aguentava mais de saudades suas. - Brinquei arrancando-lhe um riso divertido.

- Você é muito exagerada mamãe.

Sorri, Deitei meu corpo no estofado, colocando minhas cabeça em suas pernas, recebendo um beijo dela em minha testa, deixando o lugar todo melado de doce.