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Susan Gilbert.

- Bom, negócio fechado, senhor Samuel. - Ela disse séria.

Não, não é a mesma Emily de horas atrás.

- Ótimo, a senhora não vai se arrepender.

- Vamos reestabelecer uma regra. Eu agora sou praticamente sua chefe, e sua sócia, e pense, moramos todos no Rio. - O homem assentiu com a cabeça. - Sua empresa ficará em São Paulo, o senhor terá que arrumar tempo, e um veículo fácil para ir lá toda semana, porquê uma empresa sem um chefe para comandar, não é uma empresa. Correto?

- Sim, senhora.

- Certo, então para não gastar dinheiro de seu bolso, e como é uma importantíssima regra contratual, eu fico responsável por seus gastos.

- Entendo....

- Podemos ir embora, Sam?! Eu estou com sono.- Cochichei em seu ouvido, Emily me encarou séria, logo forçou um pouco sua garganta.

- Sinta-se a vontade, eu já acabei por aqui. - Disse ela.

- Deixe-me ir no banheiro antes. - Me levantei.

- Te espero lá embaixo, amor.

Ele falou, pegando minha mala e caminhando até o elevador, qual tratou de descer.

- Você pode me ouvir agora?

Ela me perguntou.

-Só quero dizer que nesse meu corpo, você não toca mais. - Caminhei enfurecida até o elevador.

- Vamos ver até quando isso vai durar. - Última coisa que ouvi ela falar antes da porta fechar.

É isso que me irrita, seu ego. E eu pensando que ela estava chateada com tudo isso, tola, Emily pode ficar com quem quiser, isso pra ela foi tudo um joguinho. E eu fui feita de palhaça. Mas é melhor assim, sei que isso foi errado, e não voltarei a repetir tais atitudes como ela pensa.

Ao descer, entrei logo em nosso carro. Já em casa, tomei um banho quente para depois me deitar, sentindo a mão de Sam rodear minha cintura.

- Amor... - Beijou a curva de meu pescoço.

- Hoje não Sam, por favor, estou cansada.

-O quê fez hoje além de ler contratos e falar com Emily sobre nosso acordo?

- Fazer isso também cansa.

-Tá de sacanagem! Faz dias que está me evitando! Esperei todo esse tempo pra nada!

- Estou cansada dos seus surtos, você não é mais criança para ficar fazendo birra! - Me levantei irritada. Fique aí sozinho.

-Sue, não! Desculpe me!

-Toda vez é a mesma coisa Sam, você não sabe ouvir um "não". Isso me irrita, se eu disse que não estou afim é porquê não estou! Agora saia daqui, eu quero dormir sozinha.

Ele nada disse, apenas pegou seu travesseiro e foi para a sala. Na falha tentativa de pegar no sono, no escuro de minha mente, os olhos de Emily brilhavam. E não adiantava abrir, ela não fugia da minha cabeça. Lembro-me muito bem de seu olhar castanho encarando os meus enquanto ela me satisfazia naquela cama.

É estranho, e bom pensar nos momentos que tivemos. Devo admitir que foi bom passar essa semana com ela. Mas não vou lembrar do quê passamos, da situação que me deixou chateada.

-Bom dia Abby. - Falei entrando na empresa, que estava quase vazia.

- Bom dia, senhora sumida. - Ela sorriu. - Está tudo bem?

AMANTE - EMISUEOnde histórias criam vida. Descubra agora