•007

1.6K 135 37
                                    

Gatilhos do capítulo: tentativa de suicídio e crise depressiva.

Não sei quanto tempo fiquei na beira da praia, só sei que me deitei na areia enquanto ouvia o som do mar, o cansaço mental e emocional me sugaram, e quando dei por mim estava sendo acordada com pingos grossos de chuva me atingindo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Não sei quanto tempo fiquei na beira da praia, só sei que me deitei na areia enquanto ouvia o som do mar, o cansaço mental e emocional me sugaram, e quando dei por mim estava sendo acordada com pingos grossos de chuva me atingindo.

Estava no meio do nada e completamente perdida, então comecei a correr para qualquer direção para tentar escapar da chuva forte que caia. Eu estava chegando a algum lugar, eu podia ver a rua com alguns carros passando e algumas lojas na calçada próximo a praia. Sem saber ao certo para onde ir e onde eu estava, resolvi me abrigar em um quiosque que estava apenas a alguns metros de mim.

Antes de entrar na área coberta, tentei tirar o máximo de areia que eu conseguia, mas tentei não me preocupar muito com isso, afinal era um quiosque de praia, deviam estar acostumados com areia.

O local era aconchegante, tinha uma típica decoração praiana com madeira, bambu e palha, o lugar estava completamente vazio, até porque era um dia péssimo para praia, era até um milagre que estivesse aberto.

Me sentei em uma das mesas, um pouco ofegante pela minha corrida. Sorte a minha que não tinha ninguém aqui para ver o meu estado, completamente encharcada e descabelada, devia estar horrível.

-Vai querer alguma coisa?- meus pensamentos são interrompidos por uma garçonete que tinha uma cara de tédio enquanto mascava um chiclete.

-Ah claro…- Um pouco envergonhada, pego o cardápio e imediatamente me surpreendo com os preços exorbitantes. Me lembro do dinheiro que coloquei no bolso da calça ontem e me sinto aliviada por pelo menos conseguir pagar alguma bebida.- vou querer uma vitamina de frutas vermelhas.

A garçonete anotou e saiu para buscar o pedido. Só então me dei conta de como estou com fome.

Olho o relógio do local e me surpreendo ao ver que são quatro e pouco da tarde. Passei praticamente o dia todo fora. Não evito algumas lágrimas ao pensar que ninguém teria sentido a minha falta.

A lembrança de Pepper dizendo que chegaria mais cedo do trabalho vem a mente, será que ela está preocupada?

Nego com a cabeça rapidamente, tentando espantar esses pensamentos. Não queria me iludir com isso, Pepper não era a minha mãe, eu não fazia parte da família dela e ela não tinha nenhuma obrigação comigo. O único ali que tinha alguma obrigação comigo era o Stark, que fez questão de deixar claro que não me queria ali.

As lembranças de hoje cedo me atingem e imediatamente me sinto culpada e envergonhada pelo que eu disse. Devia ter o deixado em paz na primeira negativa dele, melhor ainda, não devia nem ter ido falar com ele para começo de conversa. O que eu estava esperando? Que ele me tratasse como uma filha?

Mordo os lábios fortemente para impedir um soluço de choro por pensar na minha própria desgraça.

Eu estava em uma casa onde não era meu lar, onde ninguém me queria, e eu teria que conviver com isso.

Your meds, Kelly? •Filha do Tony Stark.Onde histórias criam vida. Descubra agora