Capítulo 5

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Senti uma de suas mãos tocarem meu rosto, acarinhar minha bochecha e logo em seguida, sua respiração morna contra meu rosto, muito próximo.

Seus lábios eram macios, e tinham um sabor único. Apesar de toda a cerveja que tomamos.

Aos poucos, relaxei e me entreguei ao beijo que ia crescendo e ficando intenso.

Breno em algum momento gemeu baixo enquanto me beijava e me puxou para mais perto. Podia sentir sua ereção contra meu corpo.

Minha respiração acelerou e sem que eu tivesse controle, o agarrei pelos ombros, logo o puxava pela nuca e aprofundava mais o beijo.

Por alguns segundos, me descontrolei. Toquei seu peitoral, desabotoando sua camisa e Breno tomou ar, segurando minha mão.

– Ei, vamos com calma... – Ele disse com um sorriso nos lábios. – Vai lá ao banheiro, troca a camisa e vamos voltar para a sala...

Novamente assenti, e nesse momento já tinha raiva de mim mesma.

– Camila, eu só quero que você esteja confortável... – Ele insistiu quando viu meu olhar perdido. – Depois de tudo que ouvi de você, confesso que estou meio que louco... Posso perder o controle se continuarmos aqui, sozinhos.

Virei-me e sai do quarto, incapaz de dizer qualquer coisa após ele afirmar que estava louco de tesão por mim, assim como eu estava por ele.

No banheiro, tirei minha blusa e lamentei não estar usando sutiã. Lavei um pouco da minha barriga, como pude, enxuguei-me com a toalha de rosto que estava impecavelmente pendurada.

Ao sair do banheiro, Breno estava à porta, esperando por mim.

– Quer mais uma cerveja?

– Sim.

– Vá para a sala, eu vou buscar. – Assenti.

Amarrei a camisa branca, dando um nó na cintura acima do cós de minha calça jeans justa.

Na sala, percebi que Fernando dormia em uma rede na sacada, e Davi estava mergulhado na coleção de vinil do Bruno.

Tocava uma música do Cazuza, e era delicioso o som da voz dele no vinil, nunca tinha ouvido.

Sentei-me ao lado de Bruno, ele estava abraçado a Miguel e pareciam estar no mundo deles.

Peguei meu celular que estava sobre a mesinha de centro. Eram por volta de quatro horas da manhã. Em outro momento, estaria hiper preocupada com o horário, contudo, era triste pensar que naquele momento ninguém da minha família estava a minha procura.

Breno voltou para a sala, segurava duas garrafas de cerveja e me chamou para a sacada.

Fomos para a varanda, havia apenas uma espreguiçadeira. Ele sentou-se, abriu as pernas e me puxou para sentar entre suas pernas.

Pareceu intimo, mas aceitei. Afinal, há poucos minutos estavamos com a língua na boca um do outro no quarto e falando em transar... Bem, não falando de fato, mas quase isso!

– Então, me fale sobre você... Onde estudou o que faz... – Ele puxou assunto.

Recostei em seu peitoral, me aconchegando nele.

– Não tenho nada interessante para contar... Não cursei uma faculdade, não tenho emprego e meu divorcio está quase concluído. – Resumi com o desgosto entoado em minha voz.

– Ainda pode fazer muito por você... É jovem. – Ele murmurou com carinho. Sua mão livre estava em minha cintura, me abraçando. Enquanto a outra segurava sua garrafa de cerveja.

– É. Talvez... – Respondi, com a voz baixa e desanimada.

– Quantos anos você tem?

– Vinte e oito, fiz em junho. – Disse um pouco mais animada, apesar de tudo, ainda gosto de fazer aniversário. – E você?

Senti a vibração em seu peitoral quando ele riu, contendo-se.

– Um pouco mais.

– Um pouco mais quanto?

– Uns dez anos... – Ele dizia quando me fez virar e encarar seu rosto. – Camila, você não faz ideia de quem eu sou, do que eu sou.

– Então me fala.

– Eu nunca namorei isso não é para mim.

– Sério? Mas por quê?

Ele abafou outra risada e veio me beijar novamente.

Se beijo durou alguns segundos, foi sexy, porém, breve. Meu coração acelerou novamente, queria mais.

Muito mais.

– O que você já pensou em cursar?

FOGO E GELO - Noite de NatalOnde histórias criam vida. Descubra agora