Apenas Nós Dois - Bajitora

No Inferno

Kazutora estava exausto de ter sido abusado duas vezes seguidas por seu pai naquela noite.

Seu corpo todo doía, sua pele branquinha estava avermelhada de sangue e com marcas de unhas em seus braços, pernas, costas e em seu rosto especificamente em sua bochecha.

Em seu pulso direito estava presente em sua pele duas manchas escuras e meio  avermelhadas, círculos escuros que haviam sido feitos por um cigarro meio aceso.

Ainda deitado na cama, Kazutora tenta ao máximo reunir forças para se levantar e se libertar das correntes que o prendiam.

Com bastante esforço que seu corpo exigia, Kazutora consegue chegar até a lockpick que havia deixado embaixo da cama antes do seu pai entrar no cômodo, sem perder mais tempo Kazutora libertasse das correntes e vai a procura de roupas decentes para esconder o que o seu pai lhe havia feito.

Antes de sair, Kazutora coloca os travesseiros na cama alinhando eles na vertical e pondo o lençol em cima fazendo parecer que ele estava ali deitado tentando parecer convincente Kazutora deixa o quarto silenciosamente indo a procura do seu "namorado " ou um certo alguém que havia se metido em um problema.

Kazutora anda de um lado para outro entrando em vários cômodos na chance de encontrar Baji, mas a cada passo que ele dava ficava mais complicado de passar pois havia algumas salas restritas.

Nelas estavam sendo vigiado por alguns capangas do seu pai andando de um lado e outro atentos a qualquer movimento que passa-se por esses corredores.

Não tendo muita chance de conseguir passar por todos eles, Kazutora muda seu caminho descendo as escadas indo em direção ao porão enorme daquele prédio.

Era bem espaçoso, sujo e escuro com poeira, cheia de tralha de mercadorias que deixavam ali guardadas, caixas enormes com produtos ilegais e jóias que valem milhões sem falar das maletas que continham quantidades exageradas de dinheiro roubado.

Em seu caminho de curtos passos na escuridão do porão logo a frente é possível ouvir passos firmes e fortes seguindo de gemidos de dor que ecoavam naquele lugar.

Kazutora aproxima-se de onde vinham os ruídos que ficavam cada vez mais forte, escondido atrás de algumas caixas no escuro, Kazutora podia ver como Baji estava sendo tratado por um de seus capangas enquanto ele assistia as expressões de dor que Baji fazia.

Sua pele estava sendo lentamente cortada com uma faca quente enquanto Baji se contorcia de dor.

Em volta de seu pescoço estava roxo que provavelmente tinha sido apertado para que ficasse sem ar, seu rosto estava bastante ferido com arranhões por todo o seu rosto, com o olho bastante roxo e com canto de sua boca cortada.

Sua roupa estava quase que ensopada de sangue que havia e estava sendo derramado nesse exato momento

Kazutora não consegue olhar para aquela situação sem derramar uma lágrima pois a pessoa que ele ama está sendo esmagado nas mãos de quem o criou.

No rosto do seu pai havia apenas um grande sorriso de ver alguém inocente pagando pela sua vida, para ele, torturar ou matar era um tipo de diversão e entretenimento.

Pai (chefe)- já chega, é o suficiente por hoje.

????- sim chefe, irei me retirar.

Pai- porque você não desisti garoto, você está acabado.

Baji- desistir não é uma opção.

Pai- sua resistência é inútil rapaz você não vai sair daqui vivo.

Baji- você vai ser o único morto nesse lugar.

Pai- você está muito convencido das suas palavras, seu fim está próximo.