Manhã de Natal

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Olhei pela janela do quarto, para a cidade iluminada pelas luzes de natal, mas não consegui apreciar a beleza. Já era tarde, passava da meia noite, e me perguntei se tinha feito aquilo por nada.
“achei que você passaria por aqui hoje”,  encarei as palavras na tela do celular, então apaguei. Não queria parecer ansiosa demais, ele apareceria se assim desejasse.
Contemplei no espelho o vestido festivo em vermelho e branco, que costurei especialmente para essa data, e que usei no jantar de natal com meus pais, horas antes. Esperava que ao menos ele me visse usando aquela roupa, mas já era tarde, e ele não aparece, então volto a minha cama, sem saber se aguardo ou desisto.

Meu celular vibrou na cabeceira da cama, e meu coração deu um salto. Me deito de bruços para alcançá-lo.
“ainda está acordada?”
“ senti sua falta hoje”, respondo, sem confirmar que, de fato, estou acordada. “ como está sua festa?”
“estava chata, sei que está tarde, mas posso passar ai?”, sorrio para o celular.
“claro, mas não demore muito” envio a mensagem, e procuro um emoji natalino, mas antes de enviar ouço o alçapão se abrindo, e ChatNoir sorri ao me ver.

_ boa noite, Princesa! fui rápido o suficiente?
_ Você estava ai?
_ não sabia se você estava acordada, não consegui fugir antes daquele lugar. _ Chat se deitou ao meu lado, e me roubou um selinho.
_ você poderia ter me chamado.
_ não iria te acordar se já estivesse dormindo. _ seus dedos afagaram meus cabelos, e senti meu corpo amolecer com o carinho.
_ eu prefiro ser acordada do que não ver você… _ sussurrei, e me aproximei mais, juntei nossos lábios suavemente, deixando que ele iniciasse o beijo. As garras desceram dos meus cabelos para minha nuca, e todo meu corpo arrepiou em resposta.

Me apoiei em seu peito, explorando com a mão espalmada por cima de seu uniforme. Mesmo sobre o couro podia sentir a rigidez do abdômen, o contrair sutil da musculatura quando se erguia para me beijar vagarosamente, e me perguntava como ele podia manter a calma estando em minha cama, quando tudo o que eu queria era arrancar suas roupas.

_ eu trouxe um presente para você… _ sussurrou, se afastando sutilmente.

_ depois, Chat… _ puxei seu rosto novamente para mim, e aprofundei o beijo, por que todo presente de que precisava era justamente o que ele se recusava a me dar.

Baixei meu corpo, deixando que meus seios pressionassem seu peito, acabando com a distância respeitosa que ele sempre colocava entre nós dois.
De forma possessiva suas mãos me apertaram mais, o braço envolvendo minha cintura me puxou para mais perto, e mesmo que estivesse sobre meu vestido, já era o suficiente para me fazer arrepiar. Levei minha mão para trás, segurando a dele, e a empurrei para baixo, e Chat gemeu baixinho quando a mão passou por minha bunda, até parar em minha coxa nua. Sabia que para ele minha roupa não fazia diferença, ele não sentia minha pele, graças a luva de couro, mas para mim fazia muita diferença ser tocada sem a interferência do tecido. Empurrei sua mão para cima novamente, dessa vez sob o tecido, então a soltei, torcendo para que continuasse a me tocar.

Levei a mão novamente ao seu tanquinho, dessa vez firmei o toque, demonstrando meu interesse ao deslizar para baixo ao mesmo tempo em que a mão dele em minha coxa ascendeu, até apertar logo abaixo de minha bunda, me fazendo gemer e pressionar mais meu corpo contra o seu.

— Mari… Mari… Mari… — sussurrou, pontuando meu nome com um selinho a cada vez que o pronunciou. Então me afastou pelos ombros e sentou. — melhor saindo da sua cama, antes que as coisas esquentem demais.

— é Natal, Chat… você pode relaxar ao menos hoje?

— não, Princesa… — Chat encosta a cabeça em meu ombro, respirando pesadamente, os lábios roçando meu pescoço ao falar — você sabe que quanto mais avançarmos mais difícil vai ser parar.

— mas eu não quero parar… — me afastei,  e fiz com que me olhasse. — eu quero ir até o final, Chat.

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