Capítulo 20 - Casa comigo (parte 3) Não quero ser forte...

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Após a saída de Sky, Phrapai, Thankun e Dragon, todos na mesa ficaram em silêncio. Porsche e o marido tiveram uma conversa pelo olhar.

— Gostaria de agradecer a todos por terem vindo. Fiquem a vontade para aproveitar a área de lazer. Os quartos vão ficar prontos em alguns minutos para quem desejar ficar — Kinn falou com um comando silencioso que todos entenderam.

Na sala ficou apenas a família de Sky, com Porsche e Kinn.

 Tio, me desculpe por estragar seu jantar — Pakin foi o primeiro a falar se curvando.

 Você não estragou, não se preocupe — Kinn falou com um sorriso tranquilizador.

 Preciso falar com o Mochi — Pakin sussurrou.

 Querido, acho que agora não é a hora. Thankhun e Phrapai foram acalma-lo. — disse Fiat de forma conciliadora.

— Você acha que o mochi vai me aceitar? Acha que ele tem algum sentimento por mim? — perguntou olhando para Fiat.

— Não posso responder isso por ele. Mas vamos esperar até que ele desça para que possamos conversar.

— Será que eu estraguei tudo? Ele vai me odiar?

— É claro que não, você faz parte da família, Mochi nunca vai te odiar.

— Venham pessoal, vou levar vocês até adega para que conversem melhor — disse Porsche abraçando Fiat e os guiando até a câmara — sintam-se à vontade para tomar qualquer coisa. Se precisarem é só me chamar.

Fiat esperou que todos entrassem, ficando do lado de fora, na porta.

 Porsche, posso falar com você? — perguntou ele

 É claro.

Eles se afastaram um pouco da adega, para que ninguém lá dentro ouvisse o que eles tinham a dizer.

— Amigo, me perdoe não contar nada. Pakin me pediu segredo e eu não sei negar nada a essas crianças. Mas... Phrapai não foi atrás de Mochi como um louco só porque estava preocupado, não é?

Porsche não sabia o que podia falar. Seu filho pediu para que não contasse nada, também. Mas essa situação era complicada demais, seu filho não devia ter saído daquele maneira, o efeito foi o mesmo de gritar para todos na sala que ele amava o pequeno Mochi.

— Phrapai percebeu que está apaixonado.

 E acredito que Mochi também. Aquela reação não é típica dele. Mochi sempre foi um bom garoto, sempre tentando não decepcionar ninguém e isso me preocupa, tenho medo do que vai acontecer... alguém vai sair machucado independente da decisão que ele tomar. Ser "mãe" é difícil nessas horas — brincou Fiat.

 Eu entendo — Porsche sorriu por um segundo — O que será que acontece agora?

— Não sei. Mas acho que não podemos fazer muita coisa, apenas apoiar a decisão das crianças.

Fiat abraçou Porsche e sorriu amigavelmente.

— Preciso ir. Pakin e Leon precisam de mim.

— Tudo bem. Eu e Kinn estamos aqui pra tudo.

— Obrigado.

Quando Fiat abriu a porta da adega se assustou; Leon que geralmente era o mais calmo do grupo estava gritando com Pakin enquanto chorava e, as palavras saiam como cristais pontiagudos.

— Você não vê que vai fazer ele infeliz? — Leon falou enquanto batia no peito de Pakin.

Pakin ficou em silêncio e parado, deixando que o menor descontasse sua raiva. 

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