Especial - Mangkorn e Yai (parte 3)

708 69 104
                                    

(no início desse EP vamos ver algumas cenas pela visão de YAI).

Alguns anos atrás

FLASH ON - FEIRA DO TEMPLO.

O dia da feira do templo era um dos favoritos de Yai. Ele, Phong e Park corriam por todos os lados, brincando com os outros adolescentes que estavam no local. Todos os filhos de pessoas importantes estavam lá, pois, o rei apresentaria sua nova esposa. O duque de Yogyakata e seus filhos também estavam presente. Henry, o primogênito do duque era extremamente encantador e, aos 25 já tinha a aura de um futuro duque. Yai ficou tão impressionado com a beleza do rapaz, que tropeçou em seus pés, fazendo o mais velho ir até ele e ajudá-lo.

— Você está bem? — Henry perguntou, enquanto o ajudava a se levar.

— Estou, acho que só... — Yai olhou para a mão livre e viu que estava cortada. Alguns cacos de vidro estavam presos na palma pequena.

— Você precisa de cuidados, me deixe te levar até algum lugar para você sentar enquanto eu busco o kit médico.

Yai apenas assentiu, encantado com a maneira que o mais velho se preocupou com ele. Eles foram até os fundos da feira e Henry pediu que Yai esperasse lá. Ele queria contestar e dizer que havia uma enfermaria no templo, mas não fez. Alguns minutos se passaram e Henry voltou com uma caixinha de primeiros socorros e se agachou na frente de Yai, pegando sua mão com cuidado. Enquanto ele retirava os vidrinhos, Yai olhava apaixonadamente para ele. Quando Henry terminou de enfaixar os machucados, olhou nos olhos de Yai e sorriu.

— Acho que você gosta de mim.

— Eu... — Yai ficou com vergonha e suas bochechas esquentaram. Ele abaixou a cabeça e olhou para o chão.

— Todos os adolescentes de Bangkok são tão lindos e fáceis como você? — Henry perguntou levantando seu rosto.

Yai ficou confuso com a pergunta e, antes que pudesse reagir, o encanto virou pesadelo. Henry se levantou e puxou Yai contra o peito, segurou seu rosto e começou a beija-lo. O menor tentava se soltar, mas era bem mais fraco e sua mão machucada apenas atrapalhava.

— Está me machucando, pare, por favor. — Yai falou com a voz chorosa.

— Você me quer, eu percebi isso quando cheguei. Não se faça de difícil, é apenas um beijo. Ninguém vai saber se você não contar.

Henry voltou a beijar os lábios de Yai com força, segurando seu cabelo para não deixá-lo escapar, enquanto o outro braço o mantinha preso. Yai tentou gritar, mas, com toda a barulheira do evento, ninguém ouvia seu pedido de socorro. O mais velho o arrastou mais para fora do templo até chegarem em uma cabana, que era usada para guardar algumas peças do local. O menor foi jogado com força no chão, fazendo com perdesse completamente o ar de seus pulmões. Logo, Henry estava em cima dele, tocando todo seu corpo, enquanto Yai tentava inutilmente lutar. Depois que perdeu todas suas forças, aceitou seu destino, deixando sua alma quebrar em mil pedacinhos e perfurar seu coração. As lágrimas escorriam em seu rosto em um choro silencioso. A dor era tão forte, que ele desmaiou.

Yai acordou em um lugar que nunca havia visto, tentou levantar, mas, seu corpo inteiro doía. As imagens vieram em sua mente como um raio e, ele engoliu seco, tentando não vomitar. Um monge entrou no quarto e foi até ele, para medir sua temperatura, antes que a mão encontrasse em sua testa, ele jogou o corpo para trás.

— Não... Não me toque... por favor.

— Não vou te fazer mal. Você teve febre durante a madrugada. Se não quiser que eu veja, você mesmo pode verificar.

Máfia de BangkokOnde histórias criam vida. Descubra agora