Máfia de Bangkok

Especial Pakin e Leon (FINAL)

Depois de conseguir falar com os seguranças, Pakin pegou sua arma para si e uma para Leon. Ele esperava que não fosse preciso, mas, ainda não tinha noção de quantos tinham lá fora. Se sentiu culpado por ter cedido em um dia caótico como aquele. No entanto, não beirava nem perto do arrependimento, aquele tinha sido o melhor momento de sua vida. Leon já estava na escada quando ele desceu.

— Você esta bem? — Perguntou preocupado.

— Apenas com um pouco de dor, mas nada que me empeça de andar.

— Leãozinho...

— Não! Não continue. Me de a arma.

Pakin suspirou e entregou o fuzil e uma recarga. Subiu novamente e voltou com seu colete já posto e colocou um em Leon. O menor estava visivelmente assustado, mas se mostrava forte e decidido. O medo de que ele se machucasse o assombra novamente. Falando no radio com o chefe dos seguranças, eles saíram em direção oposta aos tiros. Um helicóptero estava pronto para leva-los para longe.

Leon tentava disfarçar seu desconforto. Suas mão tremiam e seu corpo estava sem força. Mesmo assim, ele continuo a descer pelas trilhas. Encarou o homem que estava fazendo de tudo para protege-lo, e forçou um sorriso. Eles estavam bem perto da parte plana da montanha, onde um piloto esperava por eles, quando sentiu um empurrão em suas costas e ouviu o barulho do tiro. Teve tempo apenas de engatilhar o fuzil ate que mais tiros viessem em sua direção. Ele conseguiu matar quatro dos cinco homens que vinham ate eles. Não tinha como ele não ser bom naquilo, Kinn havia ensinado a ele pessoalmente, assim como combate físico e esgrima. Um tanto mais atrás dele, Pakin lutava com dois homens, que estavam com uma faca na mão. Sentiu o pânico atravessar suas veias. Mais tiros soaram e ele sentiu o ardor em seu braço, se virou e conseguiu matar o ultimo que faltava. Tudo foi muito rápido e ele estava ficando tonto, deu um passo para ir ate ate Pakin, mas, o mesmo gritou que ele corresse. Um dos seguranças chegou puxou ele pela mão.

— Win, me solte. Preciso ajuda-lo. — gritou enquanto era arrastado para longe.

...

Pakin percebeu quase tarde demais que estavam sendo seguidos. Antes que Leon levasse uma facada, ele o empurrou. Graças a seu tio, Leon era rápido na reação e engatilhou a arma rapidamente, atirando nos homens que vinham ate eles pelo outro lado. Um combate corpo a corpo começou e Pakin mandou Leon correr, ele sabia que o mesmo não ia obedecer, graças ao céus que Win apareceu e o levou para longe. Assim que ele saiu da vista dele, Pakin sacou a arma e atirou. Mais homens vinham em sua direção. Ele não podia ir para o helicóptero e arriscar que alguém atirasse em Leon. Correu para o outro lado da ilha, enviando todos os arquivos do tablet para Arm. Se algo acontecesse com ele, Leon seria seu herdeiro e todos os segredos, além dos que já foram divulgados na mídia, seriam revelados. Mais um chuva de tiros soou atrás dele e logo depois um silencio se fez.

— IDIOTA! ESTUPIDO! SEM NOÇÃO! IMBECIL — Leon continuava a xingar todos os nomes possíveis indo ate ele, com a roupa coberta de sangue. — EU VOU MATAR VOCÊ!

Pakin não sabia como reagir, estava em choque pelo sangue em Leon e mais ainda pela arma que estava apontada para sua cabeça.

— Essa é a ultima vez que você me afasta, esta entendendo? RESPONDA-ME!!!

Pakin soltou o ar e balançou a cabeça em afirmativa.

— Por que eu tenho que amar tanto você? — Leon falou baixinho entre as lagrimas. Seus lábios tremiam e as mãos também.

Pakin retirou com cuidado a arma da mão dele e o abraçou forte.

— Nunca mais vou te deixar. Eu prometo. Eu te amo, meu Leãozinho. Eu te amo, tanto. Me desculpe por ser idiota e não falar antes, mas, eu já te amo a muito tempo.

Leon chorava descontroladamente com o rosto no peito do mais alto. Os seguranças chegaram e avisaram que montanha estava limpa. Quando eles voltaram para casa, Pakin o deitou gentilmente na cama e cuidou dele, ate que ele dormisse.

Depois daquele dia, Pakin fazia de tudo para agradar e mostrar que amava Leon. O aniversario dele estava chegando e ele ainda não sabia o que dar de presente, mesmo depois de passar horas na cidade procurando. Estacionou o jeep em frente a casa e o menor correu ele.

— Você demorou! Quase morri de susto. — Pakin sentiu o coração de Leon batendo forte.

— Me desculpe, amor. Estava tentando achar algo especial para você, mas...

— Esta tudo bem. Meu maior presente é ter você.

— Tão romântico — Pakin apertou as bochechas macias e levou uma mordida leve nos dedos.

— Já pedi para não fazer isso!!

— Tenho novidades de Bangkok. — Disse sorrindo — Sky e Phrapai serão papais. Nós somos oficialmente titios.

— Esta falando serio? — Leon perguntou extremamente animado — Não acredito!!!

— Sim (risos). Ae e Khim são os bebes mais fofos do mundo. Vamos para dentro, tenho uma foto deles no computador.

Os dois se abraçaram e foram para dentro da casa. O restante do dia passou rápido. A meia noite Pakin levou um bolo com velas ate jardim, onde Leon estava sentado, mexendo aleatoriamente nas flores.

— Parabéns pra você... — começou a cantar.

Leon se virou e sentiu o rosto queimar. Seu coração bateu rápido e apaixonadamente.

— Faça um pedido — Pakin ordenou.

Fechando os olhos, pediu que o amor deles durasse para sempre e soprou as velas.

— O que você pediu? — o outro perguntou, curioso.

— Se eu contar não vai se realizar.

— Então me diga o que você quer de presente.

Seus olhos encherem d'agua e tentou respirar fundo.

— Eu... quero ir pra casa. — Pediu baixinho.

Pakin sentiu o ar fugindo de seus pulmões.

— Você ... — sua voz falhou e ele tentou de novo, dessa vez mais rápido — Você quer me deixar?

— Não!!! Eu quero ir pra casa com você.

— Não me assuste assim novamente — Pakin pediu com a voz rouca, depois puxar o ar com força — Vamos comer seu bolo e pensar sobre isso.

Eles sentaram na grama e comeram em silencio como de costume. Leon não gostava de conversar enquanto comia. Pakin começou a pensar na possibilidade e medir o quanto o menor poderia ficar seguro. Por mais que quisesse proteger ele do mundo, não podia deixa-lo longe das pessoas que ele amava.

— Podemos partir em alguns poucos meses. Ate lá, teremos pegado o duque e o restante da lista. Acha que pode aguentar mais um pouquinho?

Leon assentiu e sorriu, fazendo Pakin derreter por ele pela milésima vez. Não demorou muito tempo para que o pequeno estivesse em baixo dele, enquanto ele tocava cada parte do corpo delicioso.

3 MESES DEPOIS