Epílogo

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11 anos atrás

Nemo  Ardebit era adornado de um frio intenso e excruciante. Cada mísero floco branco que pairava sobre a pele do rosto de alguém era como lâmina cortante em sua face.

O nevoeiro incapacitava a visão de qualquer bruxo estupido que desejasse dar um passeio pelos becos do povoado. 

Nemo  Ardebit estava calma, não havia som algum que não fosse do grito agudo da brisa da madrugada , ou as botas de Narcisa Malfoy e de sua acompanhante afundando-se na neve.

Com um sobretudo que batia até seus joelhos e um capuz que cobria metade de sua face ,a mulher marchava apressadamente entre um beco e outro.

Os olhos sempre em alerta ao seu redor, a varinha agarrada entre os dedos se acaso lhe fosse necessário usá-la.

Sua acompanhante compartilhava do mesmo modelito, a diferença era que seus cachos escuros e volumosos atraía maior atenção ,mesmo as duas estando completamente sozinhas.

A péssima iluminação do beco a direita era um verdadeiro desafio para o couro caro da Malfoy, que mergulhou os pés em uma mistura de lama e neve.

Seu olhar de repugnância se expandiu por todo o local mas finalmente pareciam ter chegado ao seu destino.

A mulher de cachos deu duas batidas na porta de um chalé.

Um chalé que Narcisa já havia visitado antes. O chalé que manteve Jade livre da morte.

O ranger da porta velha era um zumbido deselegante para as duas mulheres. Mas nada era tão deselegante e sem classe quanto a aborto à frente das duas.

- Está atrasada.- Disse Euphemia. Seu rosto um poço de serenidade.

- As coisas andam complicadas em casa.- Narcisa responde livrando-se daquele capuz.

- Oh ,sim - Os olhos da mulher brilharam.- O vento soprou para mim sobre o casamento de seu primogênito.

Narcisa enrijeceu a coluna.

Como era possível que a terra fosse tão caótica a ponto de conversar com uma aborto imunda e sem poder algum ?

- Não estamos aqui para bater papo, aborto.- A mulher ao lado da Malfoy disse com rispidez e desprezo. Ela puxou seu capuz e libertou seus cachos para que voassem junto do vento.

Os olhos de Euphemia se estreitaram na direção da mulher de rosto fino e maçãs marcantes; seu nariz era tão reto quanto sua barriga , e seus olhos - marcados por delineado e lápis preto - tão escuros quanto suas mechas.

O canto da boca de Euphemia se esticou para cima.- Não sabia que pretendia trazer visita.

Narcisa soltou um suspiro alto e cansado. Em sua mente ela contava de 0 à 30 para que conseguisse elaborar suas palavras.

- Está é Magna Lestrange, a irmã mais nova do marido de minha falecida irmã.

Euphemia olhava a mulher da cabeça aos pés com divertimento enquanto ouvia Narcisa

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Euphemia olhava a mulher da cabeça aos pés com divertimento enquanto ouvia Narcisa.

- Ela é a única que sabe. Além de mim e você. É ela quem lhe dará mais recursos já que não pretendo lidar com isso sozinha pelo resto de minha vida.

- Se não houvesse traído o Lord das trevas...- Resmungou Magna.

- Eu fiz o que tive que fazer e não me arrependo nenhum segundo.- Disse Narcisa entre dentes sem olhar para a parceira que bufou ao ouvi-la.

- Vejo que há um conflito familiar aqui.- Comentou a aborto.

- Não há uma família aqui.- Narcisa proferiu as palavras com aquela voz cruel e tão fria quanto o povoado .

- E eles ? - A mulher gesticulou para dentro do chalé.- Eles são uma família ?

Euphemia liberou passagem para que as duas bruxas adentrassem sua casa velha e humilde, mas quente e aconchegante.

Um chorinho chamou a atenção de Narcisa junto de um soluçar dengoso. As íris azuis se dirigiram há um ninho de panos em um berço de madeira próximo à lareira crepitante.

- Parecem saudáveis.- Lestrange olhava as duas crianças ali com desinteresse.

- Eles são.- assegurou Euphemia.

Narcisa foi quem mais se aproximou das duas criaturinhas encantadoras.

Um apego materno encheu seu peito ao assistir o casal de gêmeos disputarem pelo local mais confortável do berço.

Um apego materno encheu seu peito ao assistir o casal de gêmeos disputarem pelo local mais confortável do berço

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- São lindos.- Sibilou Narcisa encantada com os detalhes da menina que lhe lembravam sua irmã, Bellatrix.

Já o garoto...Meu Merlin, era como uma cópia escrita, desenhada e perfeita do pai.

Tom Riddle.

- Qual nome devo lhes dar? - Euphemia deu um passo ao berço.

- Eles já tem um nome. - Narcisa não removeu os olhos das crianças ,nem mesmo quando Lestrange se acomodou ao seu lado e as três mulheres se focaram nos gêmeos.- Delphine e Mattheo Riddle.

- Eles são o futuro do nosso mundo. - Magna sorrio com satisfação ao se ouvir.

O vento soprou novamente para Euphemia , algo frio e tenebroso encheu seus ouvidos , a angústia que se instalou em seu peito era tão dolorida quanto a dor de um parto.

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Fim

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The Lost Slytherin ~ Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora