Se você tivesse um desejo, qual seria?
- Ganhamos, Dess! Harry, vem cá! - Afundei mais o rosto no travesseiro - Harry, acorda!
- Que gritaria toda é essa? - resmunguei comigo mesmo.
- Harry! - Foi a vez do meu pai berrar.
Me levantei de forma extremamente preguiçosa, e - ao sair do quarto - caminhei pelo longo corredor. Isso tudo sem sequer importar com o fato de estar apenas de cueca.
Ao chegar na sala, presenciei uma cena um tanto quanto exótica: mamãe dançava assustadoramente enquanto - de tempos em tempos - alternava abraços entre o meu pai e o notebook.
Porque alguém abraçaria um notebook?
- O que vocês colocaram no café? - perguntei desconfiado.
- Nós ganhamos, Hazz. Ganhamos - Minha mãe largou meu pai e me abraçou.
- Ganhamos é? - perguntei confuso, tentando me lembrar de algo que eu pudesse ter esquecido.
Tá legal, o que foi que eu perdi?
- Ganhamos. Olha só - me entregou o notebook e eu mirei a atenção na página aberto.
Certo: ali dizia que um jogador havia ganho o prêmio acumulado de dois milhões de libras.
Parei de dar atenção a isso e conferi os números ali apresentados. Engoli em seco quando meu pai colocou o bilhete na frente da tela.
Isso quer dizer que os ganhadores éramos nós.
- Estamos ricos?!
- Ricos não. Milionários! - Mamãe voltou a dançar.
Se estamos milionários é porque meu desejo foi atendido.
- Não foi um sonho - sussurrei, ainda abismado.
- Não, não foi - Louis estava sentado no braço do sofá, o que me assustou. Olhei para os meus pais, constatando que não viam-no ali. - Eles não podem me ver. Ninguém, além de você, pode.
- Então ganhamos mesmo na loteria? - Eu ainda não conseguia acreditar, era muito para um cérebro apenas raciocinar. Muito.
- Foi o que você desejou ontem, não foi? - sorriu.
- Falando sozinho, filhão?
- Não. Eu só... estou processando tudo. - Pisquei lentamente.
- Gostei da sua cueca. - Minhas bochechas esquentaram com o comentário repentino de Louis - Bananas de pijama não é infantil demais? - arqueou a sobrancelha.
- Eu vou vestir uma roupa - murmurei, ainda mais envergonhado. Ele gargalhou.
- Eu não me importo de te ver assim, Harry!
Ignorei completamente o que ele disse, ou melhor: berrou. Apenas continuei a subir as escadas. Eufórico e assustado com todos aqueles acontecimentos.
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A manhã em nossa casa foi mais animada que criança ganhando presente de natal. Mamãe e papai sorriam até para as frigideiras engorduradas em cima da pia, e planejavam ir pegar nossa fortuna depois do café. Fortuna que só ganhamos graças a Louis e meu desejo. Caso contrário, seria mais fácil sermos atingidos por um raio. E duas vezes.
- Então eu não preciso mais ir para escola, certo? Quem precisa estudar quando se tem todo esse dinheiro? - perguntei, de forma animada. Finalmente estaria livre daquele inferno.
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I wish (larry stylinson)
Fanfiction- Você tem direito a quatro desejos. - Não seriam três? - Harry perguntou confuso. - Digamos que eu sou um gênio diferente. - O garoto deu uma piscadinha, sorrindo de forma divertida. Aquilo era loucura, não? Afinal, gênio é coisa de filme. Porém...