Louis
- Louis? - Harry, já de volta a sua casa, assim como eu, me chamou. Sentei-me na escrivaninha de seu quarto, sem me manifestar, e o observei se livrar de suas roupas molhadas por conta do ''episódio do lago''. - Louis? - tentou novamente. Me mantive calado - Louis, sei que está aí. Apareça, tenho um pedido a fazer.
Tentei ler a mente de Harry para ter uma pista, mas estava vazia. Ou ele não pensava em nada, ou... o filho de uma boa Anne estava aprendendo a camuflar seus pensamentos. Droga.
- Pois não? - Não tive escolha, a não ser aparecer.
- Até que enfim - resmungou, arqueando a sobrancelha esquerda.
- O que quer pedir? - Sentei-me na escrivaninha, tentando manter um tom amigável.
- Na verdade... - Tirou a calça, ficando apenas de boxer. Não pude deixar de apreciar seu físico, não tão malhado e não tão magro, digamos que o ideal. - Eu quero conversar - caminhou até o guarda roupa, pegando uma boxer preta.
- Devia pensar nisso antes de dispensar seus amigos. - Encarei minhas unhas.
- Não é esse tipo de conversa. - revirou os olhos. - Pode se virar, por favor ? - pediu.
- Não há nada seu que eu já não tenha visto - falei. Harry me encarou espantado, suas bochechas ganhando um leve rubor - Estou brincando - ri, virando-me de costas, ainda sentado na escrivaninha. - Mas e então, sobre o que quer conversar?
- Sobre o que você aprontou no meu encontro. - Arregalei os olhos para parede ao ouvir aquilo.
- Você teve um encontro ? - Me fiz de desentendido.
- Sabe que sim, Louis. Encontro que você estragou. - O tom de Harry não era bravo, o que me deixou confuso.
- Porque eu atrapalharia seu encontro?
- Porque... - Senti as mãos de Harry em meu ombro, obrigando-me a virar para frente. Assim o fiz, o encontrando a poucos centímetros de mim - Você está com ciúmes. - Notei que ele segurava o riso.
- Você não está com essa bola toda - mantive minha voz firme, a fim de soar convincente.
- Primeiro você faz com que eu derrube bebida no Nicholas, isso quando estamos prestes a nos beijar - Colocou a mão no queixo, fazendo-se de pensativo. - Agora faz com que nossa canoa vire e gansos surjam do além. O que virá depois? - arqueou a sobrancelha.
- Essas são acusações muito graves - falei - Eu me declaro inocente. - Levantei as mãos.
- Tão inocente quanto Hannibal Lecter - debochou.
- Eu não estraguei seu encontro estúpido, tá legal? - revirei os olhos.
Harry cruzou os braços, vale ressaltar que ele não havia colocado a blusa o que, com aquele gesto, só ressaltou seus músculos discretos. Sua boca se curvou num meio sorriso e a sobrancelha direita continuou arqueada.
O que essa mula está fazendo?
- Você estragou sim e sabe por que?
- Se disser mais uma vez que estou com ciúmes, vou fazer sua cabeça girar em um ângulo de noventa graus - ameacei, mas ele não se intimidou.
- Eu ia dizer que você gosta de mim. - Confiante. Harry estava confiante pela primeira vez desde que nos conhecemos. Tinha que ser justo agora? - O fato de você ter se calado e estar com essa cara só comprova tudo.
- Essa é a única cara que eu tenho... Não, quem tem cara é cavalo.
- Quanta maturidade - ironizou.
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I wish (larry stylinson)
أدب الهواة- Você tem direito a quatro desejos. - Não seriam três? - Harry perguntou confuso. - Digamos que eu sou um gênio diferente. - O garoto deu uma piscadinha, sorrindo de forma divertida. Aquilo era loucura, não? Afinal, gênio é coisa de filme. Porém...