Eleven

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Oh, mas eu não sou tão velho

Jovem, mas eu não sou tão ousado

Eu não acho que o mundo está vendido

Eu só estou fazendo o que nos é dito

Eu sinto algo tão certo

Fazendo a coisa errada

Eu sinto algo tão errado

Fazendo a coisa certa

(Counting Stars - One Republic)

Narrador

Louis encarava Harry de forma estupefata, sem querer acreditar no que havia visto na mente do rapaz. Estava certo que aquilo era para o bem dele e das pessoas que amava, mas e quanto ao gênio?

Bem, parece que não se encaixava na parte dos 'amados'.

Pelo menos era isso o que Louis pensava.

– Eu sinto muito mesmo, Louis. – Harry tornou repetir, ao ver que o garoto ficou sem reação alguma.

– Ahn... – Ele tentou buscar palavras para dizer, sem demonstrar sua decepção, seu desespero, sua vontade de chorar. – Tudo bem – disse por fim, dando de ombros a fim de mostrar que não se importava.

Louis se importava. Muito.

– Mesmo? – Harry questionou, visivelmente inseguro.

– É. Porque eu me importaria? Digo, uma hora ou outra íamos nos separar mesmo.

– Mas... isso só aconteceria depois de eu esgotar meus dois últimos desejo. – ele suspirou.

– Você vai esgotar um agora e não vai precisar do outro – novamente o gênio deu de ombros, seu coração se quebrando em pedacinhos.

– Mas e quanto à você? – Harry se sentou, o encarando fixamente.

– Eu vou seguir por aí. – O garoto forçou um sorriso, mas que saiu mais como um lamento. – Realizar os desejos de outras pessoas. E quando elas não precisarem mais de mim, outro alguém vai.

– Num ciclo sem fim. – Harry sussurrou, recebendo a concordância de Louis. – Me diga o que é preciso pra você ser livre. – ele pediu.

Harry sequer conseguia imaginar que bastava um desejo para todo o 'sofrimento' de Louis acabar, mas ele não iria contar. Uma escolha estúpida, eu sei, só que tudo o que Louis queria agora era parar de levar problemas para o garoto, deixar que ele tivesse mais uma chance. E com essa – talvez – resolver por si próprio seus problemas.

Sem gênio, sem desejos; apenas Harry e sua força de vontade. Como tem que ser.

– Isso não me importa. – fez pouco caso.

– Importa sim, Louis. Você importa. – ele retrucou. – Sei que o que vou pedir vai tirar você da minha vida para sempre, mas eu quero poder ter a certeza de que fiz de tudo para ajuda-lo.

– Isso não é com você. – O gênio mentiu, sorrindo para reforçar aquilo.

– Tem certeza?

– Sabe que eu falaria se fosse, não sabe? – arqueou a sobrancelha.

– É, acho que sim. – Harry sorriu de lado.

– Pois então. – Louis deu um soquinho no ombro dele. – E aí, pronto para pedir? – perguntou, escondendo seus temores.

– Na verdade... – Harry coçou a cabeça, pensando um pouco. – Quero tentar mais uma coisa e se não der certo, eu peço. – falou.

I wish (larry stylinson)Onde histórias criam vida. Descubra agora