- Por que você foi embora? - perguntei, ouvindo meu pai suspirar do outro lado da linha.
- Olhe, sua mãe e eu precisamos dar um tempo, esfriar a cabeça. Entende?
- Não, eu não entendo - protestei - Como um casal que sempre se deu tão bem acaba assim, de um dia para o outro?
- Não acabou - meu pai retrucou, sua voz fraca - É exatamente por estarmos á tanto tempo juntos que sua mãe e eu precisamos de um tempo.
- Isso não existe - resmunguei. - Vocês dão um tempo agora, e daqui algumas semanas estão pedindo divórcio.
- Harry...
- Daí, então, começam a brigar pela separação de bens, no qual você vai resmungar que a mamãe vai levar a melhor.
- Não é...
- Então vocês vão brigar na justiça pela minha guarda.
- Mas a gente...
- Então o juiz vai me pedir para escolher com quem eu quero morar e eu vou me sentir culpado, pois: se escolher a mamãe, irei te deixar chateado, e se eu te escolher, é a mamãe quem ficará chateada.
- Será que...
- Daí eu vou ter que começar a frequentar um psicólogo pois estarei deprimido com toda essa história e...
- Será que dá pra me deixar falar, Harry?! - meu pai gritou, fazendo-me calar.
- Eu não sou surdo. - resmunguei logo depois.
Um suspiro.
- Olha, filhão, eu preciso desligar agora. Nos falamos depois, está bem?
- Eu não tenho escolha, não é mesmo? - tornei a resmungar.
- As coisas vão se ajeitar. Dê tempo ao tempo. - Já é a segunda vez que eu ouço isso. - Então ... até mais. Eu te amo.
- Até - sussurrei, desligando em seguida e não respondendo ao 'eu te amo', pois me pareceu mais uma despedida. Eu não gosto de despedidas.
- E então? - Louis perguntou, sentando-se ao meu lado.
- Como se você não tivesse ouvido tudo - revirei os olhos.
- Eu não tenho super audição... Na verdade, eu tenho; mas não achei certo invadir sua privacidade dessa maneira.
- Como se você já não tivesse feito isso. - tornei a repetir.
- Das outras vezes foram por boas causas - deu de ombros.
- E essa não é uma?
- É. Mas isso é algo entre você e seu pai, não é certo eu ficar xeretando.
- Gostaria que pensasse assim das outras coisas também. provoquei, ganhando uma cotovelada em troca - Ouch. - resmunguei, passando a mão na costela.
- E então, o que ele disse? - insistiu.
- Que isso é temporário, e, roubando suas palavras: disse para eu dar tempo ao tempo.
- Isso prova que eu estou certo. - sorriu.
- Ou que você está errado.
- Ora, não seja pessimista.
- Não sou pessimista, você é quem é otimista demais. - retruquei.
- Essa conversa já está ficando sem noção - riu, se jogando no colchão. - Eu já disse o quanto gosto desse teto? - perguntou, ainda mantendo o sorriso no rosto.
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I wish (larry stylinson)
Fanfiction- Você tem direito a quatro desejos. - Não seriam três? - Harry perguntou confuso. - Digamos que eu sou um gênio diferente. - O garoto deu uma piscadinha, sorrindo de forma divertida. Aquilo era loucura, não? Afinal, gênio é coisa de filme. Porém...