O que é verdadeiro volta? Não.
O que é verdadeiro não vai.
O que é verdadeiro permanece.Louis
Que tipo de ser humano marca um passeio de canoa como encontro? Romântico? Confesso que sim. Ultrapassado? Com certeza.
Harry vai levar Nicholas para esse passeio. Ele adorou a ideia, mas o que posso fazer se aquele garoto transpira tédio? Sério, ele é muito desmaiado.
Harry, desde o meu ataque de sinceridade a dois dias atrás, não está falando comigo. Mas que culpa tenho eu de tentar dar um alô nele e dizer o quão babaca está sendo? Até mesmo de Niall e Liam ele se esqueceu. Agora só liga para o tal de Nick e os populares da escola.
Tão clichê que dá vontade de bater a testa na parede.
- Então é isso? Eu sou inexistente pra você agora? - perguntei, já cansado do fato de ele estar me ignorando. Ele não me respondeu, apenas continuou a ajeitar a camiseta. - Harry. Não. Me. Ignore - falei pausadamente, a fim de conter os ânimos. Silêncio - Harry! - chamei novamente.
- Eu estou te dando um gelo, Louis. Achei que já soubesse como os seres humanos agem. - Me olhou através do espelho, sorrindo cinicamente.
- Como perfeitos babacas? Oh, sim, disso eu já sei.
- Você não me deixa aproveitar o que eu estou conquistando.
- Acontece que você não conquistou. Foi dado - lembrei.
- Nicholas não foi - arqueou a sobrancelha esquerda, num ato totalmente sinico.
- Pro inferno você com esse Nicholas! - praguejei. Então eu saí dali.
Porque eu tenho que gostar dele? Juro que se não fosse proibido mostrar meus sentimentos para com ele, eu o beijaria.
Sim, admito isso e não dou a mínima.
Mas que droga está acontecendo comigo? A vida é dele, ele faz o que quiser. Eu tenho que cuidar do meu oficio, dar o que ele deseja e depois partir para o próximo imbecil. E assim a vida segue, num ciclo sem fim para mim.
Confesso que as vezes eu gostaria de ser um garoto normal. Eu gostaria de frequentar a escola, fazer amigos e ir a festas. Gostaria de sentir os lábios de um garoto contra os meus e sentir as tão famosas borboletas no estômago. Gostaria também de ter uma família, a qual faríamos ceias no natal e assistiríamos aquelas coisas que explodem no céu na noite de ano novo. Irmãos com quem brigar quando estes estivessem ocupando o banheiro a tempo demais, ou mexessem em minhas coisas. Um cachorro para levar para passear, e fugir quando este fizesse suas necessidades no gramado de algum vizinho, o qual eu não iria muito com a cara.
Poder ser normal seria o máximo, mas eu só conseguiria se algum dos meus amos o desejasse. Claro que quase ninguém sabe disso, a não ser que tenha lido algo sobre, ou então visto algum daqueles filmes estúpidos sobre genio da lâmpada mágica. Mas como ninguém perde tempo com essas coisas, esse é um fato que fica alheio.
Eu poderia pedir a Harry - o amo a qual eu fui mais chegado até agora - que desejasse que eu fosse livre, mas os desejos são dele, e seria errado que desperdiçasse comigo.
Ninguém desperdiçaria.
~~
Harry saiu de casa, rumo a de Nicholas. Eu o seguia. Estava no plano astral, de modo que ele não podia me ver. O plano astral é o que eu chamo de casa. Posso ir de um país a outro num piscar de olhos, e isso me é muito útil já que não só as pessoas da Inglaterra que precisam de um pequeno ''milagre'' em suas vidas.
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I wish (larry stylinson)
Fanfiction- Você tem direito a quatro desejos. - Não seriam três? - Harry perguntou confuso. - Digamos que eu sou um gênio diferente. - O garoto deu uma piscadinha, sorrindo de forma divertida. Aquilo era loucura, não? Afinal, gênio é coisa de filme. Porém...