1.1- Confio em você

412 38 17
                                    

                                                          . . . . .

Harleen F. Quinzel

Meu pai chegou em casa, eu consigo escutar seus passos, tranco a porta, eu tinha medo dele, tenho medo dele, mas, por um momento lembro de minha mãe, e se ela apanhar? E se ele matar ela?..

Um silêncio, um silêncio que nunca escutei.

-HARLEEN, ABRE A PORRA DA PORTA, PUTA QUE PARIU, PORQUE VOCÊ NÃO ME ESCUTA PELO MENOS UMA VEZ CARALHO?- disse meu pai batendo em minha porta

Eu puxo uma cômoda para a porta e pego uma faca que guardava debaixo do meu colchão

-oque você quer?- digo alto e claro para ele escutar

-HARLEEN..harleen, sua mãe..

Me assusto e começo a pensar que ele teria a matado, oque eu iria fazer?-OQUE TEM MINHA MÃE DESGRAÇA? FALA!

-CALA A PORRA DA BOCA, SUA MÃE TA MAL AQUI NO CHÃO!

agora faz sentido ela ter fechado a porta do banheiro.

Arrasto a cômoda da porta, suspiro e destranco a porta, eu não faço ideia do que tô fazendo, ele pode estar mentindo, mas vai levar uma facada se estiver.

Abro a porta -Onde ela está?

-...Calma amor, vamos conversar..

-ONDE ELA ESTÁ?!

Ele se afasta e a olho, caída no chão, com uma aparência que nunca tinha visto, minha própria mãe teve uma overdose e eu não percebi por não ligar a onde ela estava 2 horas atrás, corro até ela -MÃE!, MÃE, ACORDA, EU VOU TE AJUDAR..POR FAVOR, REAGE- tento ver sua pulsação..

[...]

-Ela está bem?..- diz meu pai tentando dar um sorriso leve

Meu pai, ele tem culpa disso, ele a maltrata, ele a espanca, ele mata ela aos poucos, eu, eu não sou a culpada..eu não sou a culpada..

-SEU DESGRAÇADO- Puxo a faca e vou em direção a ele

-Harley..querida, haha, eu, não fiz nada.. abaixa isso aí..

Ele se bate contra a parede, me aproximo com a faca apontada em sua cabeça -Se você for atrás de mim pedir dinheiro, se você.. se você encostar um dedo nela novamente, eu.. eu te mato- enfio a faca em sua mão contra a parede.

-ARRRHHH HARLEEN! VOLTA AQUI!

Puxo meu celular e ligo para o SAMU -Ah, eu chamei a ambulância, aguenta aí, nada do meu nome, você escutou?- digo saindo de casa sem rumo..ou talvez encontrar um velho amigo..

Bruce Wayne, ou como posso dizer, meu amigo, eu fui em direção a sua casa e sabia que ele iria me acolher.

-Então você..viu sua mãe quase morta, enfiou uma faca na mão do seu pai, fugiu para a rua às 3 da manhã, só com a roupa do corpo e quer morar comigo?

-Bruce, olha isso tudo que você citou, eu não posso mais morar lá, e vamos lá, eu sei seu segredinho, não adianta.

-HARLEEN- Bruce suspira- Harleen, olha a boca, bom.. você pode morar aqui, te darei um tempo para arranjar um emprego e um apartamento ou seja lá oque for.

-Bruce, eu ainda sou uma criança- disse se jogando em seu sofá

-Harleen, vai por mim, você já deveria ter um emprego, pelo menos de meio turno.

-BRuuuuCeeee! Vou me sentir ofendida! É por causa da sua namorada? Ahm?

-Agora chega, Harleen, seu quarto no segundo andar, primeira porta a esquerda, te dou 10 segundos, ou você já sabe.

Não vou te deixar Partir - HarlivyOnde histórias criam vida. Descubra agora