BigBoy ~ eremin

furacão.

ー só pode ser um deles. só eles mexeram no caderno. ー Annie disse.

o loiro mordeu o lápis, de tantas pessoas naquele lugar porque haviam duas te disputando? logo ele? o que Armin Arlet tinha de diferente que qualquer garota já não tinha? Eren e Jean bagunçavam seus pensamentos, lhe deixando cada vez mais confuso.

apertou os olhos com medo só de imaginar um colapso entre os dois no corredor, o moreno impaciente e o bicolor provocando-o.

ainda estava brigado com Eren, não se falavam a dias, se tratavam como estranhos no café da manhã e durante as aulas, fugiam do dormitório pra não passarem tempo juntos. 

Armin sabia que estava errado mas era orgulhoso demais pra admitir, mas evitar não fazia mágica pra esquecer.

ー desculpa. ー  murmurou baixo pensando nele e nem percebeu com quem tinha acabado de trombar.

levantou a cabeça e por um segundo precisou segurar o grande sorriso que seus lábios abriam, um olhar encontrou o outro, nunca tinham reparado em como combinavam tão bem, não importava o sentido.

o mais baixo acordou do transe e quando pensou em apressar o passo, Eren agarrou seu pulso.

ー tudo bem, eu agi por impulso. me desculpe por te tratar daquela forma, Armin. ー a voz que tanto incomodava seus ouvidos, havia se tornado seu som favorito.

ー sem problemas. ー O loiro finalmente deixou o sorriso escapar.

ー está indo pro laboratório de química? já rodei a escola toda e não achei. ー Jaeger coçou a cabeça envergonhado em parte. O Arlet sorriu mais uma vez e agarrou sua mão por instinto.

ー tava indo pra lá, vem. ー ele puxou Eren, guiando-o até a sala. se sentaram juntos, uma boa oportunidade pra se conhecerem.

O moreno misturava as propriedades químicas que o loiro citava, em um frasco, quando terminaram a atividade, voltaram a conversar.

ー Armin, devia tomar mais cuidado com o Kirchstein. ー As irís azuis encararam o acastanhado de cara fechada, curiosas. ー Mikasa namorou com ele por um tempo e não foi algo saudável pros dois, viviam discutindo, brigando e voltando.

ー somos apenas amigos, obrigada por se preocupar. ー o loiro disse.

[...]

armin pov on;

Jean havia me chamado pra assistir a um de seus treinos, perguntei se podia levar Annie mas ele afirmou que os treinos são particulares. mas porque eu estava indo então?

os jogadores deram voltas no campo inteiro, treinaram chute a gol e ainda jogaram uma partida, confesso que não acho futebol tão interessante, mas Kirchstein era a graça - meus olhos ficavam vidrados em si quando levantava a camisa com calor, ou quando jogava os cabelos pra trás, molhados de suor.

ー Kirschtein sua chance! ー o treinador gritou quando o bicolor estava quase sozinho em frente a grande área. gol.

o mais alto bateu as duas mãos no peito, orgulhoso de si com um sorriso enorme; o que eu não estava esperando era ele jogar um beijo em minha direção e dar uma piscadinha.

seus amigos gritaram animados, dando tapas em suas costas, perguntando que história mal contada era aquela. é, nem eu sabia.

me encontrei pensativo o fim da tarde e descontei a preocupação nas páginas do meu livro, acabei nem percebendo que já tinham saido vestiário e Jean já tomado banho, ainda fazia embaixadinhas no campo.

a maioria dos colegas de time já haviam deixado o campo. só tínhamos nós dois. desci as escadinhas e caminhei sem pressa até alcancá-lo.

ー parabéns pela vitória. seu time realmente jogou melhor. ー eu sorri abobalhado e ele finalmente prestou atenção em mim.

ー obrigado armin, me motivei por você. ー ok, estamos flertando.

não fazia ideia do porque aquele gol tinha sido pra mim ou a motivação pra Kirschtein jogar bem foi minha presença, mas não podia negar a atração por ele. minhas bochechas tomaram um tom avermelhado, ele coçou a cabeça, nós nos encaramos olho a olho.

ー Jean, eu- ー quando tive coragem pra tocar naquele assunto, ele calou e não foi com as mãos.

meu corpo simplesmente cedeu, meus braços entrelaçaram seu pescoço enquanto suas mãos domavam minha cintura, era um beijo calmo e cheio de ternura - era ridiculamente apaixonante.

eu não conseguia empurrar Jean de jeito nenhum, mas eu não queria sair daquele aconchego, queria me afogar naqueles lábios e fazer de seus braços minha segunda casa.

a cada vez ficava mais intenso, uma mistura de sentimentos diferentes nunca vistos antes, assim como um furacão.

me desculpe, Jaeger.

que amigos são esses que beijam na boca?

feliz ano novoo!