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Capítulo 12 (final)
Reki estava terminando de limpar as marcas de copo da bancada quando sentiu um par de mãos se enfiarem por debaixo de sua camisa em uma sessão de toques suaves e íntimos. O ruivo ficou todo sem jeito; tanto seu rosto quanto suas orelhas haviam adquirido uma vermelhidão no momento em que aquelas mãos começaram a percorrer seu peito e ameaçaram invadir suas calças.- L-Langa! - o engenheiro repreendeu enquanto tinha de usar os braços para se apoiar sobre o balcão e tentar manter a postura.
- Ah, meu Reki... - o azulado sussurrou próximo ao ouvido alheio antes de baixar a cabeça e lhe depositar um beijo na parte de trás do pescoço. Hasegawa se aproximou descaradamente, deixando que suas mãos percorressem o corpo de seu marido conforme o puxavam para perto. - O que acha que fechar mais cedo hoje, hein? Aí podemos ficar um pouco sozinhos no quarto... Só eu e você...
- M-Mas eu ainda tinha que consertar o pé daquela mesa...
- Ah, você faz isso amanhã... - Langa contra-argumentou antes de girar o ruivo até que ficassem cara a cara. O olhou com olhos provocativos e o prensou contra o balcão. - Vamos namorar um pouquinho...
- Amor, eu... - Reki tentou resistir, mas não pensou duas vezes antes de abandonar a frase no meio do caminho para beijar os lábios de seu estrangeiro favorito. Langa deixou um sorriso escapar ao ver que havia conseguido fisgar o ruivo para si tão facilmente.
Os beijos se estenderam, e Hasegawa queria fazer com que se estendessem até o quarto... Mas acabaram sendo interrompidos quando as portinholas da taberna foram abertas à pontapé. O casal se desvencilhou e Langa lançou um olhar indignado à quem quer que tenha atrapalhado seu momento, mas sua raiva fora embora no momento em que se deparou com a clientela.
Viu Joe com roupas formais esfarrapadas e que pareciam ter enfrentado uma guerra até chegarem lá, dado ao estado da sujeira. Na mão esquerda do cavaleiro, estava Miya, segurando de volta a mão do mais forte enquanto vestia calças curtas e sapatos aprumados que não combinavam em nada com o casaquinho esverdeado que sempre vestira. Mas, o que chamou a atenção de Langa e Reki não fora nenhuma dessas coisas, mas sim o rapaz de cabelos negros, presos em um coque bastante bagunçado que mais despenteava do que valorizava as madeixas. O moreno também vestia um vestido de noiva sujo, caindo aos pedaços, de tamanho visivelmente inadequado e cordas do espartilho arrebentadas.
A dupla encarou o grupo e vice-versa. Reki e Langa tinham uma centena de perguntas a fazer, mas não tiveram coragem de iniciar o interrogatório.
Após alguns segundos de silêncio, Kojiro largou a mão dos dois morenos que segurava e se aproximou do balcão. Colocou as mãos nos bolsos das calças até encontrar algumas moedas, e as ia jogando sobre o balcão conforme as encontrava. Quando esvaziou os bolsos, deu meia-volta e caminhou até Miya, levantando o mocinho pelos braços e o colocando sentado em uma das banquetas. O esverdeado olhou para o casal atrás do balcão.
- Eu vou pegar um quarto. - o cavaleiro anunciou bem sério. - Fiquem com o troco e cuidem do garoto até eu voltar. - Nanjo instruiu.
Reki e Langa se entreolharam, e depois olharam para Miya como se o pequeno fosse um pé de mesa fora do lugar: algo pequeno e que não requer tanto trabalho, mas que ainda assim pode ser incrivelmente incômodo. O menino, por outro lado, apenas encarou os dois e sorriu exageradamente.
O casal nem teve tempo de dizer nada, já que, em poucos segundos, Nanjo havia segurado o outro moreno pelo pulso e estava subindo as escadas junto dele, rumo ao segundo andar. Sakurayashiki não sabia ao certo o que esperar, mas não tinha coragem de perguntar; apenas seguiu o cavaleiro pelos lances de escada e corredor subsequentes.
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O sol da meia-noite (MatchaBlossom)
FanficEra uma vez, em um reino muito distante, uma jovem princesa de dezenove anos e cabelos cor-de-rosa com uma maldição e um casamento arranjado com um príncipe azul para lidar. O que ninguém esperava, era que uma paixão por um cavaleiro de cabelos esv...