Capítulo 02 - Meu investimento

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"Esse sentimento só existe na minha cabeça, eu inventei dentro de mim, não é real. Criei nossa bolha imaginária que nos protege do mundo. A realidade vai me dominar quando essa bolha estourar."

Rafael.

Entro no carro e fico olhando a garota ir embora, caminhava lentamente pelas ruas como qurm estava em transe, nunca tinha visto ela das vezes que vim até aqui, a verdade é que Ed é meu sócio, trabalhamos juntos embora eu ainda seja mais poderoso que ele e hoje ele tinha um pagamento a me entregar, pagamento esse que já estava bem atrasado.
– Siga a garota.– Afirmo ao motorista, ele trabalhava na lanchonete dele e morava em uma casa dele, mas Ed nunca assumiu ninguém, quem era aquela? Não sei porque isso me incomoda mas o olhar dela, era como se ela tivesse passando pelo inferno e eu conheço bem esse lugar.
Meu celular começa a vibrar no meu bolso enquanto a garota entra na casa, no identificador o nome de Ed.
– Seu pilantra! Onde você está com o meu dinheiro? Me fez ir até aquela lanchonete! – Digo ao atender.
– Você foi na lanchonete? Eu passei por lá mas não fiquei muito, meu celular estava descarregado, enfim, recebi o pagamento de alguns clientes então amanhã levo para você.– Diz.
"Recebeu". Ele quer dizer que torturou alguém e conseguiu o dinheiro, mas isso não me importa, desde que o dinheiro chegue as minhas mãos eu não ligo como.
– Ótimo. Outra coisa, quem era a garota na dua lanchonete e porque ela mora em uma de suas casas? – Indago.
– Acho que isso não é da sua conta, sócio.– Diz com desdém e com essa resposta eu sei que tinha alguma coisa ali, a garota estava envolvida de alguma forma com ele e isso fez minha curiosidade aumentar.
– Tudo bem então, traga o pagamento amanhã cedo.– Concluo e desligo.
– Plínio.– Chamo o motorista e ele me olha.
– Senhor? – Pergunta.
– Quero que puxe a ficha da garota para mim.– Afirmo, ele não era "só" um motorista, era bom com computadores, luta e sabia dar fuga como ninguém.
– Sim senhor.– Diz e depois seguimos para casa, sorrio ao lembrar dos olhos assustados da garota, ela parecia uma bruxa daquelas que enfeitiça qualquer homem e nem sabe disso.

– Aqui está senhor, tudo que eu consegui achar.– Plínio afirma me entregando uma pasta enquanto tomo café da manhã, a curiosidade gritava dentro de mim, porque Ed queria esconder aquelas garota daquele jeito? Dar moradia e emprego a alguém nunca foi seu ponto forte, pelo contrário, matar sim.
– Karina Souza.
– 23 anos.
– Garçonete, sem moradia ou algo no próprio nome, trabalha para o Ed desde os 18 para pagar uma dívida de sua mãe de..engasgo, 5 bilhões de reais!
– Vou me retirar.– Plínio afirma mas então noto no final das folhas.
– Espere, essas partes em preto? – Indago.
– Nome do pai é inconclusivo e essa outra parte eu não consegui achar nada, é como se alguém tivesse tirado isso do sistema.
"Algo que ela é boa.." e então nada, estava pintado em preto para ninguém ler.
A campainha na mansão toca e em minutos encontro Ed na sala com uma bolsa cheia de dinheiro, o "meu" dinheiro, quis testar ele ali mesmo então.
– O desse mês está pago, minha parte ei mesmo tirei.– Diz colocando a bolsa no sofá.
– Eu tive uma idéia um pouco louca, não consigo parar de pensar na garota de ontem e então pensei, que tal a bolsa de dinheiro em troca dela? – Pergunto, quão importante ela era para ele? – Ai tem 2 bilhões, drpoisto o resto do que ela te deve e você me entrega ela.– Afirmo.
– Pesquisou sobre ela e descobriu a dívida.– Ele sorri.
– Claro que eu pesquisei.– Afirmo.
– Mas não descobriu o principal não é? Por isso está me testando, está curioso.– Ele sorri mais ainda, odiei aquele sorriso.
– Vai fechar negócio ou não?– Pergunto.
– Claro que não, a dívida dela mantém ela em meu poder.– Diz.
– Não é só o dinheiro, se fosse você teria trocado ela, tem algo a mais, o que é? – Indago.
– Nem morto eu te contaria, "sócio".– Afirma, dá batidinhas nas minhas costas e vai embora.

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