"E desde o primeiro "oi" você já podia ter me considerado sua."
"Foi muito lindo te ver pela primeira vez e pensar, sem palavras: eu quero."
Karina.
Sozinha na lanchonete minha cabeça está á mil, as palavras de Ed, "Se ele souber o que você faz ele vai te prender" "ele é tão ruim quanto eu" "se aproximou de você porque achou qur podia te usar contra mim".
A campainha da lanchonete é tocada indicando que alguém entrou.
– Estamos fechados.– Afirmo colocando o prato junto dos outros no armário pequeno que tinha ali.
– Até pra mim, bruxinha? – Indaga se aproximando, não sei o que fazer ou em quem acreditar, só posso confiar em mim mesma.
– Até pra você, há outras lanchonetes abertas por ai e meu nome é Karina.– Sou direta, melhor afastar qualquer um que se aproximasse, fora que as câmeras estavam ligadas, Ed saberia que Rafael estava ali.
– Porque está agindo assim? Aconteceu algo? – Ele me encara da cabeça aos pés. – Seu pescoço. – Constata, me sentia um cachorro com coleira.
– Vai embora, por favor.– Peço, ele olha em volta e nota as câmeras.
– Tudo bem, eu vou.– Diz e sai da lanchonete, respiro aliviada, termino meu serviço e saio dali, vou andando para casa como sempre e antes de entrar em casa sou puxada bruscamente e encostada na parede, pronta para gritar encho meus pulmões.
– SOCORRO! – Grito alto, os cachorros da vizinhança começam a latir e minha boca é tampada rápido, eu lutaria pela minha vida se fosse necessário.
Ele tenta aproximar o rosto do meu ouvido pra dizer algo mas eu estava cansada dos homens me fazerem mal, me usarem, a partir de hoje eu lutaria!
Dou uma joelhada entre as pernas dele e ele geme de dor liberado minha boca.
– SOSCORRO! – Grito novamente.
– Bruxinha, sou eu.– Ele diz num sussurro gemendo de dor.– Rafael? – Indago, ele finalmente vai para a luz me fazendo ver o seu rosto. – Porque chegou dessa forma? Enlouqueceu? – Pergunto.
– Achei que não podíamos conversar na lanchonete por causa das câmeras então te esperei aqui na rua, mas tem razão, não devia ter te puxado.– Afirma.
– O que quer? O que quer falar comigo? – Me afasto.
– Quero entender porque está fugindo de mim? Porque me evita? Fiz algo errado? – Sussurra.
– Não. Não fez nada, apenas não nos conhecemos, somos estranhos.– Digo, queria ter sido mais direta, a verdade? Não sei se você é uma pessoa boa ou má.
– Te envenenaram contra mim, até sei quem foi.– Diz.– E esse..chupão no seu pescoço? – Pergunta.
– Me deixa em paz.– Afirmo voltando a andar para casa. sinto os passos dele atrás de mim, passo pelo portão, ele para e fica me olhando.
– Posso entrar? – Pergunta.
– Porque insisti nisso? Você nem me conhece! – Digo.
– O suficiente para ter passado a noite com você.– Rebate.
– Isso não te torna especial, fora que a marca no SEU pescoço indica que você também tem seus segredos.– Concluo.
Ele passa pelo portão mas não entra na minha casa, eu fecho a porta e ele fica do lado de fora.
– Karina, é sério! Mentiram para você e sinceramente eu estou aqui porque..– Ele para de falar, abro a porta e o encaro.
– Porque? Por causa das pérolas? Veio buscar algumas? Ou tentar me levar e me obrigar a fazer sexo com você ou com outro como Ed faz? Eu estou cansada de usarem meu corpo como brinquedo! Me deixa em paz! – Digo séria e quando estou quase fechando a porta ele a empurra entrando na minha casa.
– Suas pérolas? Eu tenho dinheiro suficiente, não preciso de suas pérolas Karina, na verdade estou aqui porque..– Novamente ele para.
– Porque? Então, fala.– Digo.
– Não quero as pérolas, quero seu corpo, nossa transa foi tão boa..– Diz avançando em minha direção e me beijando.
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Shell Girl || Luan Santana
Fanfiction"Karina tinha um segredo, um segredo que poucos sabiam, quando chegava ao ápice do desejo pérolas do seu corpo saiam." Filha de uma humana com um "tritão", nunca teve sorte na vida, seu pai é um desconhecido completo que passou uma noite na terra e...