"Te amava, ou amei, ou amo, não sei a ordem, mas se você voltar vou sentir de novo, como se estivesse olhando o céu pela primeira vez."
Karina.
Eu sei, posso ter passado um pouco dos limites, ele me fez ver isso, embora eu não estivesse totalmente errada eu não deixei que ele se explicasse e depois de tudo que ele fez por mim confiar nele devia ser algo comum e fácil.
Fecho os olhos pensativa.
Não vou atrás dele, ele está nervoso, apenas tomo um banho e durmo, amanhã eu tentaria falar com ele.
(...)
Sinto uma mão passear pelo meu braço e sorrio mesmo com os olhos fechados, ele não estava mais bravo comigo?
A mão invade meu cabelo e se enrosca ali, mas o carinho se torna outra coisa, um puxão daqueles de fazer a cabeça latejar, abro os olhos, ainda estava no meu quarto, na minha cama mas quem estava ali..
– Como? Como entrou aqui? – Indago sentindo dor na cabeça, meus olhos enchem de água.
– Saudades, sereia? – Ed ingada sorrindo.
– Cadê o Rafael? RAFAEL? RAFAEL? SOCORRO.– Imploro mas não o vejo.
– Ele não vai vir, ele te devolveu pra mim, me procurou mais cedo e disse que não te suporta mais! Que você é chata, possessiva, grudenta e insuportável! Quis os 5 bilhões dele de volta e eu troquei, você volta a ser minha, sereia.– Ele se abaixa e beija meu pescoço, faço um careta de nojo.
– ISSO NÃO É VERDADE! ELE NÃO FARIA ISSO! ELE ME AMA...– Grito e choramingo.
– Se não fosse verdade, como eu teria entrado aqui? Ele mesmo me trouxe e abriu a porta pra mim.– Diz.
Com esse tanto de segurança seria impossível Ed invadir.
– E está vendo aquela mala? – Ele vira minha cabeça com força.– Ele mesmo colocou suas coisas ali, ele te devolveu porque você é grudenta! – Diz, ele me vira na cama e parte pra cima de mim rasgando minha camisola como um animal faminto, viro o rosto.
– Rafael..– Chamo num sussurro.No momento em que ele morde o meu pescoço eu acordo de uma vez, olho em volta, estava no meu quarto e sozinha, suada e chorando, olho as horas, 3:42 da madrugada, foi im pesadelo daqueles, mas foi tão real que eu juro que podia sentir aquele homem me tocando.
Fecho os olhos tentando me acalmar e conter a respiração acelerada mas eu choro ainda mais, eu o odiava e odiava esse poder que ele tinha de me destruir.
Me levanto da cama e abraçada a um travesseiro caminho pelos corredores da mansão, paro em frente ao quarto do Rafael, tento parar de chorar mas não consigo.
Paro em frente ao quarto dele.
– RAFAEL! – Chamo chorando e soluçando.
Não escuto nenhum movimento do lado de dentro, nenhum barulho, ele devia estar dormindo pesado.
– Rafael, por favor, abre a porta.– Peço novamente, mas nada, nenhum barulho.
– Rafael, é a Karina, eu preciso de você.– Imploro, as lágrimas não paravam, do lado de dentro, nada.
Ele devia estar dormindo pesado ou me ouviu e não queria abrir a porta.
Me sento no chão abraçada ao travesseiro e me deixo chorar.
– Rafael..– Sussurro sentada na porta do quarto dele, eu não sabia mais o que fazer, coloco o travesseiro no chão gelado e depois deito no mesmo em frente a porta dele, adormeço ali onde me sentia mais segura.
De manhã acordo com a claridade das janelas batendo no meu rosto, olho em volta, ainda estava no corredor e a porta dele ainda estava fechada, Rafael sempre acordou cedo então eu acabo calculando que ele ainda estava zangado e por isso me deixou dormir ali, com o corpo dolorido me levanto e caminho de volta para o meu quarto, sinto muito frio e uma dor de cabeça forte, não estava em condições de ir a faculdade ou se quer sair, noite passada me destruiu mas ele não abrir a porta pra mim quando eu precisei dele foi como enfiar uma faca no meu coração.
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Shell Girl || Luan Santana
Fanfiction"Karina tinha um segredo, um segredo que poucos sabiam, quando chegava ao ápice do desejo pérolas do seu corpo saiam." Filha de uma humana com um "tritão", nunca teve sorte na vida, seu pai é um desconhecido completo que passou uma noite na terra e...