Ephemeral | jjk + pjm

I've been watching: watercolor in the sky;

Boa leitura, nos vemos nas notas finais! <3

"Eu estive assistindo: aquarela no céu"

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Existe um sentimento um pouco agridoce quando se viaja para ver quem se ama, a euforia de querer reencontrar, abraçar e beijar as pessoas que importam pra gente nos invade de tal forma que você consegue sentir felicidade até pelas pequenas coisas. Os dias vão passando, você vai se acostumando de novo aquela que era a sua antiga rotina, se acomoda ao deixar uma ou outra roupa no lugar errado, volta a usar a chave de casa, aproveita o dia com seus pais e seus colegas de infância e leva a bagagem mais cheia do que quando trouxe.

As lembranças boas pesam na sua mala, junto com a saudade em potencial que se sente ao olhar para trás e deixar ali novamente aquelas pessoas à sua espera.

Eu já sentia saudades, mesmo agora que havia acabado de comprar a passagem para voltar pra casa. Encarei por um momento o ticket ser impresso enquanto olhava para a minha mala vazia que logo mais estaria cheia de novo, confesso que estou com saudades de voltar a trabalhar por mais que essa frase perca seu sentido logo no primeiro dia em que voltar a ter meu amado chefe no meu pé. 

Já estou imaginando o tanto de coisa que ele vai me colocar pra fazer, principalmente agora que o dorama está alcançando pontos satisfatórios de audiência e ele é convidado pra coletivas de imprensa o tempo todo.

Deus me ajude.

— Três cuecas, Jungkook? Você tá andando com as bolas soltas por aí, menino?! — minha mãe entrou no quarto com uma pequena pilha de roupas minhas que ela havia lavado, por pura insistência dela que fique claro, eu gosto e muito de lavar roupas. — Se você pegar uma coceira por atrito em tecidos não apropriados por não usar cueca como é que faz?

— Mãe?! — repreendi ela com o olhar vendo-a colocar o monte em cima da cama. — Eu não trouxe muitas cuecas porque estava vindo pra casa que tem um estoque de Calvin Klein pelo visto. — apontei para a minha gaveta de cuecas que estava tão abarrotada que travava ao fechar. — E em Seul tenho muitas, mais do que uso, na verdade.

— Claro, se não fosse por mim estava andando igual Adão sem Eva. — revirou os olhos colocando algumas das camisas no cabide. — E não saia por aí dizendo que usa Calvin Klein, você só tem cuecas de marca porque Jihye sempre te dá um pacote novo, as que tem aqui são todas de lojas de conveniência mesmo.

— Pessoalmente eu acho até melhor. — dei de ombros girando na cadeira de escritório. — Essas cheias de frufru normalmente ficam folgadas em mim.

— É claro, eu compro no tamanho do Tae, o que não é fácil de se encontrar sabe... — Jihye entrou no quarto em toda a sua protuberância gravídica rindo. — Mas não sabia que ficava folgada, por que nunca me contou? Eu compraria no seu tamanho, idiota.

— Já não é suficientemente estranho você me dar cuecas?! — apontei óbvio. — Parece minha mãe.

— Então não te dou mais, seu ingrato. — mostrou o dedo do meio e se sentou na cama. — Tá vendo, tia? A gente cuida com todo amor e carinho, aí cresce e não quer mais que a mãe e a irmã fale das cuecas dele, mas é assim mesmo, filho é do mundo né... — reclamou brincando e se apoiando pelas mãos na cama, sem notar o que havia acabado de dizer.

Normalmente ela nunca admitia isso, mas costumava dizer que éramos irmãos quando alguém que ela conhecia perguntava. Eu nunca a corrigi nessas situações porque ficava besta demais por ela me considerar sangue do seu sangue, pra mim Jihye é uma deusa e eu sou um mero mortal, não faz sentido na minha cabeça.