Ephemeral | jjk + pjm

I've been waiting: we'd never fall;

Boa leitura, nos vemos nas notas finais. <3

(Capítulo revisado mas pfvr perdoem quaisquer erros que tenha passado).

"Eu estive esperando: nós nunca cairíamos."

~

Um mês depois.

Eu odeio a minha vida. 

Mas não é como eu de fato odiasse ela, é boa, muito boa de um modo geral, mas eu gosto de ser dramático então enquanto toca alguma música melancólica eu vejo a alegria passar diante dos meus olhos levando junto consigo a minha felicidade, e acho que aquele bebê que segura nas mãos dos outros dois é a minha vontade de viver no dia de hoje.

Suspirei pela décima oitava vez de acordo com as minhas contas no últimos cinco minutos e acrescentei uma revirada de olhos. Acho que eu vou vomitar. 

Estou de frente ao enorme closet desse dito cujo enviado do satanás me perguntando porque não decidi sei lá ser um médico esnobe, um crítico de cinema insuportável ou um cientista me gabando de um projeto super importante da Nasa. Qualquer outra profissão onde eu não tivesse que estar agora em plena 3h da manhã tendo que segurar dezenas de cabides com roupas que tranquilamente pagariam a minha aposentadoria, só porque ele quer ter um bom "look de aeroporto."

— Jeon, você não está atento. — ele voltou e ficou diante do espelho avaliando o novo conjunto de roupas horrendas de tão feias e absurdamente caras. 

E a pergunta que vale um milhão de dólares: Por que será que um pobre coitado está desatento depois de trabalhar o dia inteiro? 

— Ele está cansado. — Irina respondeu entrando no quarto e pegando alguns dos cabides da minha mão. — Deixe que eu ajudo com isso. — sussurrou simpática e apontou para a cadeira estofada no quarto.

Eu adoro ela, verdadeiramente adoro. 

Durante esse mês entre levar e traze-la do aeroporto e ajuda-la frequentemente a comprar testes de gravidez em farmácias criamos um certo laço de simpatia, o que só me faz condena-la ainda mais por estar ao lado dessa... pessoa.  Quando não está grudada com ele, Irina costuma conversar com os empregados da casa e já até nos visitou em nossa casinha conjugada, e isso foi o suficiente para que gostássemos dela já que as outras namoradas dele nunca nem souberam dizer nossos nomes direito. 

Aliás, ela sempre se compadecia da nossa situação, e quando podia, intervia nos pedidos inescrupulosos desse demônio. Por exemplo, ele poderia muito bem procurar qualquer estilista desse mundo para escolher essa porcaria de roupa para aeroporto, mas não, ele pediu para que EU ficasse aqui alegando que confiava no meu gosto. 

Eu chamo isso de escravidão. 

— Chanel, Dior, YSL... — olhou as roupas com certo desdém. — Tão previsíveis. 

O cara tá realmente esnobando roupas que compram todo o meu prédio juntas, vocês tem noção? 

Além do mais, usando marcas que não são consideradas veganas com a desculpa de que só compra os produtos que não tem origem animal, ou seja, ele é um desserviço para a humanidade em todos os aspectos possíveis.

— Por que não usa algo da Team Kim? — sugeri com o pingo de coragem que ainda tinha pra me sentir vivo. — É uma marca nova, vegana, vai ser ótimo para manter sua imagem sadia.