Capítulo 12.

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Mesmo que a personalidade de Khaenys fosse um tanto ferrenha, e considerada cruel para seu sexo, as ações da agora rainha não foram cruéis em sua maioria.

Em uma mão ela mandou que reconstruíssem varias das cidades arrasadas pela guerra, em principal Tumbleton, uma cidade azarada que sediou duas grandes batalhas da guerra, onde Hugh e Ulf traíram sua mãe, mas ainda assim, era uma cidade promissora antes da queda, e com uma certa ajuda, talvez conseguisse voltar a glória anterior.

Mas na outra mão, ela mandou que todos os senhores que eram aliados a Aegon fossem comparecer ao castelo, para jurar lealdade a ela, e quem não fosse receberia uma visita pessoal dela, com Kanax e nenhum acordo de integridade física garantida.

E assim foi feito, diversos senhores foram se curvar a ela, inclusive os que já eram leais a ela, como Corlys e a senhora de Ninho da Águia, que serviram lealmente sua mãe, mesmo que os Velaryon tivessem tido desentendimentos com Rhaenyra no fim da guerra.
Mas alguns poucos senhores se recusaram a comparecer, e infelizmente Khaenys teve de voar até eles, onde conseguiu seus joelhos dobrados a preço de uma orelha e um filho tirado, que ela levara para o castelo para servir a ela como garantia de sua lealdade.

Mas para agraciar seus súditos, que vinham se queixando de não terem visto qualquer pronunciamento decente da sua agora governante, Khaenys vestiu sua armadura prateada, seu manto vermelho e trançou ela mesma os cabelos, colocando a coroa de seu avô, e Terror na cintura.

Na praça da cidade, no palanque usualmente usado para execuções, ela se postou, com Aemond ao seu lado esquerdo, Daemon ao direito, e sua Guarda Real recém formada atrás dos três, não que ela fosse necessária enquanto a temível Kanax observava eles de cima da Colina e Rhaenys.

_Escutem bem! Povo de Porto Real!_ ela grita alto o suficiente para que todos a ouvissem, e tinha muitos espectadores_ Se consideravam minha mãe uma rainha ruim, cruel ou inconstante, saibam que não sou melhor que ela. Se ela era Maegor com tetas, pois então sou a própria Visenya encarnada! Não esperem misericórdia com ladrões, assassinos, traidores ou estupradores, e como as leis que regem o Norte mandam, eu executarei cada um que for condenado a morte_ ela tira Terror, a espada brilhando no sol da tarde, com um brilho afiado junto do rubi cravejado_ Rezem aos Sete ou qualquer deus que vocês acreditem, para morrer para essa espada, por que caso morram para ela_ ela se vira para Kanax, que rugia no topo do morro_ Será uma morte dolorosa e amarga.

Muitas tavernas foram lotadas depois do pronunciamento da rainha, com homens preocupados querendo encher a cara, ou ficar tão bêbados para ter coragem de correr para a Fortaleza Vermelha atacar a rainha, mas não foi uma noite pacífica, onde muitos culpados de crimes tremeram de medo de serem pegos pelos guardas da cidade, a mando de Daemon para encontrar cidadãos de má fé.

Enquanto uma bagunça se seguia nas ruas da cidade, dentro das muralhas do castelo a rainha e seu rei tinham, como posso dizer, tempo extra para dar ao reino um herdeiro.

_Sabia que eu amo quando você usa armadura_ Aemond diz para Khae enquanto eles estavam sozinhos nos aposentos da rainha.

_Então você ficou assim quando quase te matei em Pouso da Gralha?_ ela beija o rei, enquanto ele tira o peitoral dela, deixando-o cair no chão do quarto.

_Tenha certeza que sim.

Os criados que passavam pelo quarto enquanto o casal tinha seus momentos alegavam nunca terem ouvido algo tão barulhento, e que a rainha tinha costume de tomar a frente no ato, montando o rei como se fosse um cavalo.

E não demorou muito para que a rainha Khaenys descobrisse estar grávida, no começo do ano de 132 dc.


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