Mary viu sua vida virar de ponta cabeça por um boato sobre ela se espalhar por todo o colégio. A tornando odiada e mal falada, mas a chegada de um garoto vindo de Nova Jersey podia mudar tudo novamente?
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Encaro Daniel na minha porta com uma colher e um pote de sorvete em suas mãos.
— Espero que eu tenha acertado — Coço meus olhos ainda sonolenta tentando entender o que estava acontecendo — Morango, seu favorito, certo? — Concordo um pouco confusa, o dando espaço para entrar.
— Que horas são? — Olho o relógio em cima da geladeira, que marca exatamente 00:07 — O que 'ta fazendo na minha casa tão tarde, Newark? - Reclamo, me jogando no sofá.
— Queria ser o primeiro — Ergo a sobrancelha, sem fazer ideia do que ele estava falando — O primeiro a te dar os parabéns.
— Porra, LaRusso, podia ter esperado até de manhã como uma pessoa normal — Ergo as pernas, deixando que ele se sente, e assim que o faz coloco elas em cima do seu colo.
— Qual é a graça em ser uma pessoa normal? — Sorri ladino.
Analiso sua aparência cansada e maltratada, o que me faz presumir outro ataque do Cobra Kai.
— O que houve com você? — Questiono, me sentando.
— Aulas de karatê com o senhor Miyagi.
— Aulas de karatê? — Repito, em dúvida — Por que precisa de aulas de karatê?
— Vou lutar no torneio regional — Explica, abrindo o pote de sorvete.
— Nunca se cansa de se meter em encrenca? — Apoio meus pés na mesa de centro — Você deve ser sadomasoquista ou coisa do tipo.
O moreno ri, me entregando uma colher de metal.
— Como foi a festa de halloween? — Sinto meu estômago se revirar com a pergunta. Ele sabe de alguma coisa.
— Nada demais — Murmuro com a boca cheia de sorvete.
— Procurei por você, mas era difícil com aquela cortina.
Daniel estava procurando por mim.
Sinto minhas bochechas queimarem, e um sorriso teimoso querer surgir.
— Procurou por mim? — Meu tom soa mais desesperado que desejo.
— Claro, não te deixaria passar o halloween sozinha naquela festa, sou um cavalheiro — Seus lábios se curvam em um sorriso convencido.
Meu estômago mexe de uma maneira estranhamente boa, como cócegas.
— Obrigada cavalheiro, por proteger essa donzela em perigo — O LaRusso segura minha destra, a traz até sua boca, deixando um breve selar.
Aproximo meu rosto do seu, beijando sua bochecha.
— Obrigada pelo sorvete, e por ter feito meu aniversário um pouco menos horrível — Agradeço olhando profundamente em seus olhos, me sentindo hipnotizada por aquelas grandes íris castanhas.