ANIVERSÁRIO¦nove

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Encaro Daniel na minha porta com uma colher e um pote de sorvete em suas mãos

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Encaro Daniel na minha porta com uma colher e um pote de sorvete em suas mãos.

— Espero que eu tenha acertado — Coço meus olhos ainda sonolenta tentando entender o que estava acontecendo — Morango, seu favorito, certo? — Concordo um pouco confusa, o dando espaço para entrar.

— Que horas são? — Olho o relógio em cima da geladeira, que marca exatamente 00:07 — O que 'ta fazendo na minha casa tão tarde, Newark? - Reclamo, me jogando no sofá.

— Queria ser o primeiro — Ergo a sobrancelha, sem fazer ideia do que ele estava falando — O primeiro a te dar os parabéns.

Porra, LaRusso, podia ter esperado até de manhã como uma pessoa normal — Ergo as pernas, deixando que ele se sente, e assim que o faz coloco elas em cima do seu colo.

— Qual é a graça em ser uma pessoa normal? — Sorri ladino.

Analiso sua aparência cansada e maltratada, o que me faz presumir outro ataque do Cobra Kai.

— O que houve com você? — Questiono, me sentando.

— Aulas de karatê com o senhor Miyagi.

— Aulas de karatê? — Repito, em dúvida — Por que precisa de aulas de karatê?

— Vou lutar no torneio regional — Explica, abrindo o pote de sorvete.

— Nunca se cansa de se meter em encrenca? — Apoio meus pés na mesa de centro — Você deve ser sadomasoquista ou coisa do tipo.

O moreno ri, me entregando uma colher de metal.

— Como foi a festa de halloween? — Sinto meu estômago se revirar com a pergunta. Ele sabe de alguma coisa.

Nada demais — Murmuro com a boca cheia de sorvete.

— Procurei por você, mas era difícil com aquela cortina.

Daniel estava procurando por mim.

Sinto minhas bochechas queimarem, e um sorriso teimoso querer surgir.

— Procurou por mim? — Meu tom soa mais desesperado que desejo.

— Claro, não te deixaria passar o halloween sozinha naquela festa, sou um cavalheiro — Seus lábios se curvam em um sorriso convencido.

Meu estômago mexe de uma maneira estranhamente boa, como cócegas.

— Obrigada cavalheiro, por proteger essa donzela em perigo — O LaRusso segura minha destra, a traz até sua boca, deixando um breve selar.

Aproximo meu rosto do seu, beijando sua bochecha.

— Obrigada pelo sorvete, e por ter feito meu aniversário um pouco menos horrível — Agradeço olhando profundamente em seus olhos, me sentindo hipnotizada por aquelas grandes íris castanhas.

𝗥𝗘𝗣𝗨𝗧𝗔𝗧𝗜𝗢𝗡, DANIEL LARUSSOOnde histórias criam vida. Descubra agora