Rengoku criança

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Rengoku Pov's On

Tinha ido em missão com Sanemi para uma aldeia, nós lutamos contra três Luas Inferiores, mas uma das Luas não tinha o número no olho, luto com ela cortando-lhe a cabeça, mas de repente um nevoeiro envolve-me e não consigo ver Sanemi em lado nenhum, o nevoeiro fica mais forte e desmaio.

Sanemi Pov's On

O nevoeiro dissipou-se e procuro por Rengoku, mas acabo encontrando uma criança no lugar dele.

Isto não pode estar a acontecer!

–Rengoku?–chamo e ele olha para mim.

Ele não parecia ter mais do que cinco anos, pego nele e nas roupas que as enrolei em seu corpo, guardo a katana e sigo em direção à corporação, ao chegar lá procuro por Shinobu mas não a encontro, sigo para a Mansão Borboleta mas ela também não estava lá.

Nunca está onde deve estar! Nem acredito que vou ter de ir ter com uma Lua Superior!

Sigo em direção à casa dele e antes que possa bater na porta ele a abre e dou graças por ele estar ali.

–Ele foi transformado em criança e eu não tenho paciência para crianças então fica tu com ele!

Entrego-lhe o Rengoku e vou embora dali.

Akaza Pov's On

O Hashira do vento sai daqui deixando-me com o Rengoku, olho para ele que o mesmo olhava para mim com uma cara estranha.

–O que foi?

Rengoku–Nada.

–Vamos arranjar uma roupa para ti.

Subimos em direção a meu quarto e tiro uma camisola, improviso uma camisola e umas calças para ele e visto-o.

Rengoku–Quem és tu?

–Sou o Akaza.

Eu não sei o que fazer com uma criança.

Ouço a barriga dele roncar e rio ao vê-lo ficar vermelho, ele faz cara de chateado e aperto-lhe as bochechas.

Rengoku–Apaza estou com fome.

Apaza? Ele não sabe dizer o meu nome? Não sei se me sinto humilhado por ele não conseguir dizer o meu nome ou idiota por me preocupar com isso.

–Vou fazer-te algo para comer.

Desço com ele em meus braços e sento-o na cadeira enquanto lhe preparo algo para comer, depois de ele comer arrumo as coisas e ele olha para mim com os olhos bem abertos.

–Sim?

Rengoku–Nada.

–Diz lá, o que é que foi.

Rengoku–Porque moras sozinho?

–Eu não moro sozinho.

Rengoku–O meu pai disse que quem mora sozinho é triste!

–Ele disse isso?

Rengoku abana a cabeça em confirmação e mordo o lábio para não rir.

–Isso combina com ele. Queres vir comigo a um sítio?

Rengoku–Siiiim!

Saímos de casa e caminhamos pela floresta, após duas horas a caminhar ele puxa a minha mão de leve.

–Hm?

Rengoku–Já chegámos?

–Ainda falta um bocado.

Pego nele e o seguro contra meu corpo, ele pousa a cabeça em meu ombro e as mãos agarravam-me o colete.

–Estás confortável?

Rengoku–Mhm

–Eu preciso que te segures bem.

O seguro contra meu corpo e vou a correr até à residência Rengoku, só chegamos ao entardecer e entro num dos quartos, passo pelo corredor e encontro Senjuro a limpar, toco-lhe no ombro assustando-o e afasto-me um pouco.

Senjuro–Não me assusta assim! O que é que queres?

–O Kyo ficou criança e não sei cuidar de uma criança.–respondo e ele ri.–Qual é a graça?

Senjuro–Sabes, um dia vocês vão ter mais alguém lá em casa e nem penses que me vens pedir ajuda.

–O-O quê!?

Senjuro–Eu ajudo-te com o meu irmão mas para de o afastar de todos senão quem vai atrás de ti sou eu!–ameaçou dando-me com a vassoura no braço.

Rengoku–Já chegámos?

–Mhm

Pouso-o no chão e nos sentamos no chão.

Rengoku–Quem és tu?

Senjuro–Não sabes quem eu sou?

Rengoku–Não.

Senjuro–Porque é que ele não se lembra?

–Ele tem cinco anos, se calhar ainda não eras nascido?

Senjuro–Talvez.

Rengoku–Como te chamas?

Senjuro–Senjuro. Ele sabe quem és?

–Sabe.

Senjuro–Como é que ele se chama?

Rengoku–Apaza!–afirmou e o outro caiu na gargalhada.

Senjuro–Melhor coisa que ouvi hoje!

–O que eu faço com ele?

Senjuro–Cansa-o e acima de tudo toma conta dele com a tua vida.

–Porque é que eu tenho que o cansar?

Senjuro–Verás. Agora sai desta casa senão dou-te com a vassoura.

A família dele realmente é interessante.

Rengoku–Onde vamos a seguir?

–Vamos à Mansão Borboleta ver como te podemos trazer de volta.

Rengoku–Vai haver bobuletas?

–Vai.

Ele riu e logo se segura a mim, só chegamos à Mansão Borboleta ao anoitecer.

Rengoku–Onde estão as bobuletas?

–Estão lá dentro.

Pouso-o no chão e ele corre para dentro animado, entro e vejo Rengoku abraçado à perna de Shinobu e rio.

Shinobu–Ara ara~ Akaza, podes explicar o que se passa?

–O Kyo virou criança.

Shinobu–O Shinazugawa-san explicou-me uma metade do problema.

Rengoku–Apaza, encontrei uma bobuleta!

Shinobu–O meu nome é Shinobu. Porque é que ele acha....?

–Eu disse-lhe que ia encontrar borboletas aqui e tu pareces-te com uma.

Shinobu–Só amanhã é que lhe poderei tirar sangue para encontrar uma maneira de o fazer voltar ao normal.

Rengoku–C-Como assim tirar sangue?

Shinobu–Eu vou dar-te uma injeção.

Rengoku–Eu não quero!

Ele corre até mim e pede por colo, levanto-o e ele abraça-me o pescoço escondendo a cara.

Shinobu–Ele tem medo de agulhas.

–Certo. Nós podemos vir amanhã à noite?

Shinobu–É melhor.

Nós saímos da Mansão Borboleta e vamos para casa, quando chegámos ele tinha adormecido em meus braços, levo-o para o quarto e deito-me ao lado dele.

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