What is the cure for loneliness? - GaaLee

Capítulo 10 - O começo do fim

Oie!
Passando pra avisar que esse capítulo pode ter gatilho para alguns, mas coloquei um aviso antes do início.
Os capítulos vão ser mais curtinhos a partir de agora, assim eu posto com mais frequencia.
Boa leitura!

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~ Gaara on

Era o dia.

O horário do baile se aproximava e eu podia sentir o nervosismo nas minhas veias. Não por conta do baile ou algo do tipo, isso seria clichê até demais.

Eu tinha um sentimento estranho, parecia que tudo daria errado, eu podia sentir algo ruim se aproximando. E ainda assim, eu decidi negar isso. E foi assim o começo do fim, o começo do meu fim.

31 de Agosto – 18:43

Eu estava colocando minha roupa e me arrumando para o baile. O terno era simples, preto com gravata vermelho carmim, detalhes leves também em vermelho. Nunca fui de usar roupas chamativas ou exuberantes, prefiro o discreto. Com o cabelo arrumado e delineado feito, coloco os acessórios, percebo que esqueci o colar.

- Merda. / Sussurro assim que noto que havia esquecido de comprar. Agora eu tinha que sair mais cedo e passar na loja.

Assim que termino de colocar os sapatos desço e comunico Temari.

- Tema / Recebo um olhar em resposta da loira que se arrumava pra sair com o Nara / Pode deixar que vou sozinho pro baile, tenho que passar em um lugar primeiro.

- Certeza?

- Sim, já estou saindo para não me atrasar. / Me despeço e saio de casa.

Caminho calmamente pelas ruas escuras com Shukaku ao meu lado esquerdo. As ruas estavam estranhamente vazias e silenciosas, nunca vi Konoha tão morta daquele jeito. Compro meu colar rapidamente, um colar de prata delicado com um pequeno pingente vermelho com o caractere japonês para "amor". Mamãe tinha um parecido, mas após sua morte o colar foi perdido, achei que seria bom ter um e lembrar dela.

! Conteúdo de sequestro e violência. Caso se sinta desconfortável, pode ir para o próximo capítulo !

Tão rápido quanto um raio que atinge o solo, sinto algo, ou alguém, passar correndo atrás de mim. Novamente sinto um aperto no peito, uma intuição, e foi aí que eu percebi.

- Não...

Outra vez, um vulto, dessa vez na minha frente, e logo mais um, vários, tantos que não conseguia saber exatamente quantos. Entro na posição de defesa que aprendi, Shukaku infla o rabo e rosna, os dois prontos para o que viesse.

Talvez não prontos o suficiente.

Sem som ou aviso prévio sinto um golpe em minha costa, tirando o ar dos meus pulmões. E quando tentei me defender fui atingido novamente, dessa vez não aguento e caio no chão. Eu deveria saber, deveria ter me preparado mais. Fui idiota em pensar que me atacariam somente com dois ou três membros. Agora, não existiam chances, eu era fraco, sozinho, burro. E eles? Fortes demais, ainda mais quando estavam em 11.

As figuras param de se movimentar e se aproximam devagar, revelando suas identidades. O manto preto com nuvens vermelhas, aqueles olhares sedentos por sangue, se eu não tinha certeza, então naquele momento tive. A Akatsuki estava ali, e estava ali para me matar.

Sinto braços pesados me agarrarem e me amarrarem como uma boneca, eu me debatia e chutava o ar, na tentativa falha de me soltar e correr. Sinto um tecido úmido sobre minha boca e nariz, mesmo tentando não respirar, eu podia sentir o produto fazer efeito aos poucos.

- Pensei que seria mais difícil. / Diz a única mulher presente entre os 10 homens.

- Ah, Nanzinha, 'dá um desconto 'pro garoto. / Responde um albino rindo. / Ele não tinha chances, estamos em maior número.

- Hidan tem razão. / O homem de longos cabelos pretos diz.

- Vocês... / Digo conseguindo tirar o pano de minha boca por alguns instantes. Junto todo o ar restante para falar / Vão me matar, não vão?

- Parece que você entende as coisas rápido. / Comenta um ruivo de piercings / Sim, nós vamos. Mas antes, precisamos capturar essa gracinha do seu lado. / Diz apontando para Shukaku, que se esconde atrás de mim. Não pude segurar as lágrimas, que escorriam como cachoeira dos meus olhos.

- Boa noite, ruivinho. / Diz o homem que ainda me segurava amarrado e pressionava o tecido sobre meu rosto.

Foram as últimas palavras que ouvi antes do produto concluir seu trabalho e me fazer apagar completamente.

~ Continua...