03. Deserto.

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𝐓𝐑𝐀𝐕𝐈𝐒; pov.

— POSSO IR, PAI? — Eu perguntei, na ligação

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POSSO IR, PAI? — Eu perguntei, na ligação.

Ainda estava na escola, resolvendo algumas coisas (estava na diretoria. Tomei ocorrência porque fui pego matando aula). Se meu pai deixasse, encontraria Sally mais tarde, na casa do próprio.

Pode. Pelo menos você não fica aqui em casa me infernizando. — Eu suspirei e contive um sorriso.

Obrigado. — E desliguei.

Ok, esse dia está sendo estranhamente bom.

Em primeiro, aquela conversa com Sally no banheiro não me saia da cabeça... acho que estou começando a aceitar meus sentimentos por ele. Mas ainda estou meio fechado, na defensiva. Sem saber se é ou não o certo. Será que deveria me arriscar?

Em segundo, receber a notícia de que o mesmo será minha dupla. Fiquei feliz, mas claro que disfarcei. Aliás, fazer DEZ trabalhos diferentes, pra apresentar na feira cultural, vai ser um saco. Mas pelo menos, eu vou estar perto dele. Passar mais tempo com ele. 

E, caramba. Na casa dele. Tô muito nervoso. É impossível não pensar coisas... ainda mais hoje, que eu toquei diretamente na mão dele. Foi por alguns segundos, mas é macia, um pouco fria, porém perfeita. Igual ele inteiro. 

*

Oh, Deus, ajude a me conter.

Bato na porta levemente, acho que nem deu pra ouvir. Quando fui tentar bater de novo, ouvi um "já vai", do Sally. Foi quando me caiu completamente a ficha. Então fiquei mais nervoso ainda.

Sally abriu a porta e ele estava lindo. Como sempre. Fiquei meio admirado, nunca o vi com o cabelo solto. Como o garoto é baixinho, ele fica com uma aparência mais leve e angelical. 

Meu Deus, eu não vou conseguir, ele tá tão...

Pode entrar, Travis! 

Com licença — falei entrando.

Fique a vontade! — Eu sorri e ele fechou a porta —vem! Nós vamos fazer os trabalhos no meu quarto. Meu pai não tá em casa, saiu com a mãe do Larry. Então vamos ter privacidade.

Privacidade...

Seu pai saiu com a mãe do Larry? — franzi a testa, enquanto tentava tirar pensamentos indevidos da minha cabeça. — Eles tem um relacionamento ou algo assim? — droga! Assunto errado. Não é da minha conta!

Bom, na verdade não. Não que eu saiba ou que eles tenham me dito, mas sei que tá rolando alguma coisa. Quer dizer, eles não conseguem nem disfarçar! — Sally abriu a porta do quarto e me deu passagem pra entrar.

「 𝐏𝐎𝐄𝐓𝐑𝐘 ━━ 𝐒𝐀𝐋𝐋𝐘 𝐅𝐀𝐂𝐄 」Onde histórias criam vida. Descubra agora