8. Musa dos rabiscos

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Não precisava de permissão
O papel vazio era convite
Daquele mundo em expansão
Feito de tinta e grafite.

Ela preenchia as lacunas
Espaços brancos do caderno
Ora leve como plumas
Ora quente como o Inferno.

Com narrativas sem razão
E habitantes fora da caixinha
Ela fazia um belo falcão
Se apaixonar pela joaninha.

A criatura-olho enxerida
Com um dry martini na mão
Já era uma velha conhecida
Dos meus erros de multiplicação.

Meninas sérias e coloridas
Azul, rosa e amarelo
Pedindo resgate à irmã perdida
Que tinha cabelos de cogumelo.

Aquele meu casal favorito
Um dorminhoco, outro paspalho
Já possuíam um lar manuscrito
Bem no topo do cabeçalho.

Aquele meu casal favorito Um dorminhoco, outro paspalho Já possuíam um lar manuscrito Bem no topo do cabeçalho

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Um Monstro Chamado DevaneioOnde histórias criam vida. Descubra agora