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Já se passaram uma semana desde a briga, e eu e as meninas não nos falamos mais. Elas me tiraram do grupinho no app de mensagem, e pararam de falar comigo.

Eu e Chris estamos mais próximos, toda hora nós se beijamos, saímos pra tomar um sorvete durante o intervalo e dividimos o lanche. Chris é uma gracinha! Está sempre se provando o melhor em tudo.

Talvez tenha acontecido tudo muito rápido, mas não me arrependo de nada disso. Sua boca é tão boa de se beijar! Ele ama pegar em minha cintura e a acariciar, e eu vou às alturas com isso.

—Yunnie, quer namorar comigo?—Me engasgo quando ouço. Olho pra ele e coloco a xícara de café na bandada.

—OI?—Digo, depois de me recuperar da crise de tosse que tive.

—É isso que você ouviu! Quer namorar comigo?—Ele soltou um sorriso e pegou dois anéis de namoro do bolso.

—Mas...foi tão rápido...—Faço um biquinho. Não foi isso que imaginei quando ele me pedisse em namoro. Do jeitinho que ele é, faria uma serenata toda só pra pedir minha mão.

—Desculpa, princesa. Gastei meu dinheiro todo nos anéis.—Ele soltou uma risada fraca e suspirou.-Me desculpa se você imaginava outra coisa...o pedido de casamento, eu juro que vai ser melhor.

Soltei uma risada fraca e o abraço, beijo sua bochecha em seguida.

—Claro que aceito! Mesmo sendo uma surpresa.—Dou um selinho nele e vejo ele colocar o anel no meu dedo, logo eu fazendo o mesmo com ele.

—Te amo.—Ele me puxa pra um beijo caloroso, mas romântico ao mesmo tempo. Soltei uma risada e retribuí.

—Ai, amor...pera aí.—Saio do beijo e vou ao banheiro, logo vomitando. Que estranho, não sou de ficar enjoando assim.

—Está tudo bem, doce?—Ele foi até mim e segurou em meus cabelos, para que não sujasse.

—Está... só me enjoei um pouco...—Solto um sorriso pra ele e me levanto, logo lavando a minha boca e dando descarga.

—Que estranho...—Ele pegou na minha mão e acariciou meu rosto. Fomos pra sala e nos sentamos no sofá, se cobrindo com o cobertor que havia lá, começando a ver um filme que estava passando.

De repente, seu telefone começa a tocar. De início, ele ignora, deixando sua atenção 100% pra mim, mas começa a tocar novamente, toda hora.

Ele pegou seu celular e atendeu.

—OI?—Ele se levantou rápido e colocou as mãos na cabeça.

—O que aconteceu?—Pergunto, preocupada.

—Não pode ser...—Ele sentou ao meu lado novamente e começou a chorar desesperadamente. Obviamente, fiquei extremamente preocupada com o mesmo.—O Changbin...morreu.

—...Mentira...—Nesse momento eu só pude lembrar de Chaewon. Ela devia estar acabada...

—É verdade! Infelizmente é verdade...—Abraço ele e o cubro com a coberta, oferecendo todo o meu apoio.

—Fique calmo...—O abracei mais forte e fiquei colado a ele.

—O abracei mais forte e fiquei colado a ele

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Agora, eu me vestia de preto. Meu vestido era preto, meu sapato era preto, minhas unhas eram pretas e minhas luvas eram pretas. Estávamos a caminho do velório de Changbin. Felizmente o velório foi marcado pra dois dias depois do falecimento, foi rápido.

—Chris...fique tranquilo, não se estresse muito...—Digo, acariciando seu braço por baixo do terno preto que ele usava.

—Eu estou bem.—Ele pegou em minha mão e acariciou levemente, sua feição dizia o contrário.

Durante esses dois dias, ele ficou mais seco e mal mal foi carinhoso comigo. Não o cobrei atenção e eu o entendo. Seu melhor amigo acabou de morrer, eu não esperava que ele ficasse melhor que isso.

Descemos do carro e abrimos a sombrinha preta, já que estava caindo um temporal. Muitas pessoas da universidade estavam aqui, e o grupinho de amigos de Chris também.

—Você quer ir até eles?..—Pergunto, me colando a ele para não pegar chuva.

Ele nega com a cabeça e rodeia seu braço em minha cintura. Solto um suspiro e deito a cabeça em seu ombro.

Consigo ver Chaewon chorando e sendo abraçada por Kazuha, ao lado de Sakura e Eunchae. Ela, de repente, olha pra mim, no fundo dos meus olhos. Desvio meu olhar, mas Chaewon continua olhando pra mim.

—Boa tarde. Iremos começar a cerimônia do velório.-Um padre vestido de preto começa, dizendo. O caixão já estava acima da cova, sendo segurado por apoiadores.—Changbin foi um jovem excelente. Nasceu na Coreia do Sul, mas veio pros Estados Unidos à estudo. Infelizmente, morreu baleado, por reagir a um assalto. Ele deixou no mundo sua filha, chamada Seo Haewon, de apenas 3 aninhos, e sua mãe, Seo Geumja, de 67 anos. Esperamos que ele tenha um ótimo descanso, e permaneça em paz no mundo espiritual.

Todos, inclusive eu, abaixamos nossas cabeças para rezar por paz por Changbin. Ficamos pelo menos 3 minutos rezando e aí foi a cena que mais me doeu em toda a vida.

Sua filha, Haewon, chorando abraçando o caixão, enquanto derramava lágrimas sobre ele.

Abracei Christopher, que começava a chorar. Ele agora chorava em meu pescoço, enquanto me abraçava fortemente.

Olhei para Kazuha e ela apenas revirou seus olhos. Soltei um suspiro e acariciei os cabelos de Chris. Ele estava tão mal...

 Ele estava tão mal

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Viral [Huh Yunjin]Onde histórias criam vida. Descubra agora