Capítulo 21

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Tiago entrou na sala com Léo, os dois policiais e Pablo. Ele deu sinal para que o amigo gravasse o interrogatório. Os homens foram jogados no canto da sala e observaram os agentes acenderem seus cigarros.

O espanhol puxou uma cadeira e colocou de frente com eles. Tiago se sentou. Léo observou os rapazes trabalharem junto com seus dois policiais. Não ia interferir, queria ver até onde isso poderia chegar.

Tiago atirou no joelho de um dos homens que gritou e uivou de dor.

-Eu primeiro atiro, depois pergunto. Então é boa coisa me darem as respostas que eu quero se não pretendem se transformar em peneiras.

Atirou na coxa do segundo e o terceiro já rezava todas as preces que conhecia.

-Onde está Dan?

-Ele não está no Brasil.

O agente atirou no segundo joelho de um dos homens.

-Resposta errada. Onde está Dan?

-No cartel.

-O que queriam com a garota?

Silêncio e o terceiro homem levou um tio no pé. Léo estava impressionado com a forma dele trabalhar. Aquela cara de bom samaritano escondia uma violência desconhecida. Os policiais olhavam para ele um pouco perplexos e a tranquilidade de Pablo os faziam pensar que essa era a maneira natural deles trabalharem.

-O que queriam com a filha de Julian?

-Tínhamos ordem de mata-la.

-Quem deu a ordem para execução?

-Dan. Foi o Dan. Pelo amor de Deus homem, estamos apenas cumprindo ordens.

-E Julian?

-Não sabemos dele. Nunca o vimos. Nosso acordo é com Dan.

Tiago se levantou e fez sinal para que Pablo desligasse o celular que estava gravando. O rapaz olhou para eles e deu uma ordem simples. Sua voz estava fria e controlada.

-Quero que liguem para Dan.

Os homens estavam apavorados. Um deles tirou o celular da jaqueta e discou. Tiago tirou o celular da mão dele. Dan atendeu e o agente sentiu seu sangue ferver.

-O que foi Toni. Já viu que horas são?

-É bastante tarde Dan.

-Quem está falando?

-Não vem ao caso. Temos a menina, uma gravação com a confissão do seu homem dizendo que tinha ordens para matar a filha do chefe. Ordens suas. Tsc...tsc...tsc...tenho a impressão de que Julian não vai gostar disso.

Silêncio e Tiago desligou. Colocou o celular no bolso e voltou-se para os homens.

-Quem de vocês três achou que podia colocar as mãos na minha namorada?

O motorista e o homem que estava ao seu lado não se detiveram em entregar o colega que tinha tocado em Malu.

Tiago apontou a arma pra ele e atirou bem no meio do seu sexo. O homem gritou, gemeu uns minutos e caiu inerte. Os outros dois tremiam como uns maricas varas-verdes. O rapaz os olhou com ira e falou baixo.

-São vermes que ajudam o merda do Dan e do Julian a prostituírem garotas e escravizarem meninos. Boa viagem ao inferno.

Um tiro no peito de cada um e o serviço estava concluído. Tiago se virou para ir embora e Léo o deteve.

-Vamos desovar os corpos. Não posso ter isso no meu histórico. Foi apenas um favor à um amigo.

-Nada a temer sobre isso Léo. Ninguém esteve aqui.

A Fugitiva - 1o.Coligado aos Agentes do BSSOnde histórias criam vida. Descubra agora