𝐙ONE | ChanMin/SeungChan

3 US'S D

Antes que eu pudesse continuar o xingando, o celular em meu bolso vibra.

Desesperado então, pego o aparelho e sinto meu coração gelar ao ler o nome do meu irmão no ecrã.

— CHANGBIN!

Eu podia ouvir pessoas chorarem e gritarem do outro lado da linha. Era assustador.

— Seungmin! Você está bem?!

Olhei para o loiro, ele que ainda permanecia estático enquanto encarava o seu amigo se contorcer.

Mas logo voltei a atenção para o meu irmão que ainda estava na linha.

— Sim! E você?! Changbin, o que está acontecendo?!

— Eu não sei, Seung... Eu tinha acabado de entrar no vôo de volta para Seul quando alguns passageiros começaram a surtar e enlouquecer com as notícias que estão rolando na internet. Fiquei preocupado e por isso liguei!

— Espera... Está voltando para Seul? Por quê?!

— O evento do nosso pai acabou antes do previsto...

— Você não pode voltar!

Foi preciso um segundo de distração para que o Yunjo estivesse novamente em cima do outro.

Ele gritava e tentava empurrar o corpo para longe.

— Seungmin?

Certo, eu ainda estava em ligação com o meu irmão...

— SEUNGMIN!

Changbin estava - tecnicamente - longe do perigo. Ao menos por enquanto! Ou seja, eu poderia ligar para ele mais tarde quando tudo estivesse mais calmo aqui, não poderia?

— Changbin, eu prometo que vou me cuidar.

E então, encerro a chamada.

Me aproximo do mais velho para poder ajudá-lo, mas sinto algo pegar em meu pé e consequentemente, me fazer ir direto ao chão.

Esquece o que eu te falei, Changbin. Estamos mortos!

— Me solta! — Eu dava chutes em sua cara enquanto ainda era puxado; eu podia ouvir Channie gritar do outro lado da cafeteria e agora eu podia sentir a minha pele sendo arranhada aos poucos por aquelas unhas imundas. Era doloroso e desesperador. — Seu merda! Nojento! — E por mais que eu tentasse, era IMPOSSÍVEL tirar as suas mãos dali.

Caralho, e como doía ter unhas quase fincadas em meu tornozelo.

Mas não posso me entregar assim!

Foi quando joguei a cabeça para trás devido a dor que eu sentia e vi um vulto se aproximar rapidamente de mim.

Fechei os olhos, temendo o pior.

— Vamos sair logo daqui!

Soltei o ar que ao menos sabia que guardava quando ouvi a sua voz.

Abri os olhos novamente e mesmo que minha visão estivesse um pouco embaçada, eu o reconheci.

Me levanto com a sua ajuda e com uma certa dificuldade, caminho até a porta da entrada.

— Você está sangrando. — Ele hesitou a continuarmos andando.

— Depois para. Me diga, é melhor do que estar morto, não acha?

Poderíamos ficar horas "discutindo" sobre aquilo, mas creio eu que não era o melhor momento para isso. Com esse pensamento, logo nos levei para fora do estabelecimento.