Cap 15
O velório já tinha acabado, e por fim restavam apenas quatro jovens Uchihas ainda incrédulos na beira do túmulo. Shisui, Obito, Itachi e Sasuke observavam a lápide com o nome de Fugaku sem muito acreditar. Madara tinha comparecido também, porém já havia ido embora com os demais convidados.
O dia, ao contrário de todos os outros, estava ensolarado como se comemorasse a morte de Fugaku. Certo que ele não era um homem fácil de lidar, mas para Sasuke e Itachi não tinha grosseria que os fizessem não amar o seu pai. Aparentemente, o mais inconformado era Sasuke, mas se não estivesse igual, Itachi estava pior.
- Foi tão derrepente. - Obito quebrou o silêncio.
- Eu tinha dito para ele fazer os exames direito. - Itachi lamentou, e segurou os ombros de Sasuke sentindo que parecia querer voltar a chorar.
- Eu não sei nem o que falar. Tio era grosseiro, mas era um bom homem. Nunca deixou que nenhum de nós passássemos por qualquer dificuldade, nos empregou e nos deu uma boa vida. - Shisui recordava com um sorriso amargo. - Devemos muito a ele.
Com o incidente, Itachi e Sasuke acabaram por terem que voltar a Tokyo, pois queriam colocar o seu pai ao lado de sua mãe.
- Eu vou sentir muita falta do tio. - Disse Obito com a voz quebrada e virou de costas para não ser visto chorando, Shisui o abraçou.
O único que não conseguia falar nada era Sasuke, ele apenas saiu e entrou em seu carro. Demorou cerca de 2 minutos para dar partida no veículo, e Itachi sabia muito bem o porquê.
- Desculpem ele... - Itachi se referiu a falta de despedida de Sasuke para com os primos.
- Não tem o que se desculpar Itachi. - Shisui terminou. - Acho que eu e Obito também vamos indo. É uma pena que nosso reencontro tenha sido nessa situação. - Sorriu e Itachi apenas concordou.
Assim que observou seus primos irem embora, encarou a lápide sentindo seus olhos arderem. Itachi agora podia dizer que havia presenciado a morte de seus dois pais, a de Fugaku não tinha sido traumática como a de Mikoto, porém era tão triste quanto. Lembrava-se, lembrava-se como o carro capotou na rodovia, do corpo da sua mãe ao seu lado, do seu sangue no vidro. Lembrava-se dos bombeiros o tirando do carro, e o entregando ao seu pai. Eram memórias horríveis que tentou, mas nunca conseguiu esquecer. Nessa época Itachi tinha apenas 6 anos, e precisou fazer várias sessões de terapia para seguir a vida normalmente, pois a morte de Mikoto havia deixado uma cratera em sua alma que nunca se fecharia. E a de Fugaku só fez aprofundar isso.
Olhou o horizonte do cemitério analisando as inúmeras lápides ali presentes. Eram muito bonitas, mais até do que a própria grama que estava entre elas. Itachi analisou uma a uma, e por fim, parou os olhos novamente na de seu pai e no túmulo da mulher ao lado.
- Pelo menos a senhora não vai mais ficar aqui sozinha, mãe. - Apagou o cigarro e respirou fundo. - Agora tem esse velho teimoso. - Riu sentindo o peito apertar. Uma lágrima desceu em seu rosto, e o mesmo limpou rapidamente. - Eu volto em breve. - Se virou e deixou o eterno reencontro de seus pais para trás.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Juro não ser gay - Sasunaru (Narusasu)
RomantiekNão são só meros olhos azuis ou um abdômen trincado que vai me fazer mudar de ideia, afinal esse filho da puta atrapalhou meu casamento, e é por isso que eu juro não ser gay. Plágio é crime. Não permito adaptações. Capa por Kook_sunshine.