Capítulo 3

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Ponto de vista, Lewis.

Eu estava sentado nas escadas que levavam para o jardim, observando Roscoe brincar enquanto eu bebia uma xicara de café quando senti o celular vibrar no bolso da bermuda.

Peguei o celular e vi o nome de Andreas Scherer aparecer na tela e aceitei a chamada de voz.

- Bom dia, doutor! – Saudei.

- Bom dia, Sir! – Ele respondeu, e imediatamente eu pude imaginar o sorriso em seu rosto quando ouvi sua voz.

- Como vão as coisas? – Perguntei.

- Tudo certo, mas infelizmente eu não consigo atender você no horário em que marcamos, houve um acidente e eu estou entrando em uma cirurgia de emergência agora. Posso conseguir um horário amanhã, ou mantenho seu horário e converso com minha amiga para ela ver seus exames... O que acha? – Andreas sugeriu, me fazendo pensar um pouco.

- Confia nela, Andreas? – Perguntei.

- Lewis, eu deixaria Emma operar meu cérebro com os olhos vendados..., mas eu posso pedir para ela enviar os exames e eu confirmo o diagnostico para você mais tarde. – Ouvi-o dizer em tom sério.

- Não estou duvidando da capacidade dela, Andreas. – Falei de pressa – mas você é o meu médico... Confio em você, e se você confia nela...

- Plenamente – Andreas respondeu, me deixando tranquilo.

- Emma então? Você já falou dela antes, não? A doutora mais bonita do St. Mary's... – Lembrei, arrancando uma risada de Andreas.

- Ela está noiva, Sir! – Ouvi-o dizer enquanto escondia uma risada.

- Você foi quem pensou besteira! – Retruquei. – Nos falamos mais tarde.

- Claro, e eu mando um Ok confirmando que ela vai te atender! Nos falamos, preciso ir. Valeu! – Ele disse apressado.

- Valeu! – Foi o que consegui responder antes dele encerrar a ligação. Eram 08:00 da manhã, então eu terminei o café em um gole e subi as escadas para o quarto.

Liguei o chuveiro e tomei um banho gelado que não durou muito tempo. Em seguida saí do banheiro, entrei no closet e vesti uma camiseta preta, uma calça, um tênis e coloquei os anéis e o relógio antes de voltar para o primeiro andar.

Era quase 09:00 da manhã quando entrei na cozinha e vi meus sobrinhos sentados de frente para a bancada, sendo servidos de bolo e suco por Helena, que sorria ouvindo-os falar.

- Bom dia, pequenos! – Falei quando me aproximei para abraçá-los.

- Bom dia titio! – Disse Willow, retribuindo o abraço e beijando meu rosto.

- Bom dia, tio Lewis! – Kaiden disse, dando um leve soco em minha mão.

- Como você está, querido? Como passou a noite? – Helena perguntou preocupada.

- Estou bem, mas o calor está acabando com as minhas noites de sono. – Reclamei, abraçando os ombros dela. – E como você não estava aqui na segunda-feira se as aulas estão suspensas? – Perguntei para Kaiden.

- Fomos visitar o Museu de História Natural. A professora Anderson disse que não precisava cancelar o passeio, então a turma toda foi! – Ele disse animado.

- E foi divertido? O que você viu lá? – Perguntei, me sentando ao lado dele.

- Tinha um esqueleto gigante de baleia azul lá! Enorme mesmo! – Ele disse animado. – E sabe o que mais?

- O que mais? – Perguntei em tom curioso.

- Eu encontrei a dona do dálmata no museu! Aquele do parque, lembra? Ela vai levar o dálmata no parquinho outra vez no final de semana! – Kaiden disse com entusiasmo.

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